Tradição e ruptura no audiovisual: Um estudo de linguagem do vídeo popular em Pernambuco na década de 1980

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2001
Autor(a) principal: BEZERRA, Cláudio Roberto de Araújo
Orientador(a): CUNHA FILHO, Paulo Carneiro da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/3275
Resumo: Este trabalho é um estudo de linguagem dos vídeos populares de Pernambuco produzidos na década de 1980. Analisamos dois programas, Quem vê a cara vê a AIDS e A nossa história e a história de Cabo Gato, realizados por grupos distintos e em diferentes processos de produção, para identificar elementos comuns que compõem a materialidade expressiva deles. Trata-se de um estudo interdisciplinar, fundamentado a partir de três categorias de análise do filósofo russo Mikhail Bakhtin: dialogismo, polifonia e carnavalização. De acordo com os dados levantados e analisados na pesquisa, constatamos que os programas foram realizados a partir de dois modelos de produção, videoprocesso e videoproduto, que implicavam um determinado grau de dependência em relação aos movimentos sociais e objetivos específicos quanto ao uso do vídeo numa perspectiva social. Em termos de linguagem, o vídeo popular pernambucano seguiu as tendências da arte contemporânea e mostrou-se essencialmente híbrido, pois a sua materialidade expressiva se constitui a partir do diálogo e da contaminação entre o erudito, o massivo e o popular. Constatamos, também, que a produção de vídeos populares, em Pernambuco, surgiu da iniciativa de setores médios da população, mais ou menos articulados com os movimentos sociais. Ao mesmo tempo em que procurava dar visibilidade positiva às lutas populares, então pouco divulgadas nos mass media, os grupos de realizadores também revelaram aspectos do cotidiano e da cultura dos setores menos favorecidos da população, contribuindo para o fortalecimento de identidades locais e o crescimento da auto-estima
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De acordo com os dados levantados e analisados na pesquisa, constatamos que os programas foram realizados a partir de dois modelos de produção, videoprocesso e videoproduto, que implicavam um determinado grau de dependência em relação aos movimentos sociais e objetivos específicos quanto ao uso do vídeo numa perspectiva social. Em termos de linguagem, o vídeo popular pernambucano seguiu as tendências da arte contemporânea e mostrou-se essencialmente híbrido, pois a sua materialidade expressiva se constitui a partir do diálogo e da contaminação entre o erudito, o massivo e o popular. Constatamos, também, que a produção de vídeos populares, em Pernambuco, surgiu da iniciativa de setores médios da população, mais ou menos articulados com os movimentos sociais. 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