Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: ANNUNZIATA, Bruno Barcellos
Orientador(a): PINHEIRO, Ulisses dos Santos
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35425
Resumo: Esponjas são organismos sésseis e apresentam larva lecitotrófica e livre natante com limitada capacidade de propagação, o que faz com que a maioria das espécies ocorra em áreas de endemismo locais ou regionais. Cerca de 9.190 espécies são válidas para o mundo, das quais 590 são registradas para o Brasil. A Região Nordeste apresenta a maior diversidade, entretanto, os registros são fragmentários, com a maioria desses concentrada nos Estados da Bahia e Pernambuco. Estudos em biogeografia marinha são focados na caracterização de padrões de distribuição de espécies e áreas de endemismo, porém padrões históricos e aplicações de métodos específicos de biogeografia histórica são escassos. O presente trabalho tem como objetivo compreender os padrões de distribuição das esponjas marinhas na costa oeste do Atlântico Sul Ocidental, a partir de um inventário dos Estados do Piauí e Maranhão. Foram identificados 336 espécimes, 29 em nível específico e três em nível genérico (duas dessas representando possíveis novas espécies, Placospongia sp. e Ciocalypta sp.). Para o Estado do Piauí, foram registradas 25 espécies, 24 constituindo novos registros, enquanto para o Maranhão, seis novos registros foram encontrados. A compilação de dados disponíveis de registros de espécies para o Atlântico Sul Ocidental resultou em 696 espécies, distribuídas desde a Guiana até a Península Valdez, Argentina. A análise de similaridade de Jaccard mostrou uma distribuição coincidente com as Ecorregiões Marinhas do Mundo, em relação às Províncias Guianense, Amazônica e Atlântico Sudoeste Tropical, esta última apresentando como limite a região de Cabo Frio (RJ) com a Província Paulista. Contudo, as áreas ao sul de Cabo Frio apresentaram diferenças quanto a separação entre a Província Paulista, que se estende até o Rio Grande do Sul, e a Província Argentina. Os resultados mostraram que temperatura da água é um fator limitante para distribuição de esponjas, uma vez que a maior distribuição de espécies está concentrada nas áreas com temperatura até 25ºC, localizadas ao norte de Cabo Frio. Dessa forma, para esponjas são consideradas cinco Províncias biogeográficas: (i) Província Guianense; (ii) Província Amazônica (Amapá e Pará); (iii) Província Atlântico Sudoeste Tropical (Piauí até Cabo Frio, RJ); (iv) Província Paulista (sul de Cabo Frio, RJ até Rio Grande do Sul), e (v) Província Argentina (Uruguai até Península Valdez, Argentina).
id UFPE_0cf31e8a183a6f074b5d98d92c11ba03
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/35425
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str
spelling ANNUNZIATA, Bruno Barcelloshttp://lattes.cnpq.br/5466338723413522http://lattes.cnpq.br/9558308121632441PINHEIRO, Ulisses dos Santos2019-12-03T17:24:31Z2019-12-03T17:24:31Z2019-10-07ANNUNZIATA, Bruno Barcellos. Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental. 2019. Tese (Doutorado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35425Esponjas são organismos sésseis e apresentam larva lecitotrófica e livre natante com limitada capacidade de propagação, o que faz com que a maioria das espécies ocorra em áreas de endemismo locais ou regionais. Cerca de 9.190 espécies são válidas para o mundo, das quais 590 são registradas para o Brasil. A Região Nordeste apresenta a maior diversidade, entretanto, os registros são fragmentários, com a maioria desses concentrada nos Estados da Bahia e Pernambuco. Estudos em biogeografia marinha são focados na caracterização de padrões de distribuição de espécies e áreas de endemismo, porém padrões históricos e aplicações de métodos específicos de biogeografia histórica são escassos. O presente trabalho tem como objetivo compreender os padrões de distribuição das esponjas marinhas na costa oeste do Atlântico Sul Ocidental, a partir de um inventário dos Estados do Piauí e Maranhão. Foram identificados 336 espécimes, 29 em nível específico e três em nível genérico (duas dessas representando possíveis novas espécies, Placospongia sp. e Ciocalypta sp.). Para o Estado do Piauí, foram registradas 25 espécies, 24 constituindo novos registros, enquanto para o Maranhão, seis novos registros foram encontrados. A compilação de dados disponíveis de registros de espécies para o Atlântico Sul Ocidental resultou em 696 espécies, distribuídas desde a Guiana até a Península Valdez, Argentina. A análise de similaridade de Jaccard mostrou uma distribuição coincidente com as Ecorregiões Marinhas do Mundo, em relação às Províncias Guianense, Amazônica e Atlântico Sudoeste Tropical, esta última apresentando como limite a região de Cabo Frio (RJ) com a Província Paulista. Contudo, as áreas ao sul de Cabo Frio apresentaram diferenças quanto a separação entre a Província Paulista, que se estende até o Rio Grande do Sul, e a Província Argentina. Os resultados mostraram que temperatura da água é um fator limitante para distribuição de esponjas, uma vez que a maior distribuição de espécies está concentrada nas áreas com temperatura até 25ºC, localizadas ao norte de Cabo Frio. Dessa forma, para esponjas são consideradas cinco Províncias biogeográficas: (i) Província Guianense; (ii) Província Amazônica (Amapá e Pará); (iii) Província Atlântico Sudoeste Tropical (Piauí até Cabo Frio, RJ); (iv) Província Paulista (sul de Cabo Frio, RJ até Rio Grande do Sul), e (v) Província Argentina (Uruguai até Península Valdez, Argentina).In marine biogeography, most studies are focused on the characterization of the distribution patterns, areas of endemism and studies of historical patterns. Applications of specific methods of historical biogeography are scarce. Sponges are sessile organisms and have lecithotrophic, free-swimming larvae with limited propagation capacity, so most species occur in local or regional endemism areas. Sponges comprise 9,190 valid species – 590 known from Brazil. The Northeast Region host the largest diversity of species in Brazil, but the distribution of records is most concentrated in the states of Bahia and Pernambuco. The present work aims to understand the patterns of distribution of marine sponges on the west coast of the Tropical Atlantic, based on an inventory in the states of Piauí and Maranhão, to determine the biogeographic units on the area. We identified 336 specimens – 29 at specific level and three at generic level (two possible new species, Placospongia sp. and Ciocalypta sp.). In the state of Piauí, that had only one previous record of sponge, we identified 24 new records. In Maranhão, with 30 species previously recorded, six new records are presented. The compilation of data available to species recorded from the West coast of the Tropical Atlantic has resulted in 696 species distributed from the Guyana to the Valdez Peninsula, Argentina. From Jaccard's similarity analysis, an UPGMA was made, which showed a distribution coincident with the Ecoregions (MEOW), including the Guyana, Amazon and Southwest Atlantic Provinces, with Cabo Frio (RJ) as the limit. However, in areas south of Cabo Frio, there was a difference in the Paulista Province, extending to Rio Grande do Sul, and the Argentina Province was separeted. The water temperature is a limit for the distribution of sponges since the most species are concentrated in areas with temperatures up to 25ºC, located at north of Cabo Frio. Thus, for sponges we consider five biogeographic Provinces: (i) Guyanese Province; (ii) Amazon Province (Amapá and Pará); (iii) Southwest Tropical Atlantic Province (Piauí to Cabo Frio, RJ); (iv) Paulista Province (south of Cabo Frio, RJ to Rio Grande do Sul), and (v) Argentina Province (Uruguay to Valdez Peninsula, Argentina).porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia AnimalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessEsponjasTaxonomiaBiogeografia MarinhaEspongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidentalinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Bruno Barcellos Annunziata.pdfTESE Bruno Barcellos Annunziata.pdfapplication/pdf8627098https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/35425/1/TESE%20Bruno%20Barcellos%20Annunziata.pdfe823f8e75fc0a9a35f719aca1cee5bd4MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/35425/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/35425/3/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD53TEXTTESE Bruno Barcellos Annunziata.pdf.txtTESE Bruno Barcellos Annunziata.pdf.txtExtracted texttext/plain226054https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/35425/4/TESE%20Bruno%20Barcellos%20Annunziata.pdf.txt06c371d93915a4394418d9259d7ec453MD54THUMBNAILTESE Bruno Barcellos Annunziata.pdf.jpgTESE Bruno Barcellos Annunziata.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1208https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/35425/5/TESE%20Bruno%20Barcellos%20Annunziata.pdf.jpg1b36cd2dabf186ad7045962ee04d3fc1MD55123456789/354252019-12-04 02:11:04.778oai:repositorio.ufpe.br:123456789/35425Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-12-04T05:11:04Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental
title Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental
spellingShingle Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental
ANNUNZIATA, Bruno Barcellos
Esponjas
Taxonomia
Biogeografia Marinha
title_short Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental
title_full Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental
title_fullStr Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental
title_full_unstemmed Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental
title_sort Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental
author ANNUNZIATA, Bruno Barcellos
author_facet ANNUNZIATA, Bruno Barcellos
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5466338723413522
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9558308121632441
dc.contributor.author.fl_str_mv ANNUNZIATA, Bruno Barcellos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv PINHEIRO, Ulisses dos Santos
contributor_str_mv PINHEIRO, Ulisses dos Santos
dc.subject.por.fl_str_mv Esponjas
Taxonomia
Biogeografia Marinha
topic Esponjas
Taxonomia
Biogeografia Marinha
description Esponjas são organismos sésseis e apresentam larva lecitotrófica e livre natante com limitada capacidade de propagação, o que faz com que a maioria das espécies ocorra em áreas de endemismo locais ou regionais. Cerca de 9.190 espécies são válidas para o mundo, das quais 590 são registradas para o Brasil. A Região Nordeste apresenta a maior diversidade, entretanto, os registros são fragmentários, com a maioria desses concentrada nos Estados da Bahia e Pernambuco. Estudos em biogeografia marinha são focados na caracterização de padrões de distribuição de espécies e áreas de endemismo, porém padrões históricos e aplicações de métodos específicos de biogeografia histórica são escassos. O presente trabalho tem como objetivo compreender os padrões de distribuição das esponjas marinhas na costa oeste do Atlântico Sul Ocidental, a partir de um inventário dos Estados do Piauí e Maranhão. Foram identificados 336 espécimes, 29 em nível específico e três em nível genérico (duas dessas representando possíveis novas espécies, Placospongia sp. e Ciocalypta sp.). Para o Estado do Piauí, foram registradas 25 espécies, 24 constituindo novos registros, enquanto para o Maranhão, seis novos registros foram encontrados. A compilação de dados disponíveis de registros de espécies para o Atlântico Sul Ocidental resultou em 696 espécies, distribuídas desde a Guiana até a Península Valdez, Argentina. A análise de similaridade de Jaccard mostrou uma distribuição coincidente com as Ecorregiões Marinhas do Mundo, em relação às Províncias Guianense, Amazônica e Atlântico Sudoeste Tropical, esta última apresentando como limite a região de Cabo Frio (RJ) com a Província Paulista. Contudo, as áreas ao sul de Cabo Frio apresentaram diferenças quanto a separação entre a Província Paulista, que se estende até o Rio Grande do Sul, e a Província Argentina. Os resultados mostraram que temperatura da água é um fator limitante para distribuição de esponjas, uma vez que a maior distribuição de espécies está concentrada nas áreas com temperatura até 25ºC, localizadas ao norte de Cabo Frio. Dessa forma, para esponjas são consideradas cinco Províncias biogeográficas: (i) Província Guianense; (ii) Província Amazônica (Amapá e Pará); (iii) Província Atlântico Sudoeste Tropical (Piauí até Cabo Frio, RJ); (iv) Província Paulista (sul de Cabo Frio, RJ até Rio Grande do Sul), e (v) Província Argentina (Uruguai até Península Valdez, Argentina).
publishDate 2019
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-12-03T17:24:31Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-12-03T17:24:31Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2019-10-07
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv ANNUNZIATA, Bruno Barcellos. Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental. 2019. Tese (Doutorado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35425
identifier_str_mv ANNUNZIATA, Bruno Barcellos. Espongiofauna marinha dos estados do Piauí e Maranhão (Nordeste do Brasil) e considerações biogeográficas no Atlântico Sul Ocidental. 2019. Tese (Doutorado em Biologia Animal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2019.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35425
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/embargoedAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv embargoedAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/35425/1/TESE%20Bruno%20Barcellos%20Annunziata.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/35425/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/35425/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/35425/4/TESE%20Bruno%20Barcellos%20Annunziata.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/35425/5/TESE%20Bruno%20Barcellos%20Annunziata.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e823f8e75fc0a9a35f719aca1cee5bd4
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
06c371d93915a4394418d9259d7ec453
1b36cd2dabf186ad7045962ee04d3fc1
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1801858505866477568