Espaço e tempo da territorialidade festiva do Sairé na Amazônia e as expressões do sagrado em Alter do Chão/PA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: COSTA, Maria Augusta Freitas lattes
Orientador(a): GOES, Eda Maria lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia - UNESP
Departamento: Faculdade de Ciências e Tecnologia - FCT/UNESP
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/10193
Resumo: Analisou-se nesse trabalho a constituição de uma territorialidade festiva amazônica instanciada como criação cultural religiosa com proeminência no contexto da Amazônia portuguesa: a Festa do Sairé. Na Amazônia brasileira contemporânea a materialidade festiva do Sairé só se efetua na Vila de Alter do Chão, no município paraense de Santarém, onde se caracteriza como um importante elemento da produção econômica turística, articulada aos festivais regionais com ênfase nas “Disputas” entre danças e dramatizações apresentadas em arenas. Esse contexto engendra questionamentos sobre a essência da tradição religiosa da festa e sua expressão de sagrado atrelada às procissões e rezas com folias e ladainhas herdadas do catolicismo vinculado ao/pelo grupo indígena Borari e a alegada profanidade das danças e dramatizações no interior da festividade do Sairé. Para compreender essas configurações na Festa do Sairé, analisouse o devir espaço-temporal dessa territorialidade festiva, seus processos de agenciamentos maquínicos e disjunções inclusivas num mover entre horizontalidades e verticalidades espaciais transmultiescalares em intrínseca correlação com a produção de subjetividades coletivas e suas prospecções de sentido à configuração de atores sociais enredados a projetos de ação/objetivação de mundo e sua transtemporalidade coextensiva. À realização da pesquisa se fez uso de pressupostos da análise do discurso, da história oral, do “deslocamento perspectivista” e do modelo descritivo da morfologia espaço-territorial, para tratar, sistematizar e analisar dados documentais; obras clássicas de missionários, viajantes e cronistas; periódicos não científicos; observação dirigida produtora de notas descritivas; entrevistas livres com moradores e visitantes de Alter do Chão; e relatos orais de organizadores e participantes da festa. Os resultados demonstram um mover contínuo de processos de territorializações desterritorializantes da/na Festa do Sairé que instancia sua territorialidade como dobra de resistência existencializante dos grupos ameríndios na Amazônia portuguesa e brasileira envolta à inventividade criativa de subjetividades coletivas enredadas pela festa/festividade como expressão de sagrado na região e suas teias e tessituras de solidariedades festivas entre as localidades amazônicas, onde dançar e rezar constitui-se idiomas do sagrado que abriga a religiosidade festiva mitológica da integridade cósmica e do caos criador. O que põe em relevo a mistura, a depredação e a captura da alteridade como elementos do devir de um projeto de humanidade em co-evolução com o ambiente e seus modos de ser e viver como divindade pela/na transcendência na imanência. E isso aparece transsubjetivado e transtemporalizado na festividade do Sairé “de Alter” em que se faz uso de todos os meios de exaltação a “tudo que gera vida” ao “dom da vida”, logo, sua territorialidade festiva impõe conhecimento profundo do local que funde linguagem e território em expressão de sagrado emaranhado por uma lógica subjetiva-expressivaafetiva que dá sentido a projetos solidários em que trabalho-energia-informação se processam, indissociavelmente, entre lógica produtiva e sentido criativo existencial.
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Na Amazônia brasileira contemporânea a materialidade festiva do Sairé só se efetua na Vila de Alter do Chão, no município paraense de Santarém, onde se caracteriza como um importante elemento da produção econômica turística, articulada aos festivais regionais com ênfase nas “Disputas” entre danças e dramatizações apresentadas em arenas. Esse contexto engendra questionamentos sobre a essência da tradição religiosa da festa e sua expressão de sagrado atrelada às procissões e rezas com folias e ladainhas herdadas do catolicismo vinculado ao/pelo grupo indígena Borari e a alegada profanidade das danças e dramatizações no interior da festividade do Sairé. Para compreender essas configurações na Festa do Sairé, analisouse o devir espaço-temporal dessa territorialidade festiva, seus processos de agenciamentos maquínicos e disjunções inclusivas num mover entre horizontalidades e verticalidades espaciais transmultiescalares em intrínseca correlação com a produção de subjetividades coletivas e suas prospecções de sentido à configuração de atores sociais enredados a projetos de ação/objetivação de mundo e sua transtemporalidade coextensiva. À realização da pesquisa se fez uso de pressupostos da análise do discurso, da história oral, do “deslocamento perspectivista” e do modelo descritivo da morfologia espaço-territorial, para tratar, sistematizar e analisar dados documentais; obras clássicas de missionários, viajantes e cronistas; periódicos não científicos; observação dirigida produtora de notas descritivas; entrevistas livres com moradores e visitantes de Alter do Chão; e relatos orais de organizadores e participantes da festa. Os resultados demonstram um mover contínuo de processos de territorializações desterritorializantes da/na Festa do Sairé que instancia sua territorialidade como dobra de resistência existencializante dos grupos ameríndios na Amazônia portuguesa e brasileira envolta à inventividade criativa de subjetividades coletivas enredadas pela festa/festividade como expressão de sagrado na região e suas teias e tessituras de solidariedades festivas entre as localidades amazônicas, onde dançar e rezar constitui-se idiomas do sagrado que abriga a religiosidade festiva mitológica da integridade cósmica e do caos criador. O que põe em relevo a mistura, a depredação e a captura da alteridade como elementos do devir de um projeto de humanidade em co-evolução com o ambiente e seus modos de ser e viver como divindade pela/na transcendência na imanência. E isso aparece transsubjetivado e transtemporalizado na festividade do Sairé “de Alter” em que se faz uso de todos os meios de exaltação a “tudo que gera vida” ao “dom da vida”, logo, sua territorialidade festiva impõe conhecimento profundo do local que funde linguagem e território em expressão de sagrado emaranhado por uma lógica subjetiva-expressivaafetiva que dá sentido a projetos solidários em que trabalho-energia-informação se processam, indissociavelmente, entre lógica produtiva e sentido criativo existencial.We analyze in this work the constitution of a festive amazonian territoriality instantiated as a religious cultural creation with prominence in the context of the portuguese Amazon: the Sairé's Feast. In the contemporary brazilian Amazon, the festive materiality of the Sairé is only takes place in the village of Alter do Chão, in the municipality of Santarém, where it is characterized as an important element of the tourist economic production, articulated to the regional festivals with emphasis on “Disputas” between dances and dramatizations presented in arenas. This context raises questions about the essence of the religious tradition of the feast and its expression of the sacred, linked to the processions and prayers, with foliations and litanies, which were inherited from the Catholicism linked to and by the Borari indigenous group, as well as the alleged profanity of dances and dramatizations within the Sairé's Feast. To understand these configurations in the Sairé's Feast, we analyze the space-time becoming of this festive territoriality, its processes of machinic assemblages and inclusive disjunctions in a move between horizontalities and multitransescalares spatial verticalities, which are in intrinsic correlation with the production of collective subjectivities and their prospects of meaning to the configuration of social actors entangled in projects of world action/objectification and their coextensive transtemporality. In order to carry out this research, we used the pressupositions of the discourse analysis, oral history, “perspectivist shift” and the descriptive model of spatioterritorial morphology, in order to treat, systematize and analyze documentary data; classical works of missionaries, travelers and chroniclers; non-scientific journals; directed observation producing descriptive notes; free interviews with residents and visitors of Alter do Chão; and oral reports of the organizers and participants of the feast. The results demonstrate a continuous movement of deterritorializing territorializations processes of the Sairé's Feast, which instantiates its territoriality as a fold of existentialist resistance of the Amerindian groups in the portuguese and brazilian Amazonia, surrounded by the inventiveness of the collective subjectivities entangled by the feast/festivity as an expression of the sacred in the region and its webs and tessituras of festive solidarity between the Amazonian localities where dancing and praying were constituted as languages of the sacred that shelters the mythological festive religiosity of cosmic integrity and creative chaos. What highlights the mixture, the depredation and the capture of otherness as elements of the becoming of a project of humanity in coevolution with the environment and their ways of being and living as divinity for the transcendence in immanence. And this appears trans-subjectivated and transtemporalized in the Sairé's Feast “of Alter”, in which all means of exalting “everything that generates life” to the “gift of life” is used, so its festive territoriality imposes profound knowledge of the place that merges language and territory into an expression of sacred entangled by a subjective-expressive-affective logic that gives meaning to solidarity projects in which work-energy-information are processed, inextricably, between productive logic and existential creative sense.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorUFPA - Universidade Federal do ParáporUniversidade Estadual PaulistaPrograma de Pós-Graduação em Geografia - UNESPUNESPBrasilFaculdade de Ciências e Tecnologia - FCT/UNESPhttps://repositorio.unesp.br/handle/11449/152634reponame:Repositório Institucional da UFPAinstname:Universidade Federal do Pará (UFPA)instacron:UFPACNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIA::GEOGRAFIA REGIONAL::ANALISE REGIONALDESENVOLVIMENTO TERRITORIALPRODUÇÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICOTerritorialidadeCultura amazônicaEscala geográficaFesta do SairéDanças folclóricas brasileirasSairé - Alter do Chão - PAEspaço e tempo da territorialidade festiva do Sairé na Amazônia e as expressões do sagrado em Alter do Chão/PAinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisGOES, Eda Mariahttp://lattes.cnpq.br/2286311661430306http://lattes.cnpq.br/5546840455601726COSTA, Maria Augusta Freitasinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALTese_EspacoTempoTerritorialidade.pdfTese_EspacoTempoTerritorialidade.pdfapplication/pdf89605483http://repositorio.ufpa.br/oai/bitstream/2011/10193/1/Tese_EspacoTempoTerritorialidade.pdf22f86d27f465434034f87f36bfa69edaMD51CC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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