A morte como instrumento de trabalho: a experiência subjetiva dos coveiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Andrade, Isaac Bastos de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://biblioteca.sophia.com.br/terminalri/9575/acervo/detalhe/124023
Resumo: O trabalho do coveiro é considerado um dos mais antigos da humanidade, e faz parte de uma categoria de trabalhos que a sociedade em geral não deseja atuar por serem considerados ¿trabalhos sujos¿ (dirty work), termo que foi definido por estar associado à tarefas manchadas, degradantes e que causam rotulações aos seus executores. A presente tese consiste em uma pesquisa de caráter exploratório com abordagem qualitativa, cujo objetivo é analisar o trabalho de pessoas que atuam como coveiros em cemitérios de Fortaleza e Região Metropolitana, de modo a compreender como o estigma do trabalho sujo afeta seu processo de subjetivação. A pesquisa foi realizada em três estudos: 1. Análise Ergonômica do Trabalho do Coveiro (AET), 2. Representação Social do trabalho do Coveiro pela população em geral e 3. Entrevista em profundidade com os coveiros. A análise de dados foi feita através do Software de Análise Textual ¿ IRAMUTEQ e do método hermenêutico-dialético. Os resultados apontam que apesar dos avanços tecnológicos existentes na indústria da morte, o trabalho do coveiro continua sendo precário e classificado nas esferas física, social e moral pelo espectrum de abrangência do trabalho sujo como um trabalho manchado. Isso produz um peso social discriminatório ao trabalhador, que além de ser representado pela população em geral como realizador de um ofício estigmatizado, é rebaixado à condição de invisibilidade social, o que o torna a própria personificação do trabalho sujo e afeta seu processo de subjetivação. Palavras Chave: Coveiro, Representação Social, Estigma, Trabalho Sujo.
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