Investigação antropométrica e dos hábitos relacionados a saúde em praticantes de caminhada/corrida em praças públicas de Fortaleza-CE

• Ano de defesa: 2007
• Autor(a) principal: Brandao, Demetrius Cavalcanti
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Palavras-chave em Português: Exercícios físicos; Obesidade; Saúde
• Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/80003

As formas como as pessoas vivem, as escolhas que fazem, são parte do que chamamos estilo de vida. Observa-se, a miúde, uma preocupação maior pela saúde obtida a na prática de atividade física, frequentemente sem qualquer orientação profissional. O limiar entre a prática saudável e a obsessiva é muito tênue e, frequentemente se encontram transtornos comportamentais relacionados á pratica da atividade física e a exageros dietéticos. Esta pesquisa teve como objetivos investigar os hábitos relacionados a saúde e à prevalência de sobrepeso/obesidade dos praticantes de atividade aeróbica (caminhada/corrida) de praças públicas da cidade de Fortaleza ?Ceará -Brasil.Consistiu de um estudo transversal descritivo, tendo sido realizada de 10 de outubro a 30 de novembro de 2007, cuja amostra foi constituída de 180 indivíduos, entrevistados e submetidos a uma avaliação antropométrica em praças de Fortaleza. Questionou-se sobre os aspectos biossociais, bem como acerca de co-morbidades e utilização de medicamentos. Na avaliação antropométrica, obteve-se peso, altura, perímetro da cintura(PC), abdominal(PA) e pélvica(PP), e dobras cutâneas. Foram utilizados o Índice de massa corporal(IMC), índice relação cintura quadril(IRCQ) e circunferência abdominal(CA), bem como o protocolo de Pollock para três dobras. Observou-se predomínio do sexo feminino(62,8%), escolaridade compatível com o ensino médio (37,8%). Da amostra pesquisada, 48,9% estavam sem avaliação médica e 75,6% sem avaliação física. A maioria (82,8%) prefere a prática da caminhada proximidade da residência (49,9%), pelo horário da manhã (66,7%) sem outra atividade física (60,0%). Do total, 58,3% se alimentam antes de se exercitarem; destes, 46,1% consomem frutas ou sucos, 63,3% não realizam qualquer tipo de dieta, e dos que realizam 16,7% o fazem por conta própria e 8,9% foram a um nutricionista. Dos entrevistados, 52,8% não têm qualquer tipo de doença, e , dos que referiram, 22,8% são hipertensos. Os medicamentos mais utilizados foram os anti-hipertensivos (28,3%). O estudo demonstrou que 41,7% têm obesidade leve ou sobrepeso e que 15,1% portam obesidade moderada. Pelo PA, detectou-se um risco em 37,4% como muito aumentado e 28,2% como aumentado. Quanto ao IRCQ, foram encontrados 38,8% muito altos e 31,1% altos. O perfil de adiposidade cutânea foi de 24,8% classificados como muito ruim e 21,8% como ruim. A obesidade é um problema de saúde coletiva, sendo necessárias medidas que possibilitem diminuir este quadro populacional. Conclui-se neste trabalho que o perfil corporal da amostra dos praticantes de caminhadas das praças é insatisfatório, com indicações de avaliação médica e física, bem como necessidade de orientação especializada para a prática esportiva e nutricional adequada.