Trajetórias em diáspora : a experiência de universitárias haitianas de Belo Horizonte

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Camila Rodrigues Francisco lattes
Orientador(a): Claudia Andréa Mayorga Borges lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Minas Gerais
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Psicologia
Departamento: FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1843/33021
Resumo: A construção do campo-tema desta pesquisa partiu da observação de uma seletividade no tratamento das pessoas estrangeiras no Brasil. A partir do diálogo com uma literatura específica acerca da diáspora, adoto como perspectiva teórica deste estudo observar as rotas e raízes da diáspora africana, iniciada pela dispersão forçada dos povos que aí habitavam pelas Américas e o Caribe, conformando hoje identidades e identificações muito próprias em torno do que continua se apresentando como comum em distintos pontos do globo: o racismo anti-negro. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi refletir acerca das trajetórias em diáspora de universitárias haitianas. De maneira mais específica quis saber: que questões as trajetórias de diáspora colocam para o fenômeno migratório? E para os locais de origem e de destino? Que questões aparecem quando articulamos a universidade como local e as mulheres como protagonistas deste processo? Esta pesquisa foi desenvolvida à nível de mestrado, no programa de pós-graduação em Psicologia na Universidade Federal de Minas Gerais. O desenvolvimento metodológico desta pesquisa qualitativa conjugou observação participante, entrevistas, pesquisa bibliográfica, através da participação em eventos da comunidade acadêmica internacional, conversas com estudantes estrangeiras negras de países africanos, e entrevistas semiestruturadas com as duas estudantes haitianas escolhidas como interlocutoras principais. A escolha pelas haitianas se deu a partir do que evocou a experiência de estudantes africanas com quem primeiramente tive contato. Percebi que muito pouco se falava sobre a experiência da mulher no debate sobre a experiência de estudantes africanos e, ao mesmo tempo, muito pouco se fala sobre estudantes haitianos; encontramos o Haiti muito mais caracterizado em termos de refugiados e imigrantes para trabalho. Perseguindo a suspeita de que as relações entre Brasil e Haiti pudessem explicar estas ausências, e que articular a categoria gênero na leitura sobre as diásporas produziria importantes reflexões, é que trago como central a experiência de duas mulheres haitianas, estudantes de duas faculdades de ensino superior diferentes, uma pública e uma privada. Estabeleço também as distinções entre o termo migração e diáspora. Trabalhar com a noção de identidade diaspórica de Edmund Gordon e Mark Anderson – inspirados nas obras de Stuart Hall e Paul Gilroy sobre diáspora – me permitiu a aproximação de uma via que se afasta de um essencialismo ou um hibridismo total no debate sobre a diáspora negra, a diáspora africana, e também a diáspora haitiana.
id UFMG_f05dfc240029f34934c8d6ceded2bc95
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/33021
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Claudia Andréa Mayorga Borgeshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796811Y7http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4349343E6Camila Rodrigues Francisco2020-03-27T11:02:59Z2020-03-27T11:02:59Z2019-02-25http://hdl.handle.net/1843/33021A construção do campo-tema desta pesquisa partiu da observação de uma seletividade no tratamento das pessoas estrangeiras no Brasil. A partir do diálogo com uma literatura específica acerca da diáspora, adoto como perspectiva teórica deste estudo observar as rotas e raízes da diáspora africana, iniciada pela dispersão forçada dos povos que aí habitavam pelas Américas e o Caribe, conformando hoje identidades e identificações muito próprias em torno do que continua se apresentando como comum em distintos pontos do globo: o racismo anti-negro. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi refletir acerca das trajetórias em diáspora de universitárias haitianas. De maneira mais específica quis saber: que questões as trajetórias de diáspora colocam para o fenômeno migratório? E para os locais de origem e de destino? Que questões aparecem quando articulamos a universidade como local e as mulheres como protagonistas deste processo? Esta pesquisa foi desenvolvida à nível de mestrado, no programa de pós-graduação em Psicologia na Universidade Federal de Minas Gerais. O desenvolvimento metodológico desta pesquisa qualitativa conjugou observação participante, entrevistas, pesquisa bibliográfica, através da participação em eventos da comunidade acadêmica internacional, conversas com estudantes estrangeiras negras de países africanos, e entrevistas semiestruturadas com as duas estudantes haitianas escolhidas como interlocutoras principais. A escolha pelas haitianas se deu a partir do que evocou a experiência de estudantes africanas com quem primeiramente tive contato. Percebi que muito pouco se falava sobre a experiência da mulher no debate sobre a experiência de estudantes africanos e, ao mesmo tempo, muito pouco se fala sobre estudantes haitianos; encontramos o Haiti muito mais caracterizado em termos de refugiados e imigrantes para trabalho. Perseguindo a suspeita de que as relações entre Brasil e Haiti pudessem explicar estas ausências, e que articular a categoria gênero na leitura sobre as diásporas produziria importantes reflexões, é que trago como central a experiência de duas mulheres haitianas, estudantes de duas faculdades de ensino superior diferentes, uma pública e uma privada. Estabeleço também as distinções entre o termo migração e diáspora. Trabalhar com a noção de identidade diaspórica de Edmund Gordon e Mark Anderson – inspirados nas obras de Stuart Hall e Paul Gilroy sobre diáspora – me permitiu a aproximação de uma via que se afasta de um essencialismo ou um hibridismo total no debate sobre a diáspora negra, a diáspora africana, e também a diáspora haitiana.The theme-field construction on this research landed from the observation of a selectivity on the treatment of foreign people in Brazil. Starting from the dialogue between a specific literature about diaspora, I adopted as a theoretical perspective the roots and ruts of the African diaspora, started by the forced dispersion of its habitants by the Americas and Caribe, conforming what today are identities and identifications very singular around a common point between all those experiences: the anti-black racism. In this sense, the main objective of this research was to think about the trajectories in diaspora of Haitian academic woman. In a more specific way: what does these trajectories of diaspora put as questions to the migration phenomenon? What about the places from where they came from and the places that they go? Which questions present themselves when we articulate the university as the place and the woman as the leading figure of this stage? This research was developed in my master’s degree in the postgraduate program of Psychology in the Federal University of Minas Gerais. The theme-field progressed by the participation in international academic community events, as much as conversations with black foreign students from some countries of Africa, and them, semi-structured interviews with the two Haitian woman mainly participants of this work. The experience of the African students led me to choose the Haitian woman by the initial field incursion combined by the access of the theme literature. I have noticed that there a few researches about the specific experience of the woman in this field. In addition, that a few studies approach the experience of the Haitian students but a lot is spoken about the Haitian migration for work and about the refugee situation that they might be included. Pursuing the suspect that the relations between Brazil and Haiti could reveal more about those absences; and that the articulation of gender as a category of analysis to the diaspora debate could produce important results, I brought as a central line the experience of two Haitian woman that were studying in two different universities in Belo Horizonte, a private one and a public one. I also established the differences between the concepts of diaspora and migration. Working with the diaspora identity idea brought by Edmund Gordon and Mark Anderson – inspired by the work of Stuart Hall and Paul Gilroy about diaspora – allowed me to come closer to a way in which the essentialism and the total hybridism were not part in the debate, which was, in this case: black diaspora, the African diaspora, and also the Haitian diaspora, the three main theoretical points that are articulated with the woman experience in the university.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorporUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessDiásporaHaitiMigraçãoMulher negraEstudantes haitianasEstudantes africanasDiáspora africanaDiáspora haitianaDiáspora estudantilMigração estudantilEstudantes haitianasTrajetórias em diáspora : a experiência de universitárias haitianas de Belo HorizonteDiaspora trajectories : haitian undergraduated students' experience in the city of Belo Horizonteinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALDissertacao Camila R Francisco - versao final (2).pdfDissertacao Camila R Francisco - versao final (2).pdfDissertação versão finalapplication/pdf2652724https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33021/1/Dissertacao%20Camila%20R%20Francisco%20-%20versao%20final%20%282%29.pdf346f21b2286d00de29f2bd744d7e4762MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33021/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82119https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33021/3/license.txt34badce4be7e31e3adb4575ae96af679MD53TEXTDissertacao Camila R Francisco - versao final (2).pdf.txtDissertacao Camila R Francisco - versao final (2).pdf.txtExtracted texttext/plain495063https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33021/4/Dissertacao%20Camila%20R%20Francisco%20-%20versao%20final%20%282%29.pdf.txt57fd03ec5b0a335f1084cbfb46627f96MD541843/330212020-03-28 03:21:05.511oai:repositorio.ufmg.br:1843/33021TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KCg==Repositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2020-03-28T06:21:05Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Trajetórias em diáspora : a experiência de universitárias haitianas de Belo Horizonte
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Diaspora trajectories : haitian undergraduated students' experience in the city of Belo Horizonte
title Trajetórias em diáspora : a experiência de universitárias haitianas de Belo Horizonte
spellingShingle Trajetórias em diáspora : a experiência de universitárias haitianas de Belo Horizonte
Camila Rodrigues Francisco
Diáspora africana
Diáspora haitiana
Diáspora estudantil
Migração estudantil
Estudantes haitianas
Diáspora
Haiti
Migração
Mulher negra
Estudantes haitianas
Estudantes africanas
title_short Trajetórias em diáspora : a experiência de universitárias haitianas de Belo Horizonte
title_full Trajetórias em diáspora : a experiência de universitárias haitianas de Belo Horizonte
title_fullStr Trajetórias em diáspora : a experiência de universitárias haitianas de Belo Horizonte
title_full_unstemmed Trajetórias em diáspora : a experiência de universitárias haitianas de Belo Horizonte
title_sort Trajetórias em diáspora : a experiência de universitárias haitianas de Belo Horizonte
author Camila Rodrigues Francisco
author_facet Camila Rodrigues Francisco
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Claudia Andréa Mayorga Borges
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4796811Y7
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4349343E6
dc.contributor.author.fl_str_mv Camila Rodrigues Francisco
contributor_str_mv Claudia Andréa Mayorga Borges
dc.subject.por.fl_str_mv Diáspora africana
Diáspora haitiana
Diáspora estudantil
Migração estudantil
Estudantes haitianas
topic Diáspora africana
Diáspora haitiana
Diáspora estudantil
Migração estudantil
Estudantes haitianas
Diáspora
Haiti
Migração
Mulher negra
Estudantes haitianas
Estudantes africanas
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Diáspora
Haiti
Migração
Mulher negra
Estudantes haitianas
Estudantes africanas
description A construção do campo-tema desta pesquisa partiu da observação de uma seletividade no tratamento das pessoas estrangeiras no Brasil. A partir do diálogo com uma literatura específica acerca da diáspora, adoto como perspectiva teórica deste estudo observar as rotas e raízes da diáspora africana, iniciada pela dispersão forçada dos povos que aí habitavam pelas Américas e o Caribe, conformando hoje identidades e identificações muito próprias em torno do que continua se apresentando como comum em distintos pontos do globo: o racismo anti-negro. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi refletir acerca das trajetórias em diáspora de universitárias haitianas. De maneira mais específica quis saber: que questões as trajetórias de diáspora colocam para o fenômeno migratório? E para os locais de origem e de destino? Que questões aparecem quando articulamos a universidade como local e as mulheres como protagonistas deste processo? Esta pesquisa foi desenvolvida à nível de mestrado, no programa de pós-graduação em Psicologia na Universidade Federal de Minas Gerais. O desenvolvimento metodológico desta pesquisa qualitativa conjugou observação participante, entrevistas, pesquisa bibliográfica, através da participação em eventos da comunidade acadêmica internacional, conversas com estudantes estrangeiras negras de países africanos, e entrevistas semiestruturadas com as duas estudantes haitianas escolhidas como interlocutoras principais. A escolha pelas haitianas se deu a partir do que evocou a experiência de estudantes africanas com quem primeiramente tive contato. Percebi que muito pouco se falava sobre a experiência da mulher no debate sobre a experiência de estudantes africanos e, ao mesmo tempo, muito pouco se fala sobre estudantes haitianos; encontramos o Haiti muito mais caracterizado em termos de refugiados e imigrantes para trabalho. Perseguindo a suspeita de que as relações entre Brasil e Haiti pudessem explicar estas ausências, e que articular a categoria gênero na leitura sobre as diásporas produziria importantes reflexões, é que trago como central a experiência de duas mulheres haitianas, estudantes de duas faculdades de ensino superior diferentes, uma pública e uma privada. Estabeleço também as distinções entre o termo migração e diáspora. Trabalhar com a noção de identidade diaspórica de Edmund Gordon e Mark Anderson – inspirados nas obras de Stuart Hall e Paul Gilroy sobre diáspora – me permitiu a aproximação de uma via que se afasta de um essencialismo ou um hibridismo total no debate sobre a diáspora negra, a diáspora africana, e também a diáspora haitiana.
publishDate 2019
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-02-25
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-03-27T11:02:59Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-03-27T11:02:59Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/33021
url http://hdl.handle.net/1843/33021
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Psicologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33021/1/Dissertacao%20Camila%20R%20Francisco%20-%20versao%20final%20%282%29.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33021/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33021/3/license.txt
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/33021/4/Dissertacao%20Camila%20R%20Francisco%20-%20versao%20final%20%282%29.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 346f21b2286d00de29f2bd744d7e4762
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
34badce4be7e31e3adb4575ae96af679
57fd03ec5b0a335f1084cbfb46627f96
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1793890832649027584