In visibilidade da violência simbólica no cotidiano do cuidador familiar do idoso portador de Alzheimer

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Goncalves, Sandra Rosane Sampaio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/71199
Resumo: Dentre as demências, a Doença de Alzheimer deixa marcas significativas para o doente e família. Nesse contexto, salienta-se o papel do cuidador familiar que na trajetória desse cuidado se depara com diversas privações, dentre elas as pessoais e está sendo acometido de comorbidades. Entende-se que essas privações são, simbolicamente, uma violência que está sendo imputada pela complexa situação vivenciada. Compreendendo a subjetividade do tema, o estudo teve como objetivos identificar indícios no cotidiano do cuidador familiar do idoso portador da Doença de Alzheimer, que configure a violência simbólica, e propor práticas educativas para contribuir com a saúde do cuidador de idosos. Foi conduzindo através da abordagem qualitativa, tendo em seu método o estudo de caso. Participaram 19 cuidadores familiar e desenvolveu-se em uma instituição de Atenção ao Idoso, em Fortaleza e domicílios dos sujeitos. Observações, registros no diário de campo e a entrevista semi-estruturada foram os instrumentos de coleta. O Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) norteou a análise. Este revelou que a falta de opção, a contingência natural da vida e o amor, como sentimento filial, foram as razões de tornar-se cuidador. Sentir-se prisioneiro do cuidado, insatisfeito, incapaz ou satisfeitos foram os sentimentos verbalizados pelos sujeitos. Entendem a violência nas dimensões física/moral, por palavras e gestos, como privação de ?dirigir a própria vida?, configurando-se os indícios de violência simbólica. Reclamam da falta de apoio e suporte, tanto em nível macro, como nas relações familiares, além de desejarem paz interior, momentos de privacidade, lazer, e conhecimento para melhor cuidar do seu idoso. Propõe-se, como práticas educativas, discutir a temática nas instâncias que cuidam de idosos e seus familiares, bem como discorrer sobre a concepção do cuidado paliativo e o cuidado compartilhado. Nesse sentido, a educação em saúde está sendo solicitada como forma de advogar o direito de compartilhar as responsabilidades do cuidado com outros membros da família. Conclui-se que pelo simbolismo da violência aqui discutido e evidenciado nos discursos dos participantes o tema merece ser colocado em pauta nos grupos de apoio, com visão interdisciplinar e participação das famílias.
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Participaram 19 cuidadores familiar e desenvolveu-se em uma instituição de Atenção ao Idoso, em Fortaleza e domicílios dos sujeitos. Observações, registros no diário de campo e a entrevista semi-estruturada foram os instrumentos de coleta. O Discurso do Sujeito Coletivo (DSC) norteou a análise. Este revelou que a falta de opção, a contingência natural da vida e o amor, como sentimento filial, foram as razões de tornar-se cuidador. Sentir-se prisioneiro do cuidado, insatisfeito, incapaz ou satisfeitos foram os sentimentos verbalizados pelos sujeitos. Entendem a violência nas dimensões física/moral, por palavras e gestos, como privação de ?dirigir a própria vida?, configurando-se os indícios de violência simbólica. Reclamam da falta de apoio e suporte, tanto em nível macro, como nas relações familiares, além de desejarem paz interior, momentos de privacidade, lazer, e conhecimento para melhor cuidar do seu idoso. Propõe-se, como práticas educativas, discutir a temática nas instâncias que cuidam de idosos e seus familiares, bem como discorrer sobre a concepção do cuidado paliativo e o cuidado compartilhado. Nesse sentido, a educação em saúde está sendo solicitada como forma de advogar o direito de compartilhar as responsabilidades do cuidado com outros membros da família. Conclui-se que pelo simbolismo da violência aqui discutido e evidenciado nos discursos dos participantes o tema merece ser colocado em pauta nos grupos de apoio, com visão interdisciplinar e participação das famílias.From theses dementias, Alzheimer?s disease leaves significant marks to the sick person and to the family. In this context, it is possible to evidence the role of the familiar care person who, in this caring trajectory, comes across with several privations, as personal ones, as also, is been suffering every much more of co?morbidities. Understands here that those privations are, symbolically, an example of violence that is being inputted by the difficult situation lived. Comprehending this subject subjectivity, this study had as objectives to identify facts into the family care person of the elder victim of Alzheimer?s disease everyday life that configure the symbolical violence and propose educational practices to contribute with the family care person?s own health. This study was conducted by the qualitative approach, having as an own method, the case study. Took part on this research 19 familiar health persons, aging approximately 49 years and 6 moths old, beyond daughter, wife and sister. It was developed at the Elder Attention Center, in Fortaleza, Ceará, Brazil, and at the own characters residences. Observations, notes on the field diary and the semi-structured interview were the dada collecting instruments. The Coletive Character Speech technique had found the data analysis bearings. CCS revealed that the lack of options, the natural life contingency and love as a mom/child feeling, were the reasons to be a familiar care person. Feel as care prisoners, unsatisfied, incapable or satisfied were the feelings verbalized by the characters. They apprehend the violence on the physical/mental dimensions, as being words and gests and dreams privation or ?manage its own life?s? privation configuring itself instead, the symbolical violence facts into the CCS of those familiar care persons. They complain about the lack help and support, as in a macro scale, as also into the familiar relationships, beyond wishing internal peace, privacy moments, playing and knowledge to take care better of the elder. It was purposed as educational practices to discuss the subject into the instances that take care of elders and their relatives, as also, talk about the mediocre care conception and shared caring. In this way, the health education is being requested as one way to advocate the right to share the care responsibilities with other family members. Concluded that, by the violence symbolism that was here discussed and evidenced, into the participants speeches this subject deserve to be put on the support groups agenda with interdisciplinary vision and family participation.Vieira, Luiza Jane Eyre de SouzaVieira, Luiza Jane Eyre de SouzaSouza, Ednilsa Ramos deSilva, Maria Josefina daAmorim, Rosendo Freitas deUniversidade de Fortaleza. Programa de Pós-Graduação em Eduação em SaúdeGoncalves, Sandra Rosane Sampaio2005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/71199https://uol.unifor.br/auth-sophia/exibicao/505Disponibilidade forma física: Existe obra impressa de codigo: 70422porreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFORinstname:Universidade de Fortaleza (UNIFOR)instacron:UNIFORinfo:eu-repo/semantics/openAccess1899-12-30T00:00:00Zoai::71199Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttps://www.unifor.br/bdtdONGhttp://dspace.unifor.br/oai/requestbib@unifor.br||bib@unifor.bropendoar:1899-12-30T00:00Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR - Universidade de Fortaleza (UNIFOR)false
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