Políticas (públicas?) de turismo no contexto da violência e do medo em espaços livres públicos de Recife, Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SILVA, Elton Pereira da
Orientador(a): CASTILHO, Cláudio Jorge Moura de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio Ambiente
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30474
Resumo: O papel das Políticas Públicas de Turismo (PPTUR) deveria ser o de propiciar o desenvolvimento sustentável, buscando beneficiar e atender, ao mesmo tempo, populações locais e turistas. No âmbito desse desenvolvimento, compreendido em sua complexidade, destaca-se uma série de elementos socioambientais indispensáveis ao ordenamento territorial de “cidades turísticas”, tais como a garantia de espaços públicos urbanos seguros e de qualidade. Acontece que vivenciamos hoje um contexto de “cidades do medo”; em que o próprio medo e a percepção do crescente risco, através do aumento da violência urbana, fazem com que a população opte por práticas de lazer em ambientes fechados e privados, indo de encontro à necessidade (individual e social) dos citadinos da vivência do lazer fora do contexto domiciliar. Nesta perspectiva, o objetivo geral deste trabalho foi analisar se as Políticas (Públicas?) de Turismo de Recife contribuíram, em consórcio com outras políticas setoriais, para resolver os problemas da violência e do medo nos espaços livres públicos da cidade no período de 2013 a 2016. Para tanto, buscou-se especificamente: verificar em que medida os principais documentos de planejamento de turismo (global, nacional, estadual e municipal) consideram a questão do trinômio: turismo, espaço livre público, violência e medo urbanos; identificar, através de análise da gestão do turismo nos espaços livres públicos de Recife, como a (in) sustentabilidade das ações voltadas ao turismo na cidade, repercute na diminuição ou no aumento da violência e medo urbanos; e apontar elementos que subsidiem o desenvolvimento de políticas públicas sustentáveis nas áreas de turismo e de ordenamento territorial de espaços públicos urbanos, visando contribuir à resolução da problemática da violência e do medo urbanos na cidade do Recife. Como resultado, teve-se, a partir da análise dos documentos de planejamento nos níveis mundial, nacional, regional, estadual e municipal a constatação da hipótese inicial de que não existem planos, programas ou projetos específicos que tratem, de maneira articulada, do trinômio: turismo sustentável, espaço livre público, violência e medo urbanos. Do ponto de vista da gestão, este é o maior gargalo ao desenvolvimento do turismo sustentável, pois os benefícios gerados pelo fenômeno turístico não são distribuídos de maneira equitativa entre os atores socioambientais envolvidos com este fenômeno, retirando o turismo da pauta de elementos que poderiam vir a contribuir à diminuição da violência e do medo urbanos, pois é (in) ação decisiva para que um ambiente possua, ou não, uma Política Pública de Turismo (PPTUR). Constatou-se por fim que, apesar da Secretaria de Turismo e Lazer (SETUR-L) vir desenvolvendo um conjunto de ações em que se propõe priorizar a oferta gratuita de lazer para comunidade local e visitantes (turistas e excursionistas), possuindo um conjunto de planos, programas e, sobretudo, projetos direcionados para o setor, a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), não possui uma Política Pública de Turismo real e em funcionamento, considerando as três dimensões que uma PPTUR engloba: ideológica, normativa e técnico-administrativa. Além disso, não se percebe uma participação efetiva dos agentes socioambientais do turismo em todo o processo que envolve o ciclo de (o que deveria ser!) uma política pública. Verificou-se, notadamente, o esforço e o trabalho de alguns burocratas, sobretudo, dos que formam a mão-de-obra mais técnica especializada do turismo que compõe a SETUR-L no que tange ao planejamento e gestão de um conjunto de ações bem aceitas por visitantes, pelo trade turístico e por segmentos específicos da população recifense, mas que necessitariam de um melhor aperfeiçoamento para vir a se tornar, efetivamente, uma PPTUR. Assim, o turismo, que apesar de na literatura ser defendido enquanto um instrumento de promoção de paz, apontado no discurso de “políticos” e de agentes econômicos beneficiados com o setor como sendo um fator de desenvolvimento urbano e regional, com impactos positivos indiretos na inclusão dos criminosos marginalizados da/na cidade, a lógica e a forma pela qual vem se realizando as “Políticas Públicas de Turismo” não contribuiu, efetivamente, à diminuição da violência e do medo urbanos nos espaços livres públicos do Recife no período analisado.
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spelling SILVA, Elton Pereira dahttp://lattes.cnpq.br/5978220150010040CV: http://lattes.cnpq.br/0107090882082784CASTILHO, Cláudio Jorge Moura de2019-05-03T21:22:19Z2019-05-03T21:22:19Z2017-09-15https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30474O papel das Políticas Públicas de Turismo (PPTUR) deveria ser o de propiciar o desenvolvimento sustentável, buscando beneficiar e atender, ao mesmo tempo, populações locais e turistas. No âmbito desse desenvolvimento, compreendido em sua complexidade, destaca-se uma série de elementos socioambientais indispensáveis ao ordenamento territorial de “cidades turísticas”, tais como a garantia de espaços públicos urbanos seguros e de qualidade. Acontece que vivenciamos hoje um contexto de “cidades do medo”; em que o próprio medo e a percepção do crescente risco, através do aumento da violência urbana, fazem com que a população opte por práticas de lazer em ambientes fechados e privados, indo de encontro à necessidade (individual e social) dos citadinos da vivência do lazer fora do contexto domiciliar. Nesta perspectiva, o objetivo geral deste trabalho foi analisar se as Políticas (Públicas?) de Turismo de Recife contribuíram, em consórcio com outras políticas setoriais, para resolver os problemas da violência e do medo nos espaços livres públicos da cidade no período de 2013 a 2016. Para tanto, buscou-se especificamente: verificar em que medida os principais documentos de planejamento de turismo (global, nacional, estadual e municipal) consideram a questão do trinômio: turismo, espaço livre público, violência e medo urbanos; identificar, através de análise da gestão do turismo nos espaços livres públicos de Recife, como a (in) sustentabilidade das ações voltadas ao turismo na cidade, repercute na diminuição ou no aumento da violência e medo urbanos; e apontar elementos que subsidiem o desenvolvimento de políticas públicas sustentáveis nas áreas de turismo e de ordenamento territorial de espaços públicos urbanos, visando contribuir à resolução da problemática da violência e do medo urbanos na cidade do Recife. Como resultado, teve-se, a partir da análise dos documentos de planejamento nos níveis mundial, nacional, regional, estadual e municipal a constatação da hipótese inicial de que não existem planos, programas ou projetos específicos que tratem, de maneira articulada, do trinômio: turismo sustentável, espaço livre público, violência e medo urbanos. Do ponto de vista da gestão, este é o maior gargalo ao desenvolvimento do turismo sustentável, pois os benefícios gerados pelo fenômeno turístico não são distribuídos de maneira equitativa entre os atores socioambientais envolvidos com este fenômeno, retirando o turismo da pauta de elementos que poderiam vir a contribuir à diminuição da violência e do medo urbanos, pois é (in) ação decisiva para que um ambiente possua, ou não, uma Política Pública de Turismo (PPTUR). Constatou-se por fim que, apesar da Secretaria de Turismo e Lazer (SETUR-L) vir desenvolvendo um conjunto de ações em que se propõe priorizar a oferta gratuita de lazer para comunidade local e visitantes (turistas e excursionistas), possuindo um conjunto de planos, programas e, sobretudo, projetos direcionados para o setor, a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), não possui uma Política Pública de Turismo real e em funcionamento, considerando as três dimensões que uma PPTUR engloba: ideológica, normativa e técnico-administrativa. Além disso, não se percebe uma participação efetiva dos agentes socioambientais do turismo em todo o processo que envolve o ciclo de (o que deveria ser!) uma política pública. Verificou-se, notadamente, o esforço e o trabalho de alguns burocratas, sobretudo, dos que formam a mão-de-obra mais técnica especializada do turismo que compõe a SETUR-L no que tange ao planejamento e gestão de um conjunto de ações bem aceitas por visitantes, pelo trade turístico e por segmentos específicos da população recifense, mas que necessitariam de um melhor aperfeiçoamento para vir a se tornar, efetivamente, uma PPTUR. Assim, o turismo, que apesar de na literatura ser defendido enquanto um instrumento de promoção de paz, apontado no discurso de “políticos” e de agentes econômicos beneficiados com o setor como sendo um fator de desenvolvimento urbano e regional, com impactos positivos indiretos na inclusão dos criminosos marginalizados da/na cidade, a lógica e a forma pela qual vem se realizando as “Políticas Públicas de Turismo” não contribuiu, efetivamente, à diminuição da violência e do medo urbanos nos espaços livres públicos do Recife no período analisado.CAPESThe role of Tourism Public Policies (PPTUR) should be to propitiate sustainable development, seeking,simultaneously, benefit local populations and tourists. In the context of this development, a series of socio-environmental elements essential for the spatial planning of "tourist cities" are highlighted, such as the guarantee of safe and quality urban public spaces. But today we live a context of "cities of fear", in which fear itself and the perception of increasing risk, through the increase of urban violence, make the population opt for leisure practices in private and enclosed environments, being contrary to necessity (individual and social) of the leisure experience outside the home context. Thus, the general objective of this work was to analyze if the Tourism (Public?) Policies of Recife contribute, along with other sectoral policies, to solve the problems of violence and fear in the public spaces of the city in the period from 2013 to 2016. It was sought to verify to what extent the main tourism planning documents (global, national, state and municipal) consider of the tourism, public space, violence and urban fear's; To identify, through the analysis of tourism management in public spaces in Recife, how the sustainability of actions geared to tourism in the city, has repercussions on the reduction or increase of violence and urban fear's; and to point out elements that support the development of sustainable public policies in the areas of tourism and territorial planning of urban public spaces, aiming to contribute to solve the problem of violence and urban fear's in the city of Recife. As a result, the initial hypothesis was confirmed, that is, there are no specific plans, programs or projects that address, in an articulated way: sustainable tourism, public space, violence and urban fear's. From the management point of view, this is the biggest bottleneck in the development of sustainable tourism, since the benefits generated by the tourism phenomenon are not equitably distributed among the socio-environmental actors involved in this phenomenon, removing tourism from the list of elements that could come to contribute to the reduction of violence and urban fear's, since it is a decisive action for an environment to have or not a Tourism Public Policies (PPTUR). It was also verified that, despite the Secretariat for Tourism and Leisure (SETUR-L), develop a set of actions to offer free leisure to the local community and visitors (tourists and hikers), having a set of plans, programs directed to the sector, the City Hall of Recife, does not have a real and functioning Tourism Public Policies, considering the three dimensions that a PPTUR encompasses: ideological, normative and technical-administrative. Moreover, there is no perception of an effective participation of socio-environmental agents of tourism in the whole process that involves the cycle of a public policy. The efforts and work of some bureaucrats, especially those that make up the more specialized technical workforce of tourism that make up SETUR-L with regard to the planning and management of a set of well- accepted by visitors, by the tourist trade and by specific segments of the Recife population, but that would need a better improvement in order to become, effectively, a PPTUR. Thus, the tourism, which in literature is defended as an instrument for promoting peace, in the discourse of "politicians" and economic agents benefited from the sector is a factor of urban and regional development, with indirect positive impacts on the inclusion of criminals marginalized, the logic and the way in which the "Tourism Public Policies " have been carried out did not effectively contribute to the reduction of urban violence and fear in the public spaces of Recife during the analyzed period.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Desenvolvimento e Meio AmbienteUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMeio ambientePolítica públicaTurismo - PlanejamentoEspaços públicosViolência urbanaMedoPolíticas (públicas?) de turismo no contexto da violência e do medo em espaços livres públicos de Recife, Pernambucoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Elton Pereira da Silva.pdf.jpgTESE Elton Pereira da Silva.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1848https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30474/5/TESE%20Elton%20Pereira%20da%20Silva.pdf.jpg2b4b48026f491834192eb60942c5bedbMD55ORIGINALTESE Elton Pereira da Silva.pdfTESE Elton Pereira da Silva.pdfapplication/pdf5015639https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/30474/1/TESE%20Elton%20Pereira%20da%20Silva.pdf595402d67fa73fa41b4100a7c509a359MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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