Briófitas epífitas em agroflorestas de cacau na Floresta Atlântica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: REIS, Luciana Carvalho dos
Orientador(a): PÔRTO, Kátia Cavalcanti da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32661
Resumo: Tal qual ocorre para outros grupos biológicos, as comunidades de briófitas em agroflorestas são caracterizadas pela manutenção de riqueza e significativa alteração na composição das espécies, sendo esses padrões baseados em parâmetros taxonômicos. Para uma melhor compreensão dos fatores por trás da organização das comunidades de briófitas nas agroflorestas, é necessário considerar outros fatores como por exemplo, o papel das estratégias reprodutivas e dos atributos funcionais das espécies. Nós estudamos as briófitas epífitas em agroflorestas de cacau e floresta nativa localizadas na região sul da Bahia, as quais foram caracterizadas (riqueza e composição das espécies) e comparadas entre os dois ambientes. A organização das comunidades foi então analisada sob a luz da influência dos aspectos reprodutivos e funcionais das espécies. Os resultados mostraram que, embora não haja uma perda no número total de espécies de briófitas nas agrolforestas, as hepáticas têm sua riqueza reduzida (os musgos não são afetados). As agroflorestas na região sul da Bahia abrigam uma brioflora típica para esse tipo de hábitat, composta principalmente por espécies monoica produzindo esporófitos e espécies dioicas que frequentemente se reproduzem assexuadamente. Além disso, a reprodução assexuada entre as dioicas parece estar sendo beneficiada nas agroflorestas, especialmente naquelas inseridas em paisagens com menores proporções de floresta nativa, como é o caso da paisagem encontrada no município de Ilhéus. Os padrões reprodutivos encontrados sugerem que a seleção das briófitas nas agroflorestas está relacionada ao modo reprodutivo das espécies. As espécies que compõem as comunidades nas florestas e agroflorestas também diferem em relação às estratégias funcionais. As espécies selecionadas nas agroflorestas são principalmente aquelas que apresentam o atributo pigmentos secundários em suas células (proteção contra uma maior incidência luminosa). A variação no atributo presença de papilas foi explicada pelas variáveis preditoras (abertura do dossel, temperatura média anual, precipitação média anual). Nas agroflorestas estudadas, a organização funcional das comunidades de briófitas epífitas é fortemente influenciada por processos relacionados ao nicho das espécies, tendo luminosidade como principal fator ambiental selecionador das espécies. Em síntese, os resultados obtidos nesta tese mostram que as comunidades de briófitas epífitas nas agroflorestas de cacau na região sul da Bahia são caraterizadas por uma menor dispersão dos atributos funcionais (convergência funcional), elevada abundância de espécies monoicas e de espécies com frequência de reprodução assexuada, além de menor sucesso reprodutivo entre as espécies dioicas. Ou seja, em comparação com floresta nativa, as comunidades de briófitas nas agroflorestas são mais simplificadas funcionalmente e devem apresentar menor variabilidade genética, em decorrência das estratégias reprodutivas mais comumente utilizadas, e assim mais vulneravéis às perturbações. Dessa maneira, a continuidade e crescente conversão das florestas nativas em sistemas agroflorestais deverá cada vez mais levar à uma homogeneização da brioflora na região sul da Bahia.
id UFPE_20f552e380827897ac27be67200df76b
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/32661
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str
spelling REIS, Luciana Carvalho doshttp://lattes.cnpq.br/5229536211659747http://lattes.cnpq.br/5394344598750765PÔRTO, Kátia Cavalcanti da2019-09-12T18:05:34Z2019-09-12T18:05:34Z2018-08-31https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32661Tal qual ocorre para outros grupos biológicos, as comunidades de briófitas em agroflorestas são caracterizadas pela manutenção de riqueza e significativa alteração na composição das espécies, sendo esses padrões baseados em parâmetros taxonômicos. Para uma melhor compreensão dos fatores por trás da organização das comunidades de briófitas nas agroflorestas, é necessário considerar outros fatores como por exemplo, o papel das estratégias reprodutivas e dos atributos funcionais das espécies. Nós estudamos as briófitas epífitas em agroflorestas de cacau e floresta nativa localizadas na região sul da Bahia, as quais foram caracterizadas (riqueza e composição das espécies) e comparadas entre os dois ambientes. A organização das comunidades foi então analisada sob a luz da influência dos aspectos reprodutivos e funcionais das espécies. Os resultados mostraram que, embora não haja uma perda no número total de espécies de briófitas nas agrolforestas, as hepáticas têm sua riqueza reduzida (os musgos não são afetados). As agroflorestas na região sul da Bahia abrigam uma brioflora típica para esse tipo de hábitat, composta principalmente por espécies monoica produzindo esporófitos e espécies dioicas que frequentemente se reproduzem assexuadamente. Além disso, a reprodução assexuada entre as dioicas parece estar sendo beneficiada nas agroflorestas, especialmente naquelas inseridas em paisagens com menores proporções de floresta nativa, como é o caso da paisagem encontrada no município de Ilhéus. Os padrões reprodutivos encontrados sugerem que a seleção das briófitas nas agroflorestas está relacionada ao modo reprodutivo das espécies. As espécies que compõem as comunidades nas florestas e agroflorestas também diferem em relação às estratégias funcionais. As espécies selecionadas nas agroflorestas são principalmente aquelas que apresentam o atributo pigmentos secundários em suas células (proteção contra uma maior incidência luminosa). A variação no atributo presença de papilas foi explicada pelas variáveis preditoras (abertura do dossel, temperatura média anual, precipitação média anual). Nas agroflorestas estudadas, a organização funcional das comunidades de briófitas epífitas é fortemente influenciada por processos relacionados ao nicho das espécies, tendo luminosidade como principal fator ambiental selecionador das espécies. Em síntese, os resultados obtidos nesta tese mostram que as comunidades de briófitas epífitas nas agroflorestas de cacau na região sul da Bahia são caraterizadas por uma menor dispersão dos atributos funcionais (convergência funcional), elevada abundância de espécies monoicas e de espécies com frequência de reprodução assexuada, além de menor sucesso reprodutivo entre as espécies dioicas. Ou seja, em comparação com floresta nativa, as comunidades de briófitas nas agroflorestas são mais simplificadas funcionalmente e devem apresentar menor variabilidade genética, em decorrência das estratégias reprodutivas mais comumente utilizadas, e assim mais vulneravéis às perturbações. Dessa maneira, a continuidade e crescente conversão das florestas nativas em sistemas agroflorestais deverá cada vez mais levar à uma homogeneização da brioflora na região sul da Bahia.FACEPEAs for other biological groups, the bryophyte communities in agroforestry are characterized by the maintenance of richness and significant changes in the species composition, being these patterns based on taxonomic parameters. For a better understanding of the factors behind the organization of bryophyte communities in agroforestry, it is necessary to consider other factors such as the role of reproductive strategies and the functional attributes of species. We studied the bryophyte epiphytes in agroforestry of cocoa and native forest located in the southern region of Bahia, which were characterized (richness and species composition) and compared between the two environments. The organization of the communities was then analyzed under the light of the influence of the reproductive and functional aspects of the species. The results showed that, although there is no loss in the total number of bryophytes species in agrolforests, the hepatics have their richness reduced (mosses are not affected). The agroforestry in the southern region of Bahia harbor a typical bryoflora for this type of habitat, composed mainly of monoecious species producing sporophytes and dioecious species that frequently reproduce asexually. In addition, asexual reproduction among dioecious species seems to be benefiting in agroforestry, especially in those with lower native forest proportions, such as the landscape found in the municipality of Ilhéus. The reproductive patterns found suggest that the selection of bryophytes in agroforestry is related to the reproductive mode of the species. The species that compose the communities in the forests and agroforestry also differ in relation to the functional strategies. The species selected in the agroforestry are mainly those that have the attribute secondary pigments in their cells (protection against a greater luminous incidence). The variation in the presence of papilla was explained by the predictor variables (canopy opening, mean annual temperature, mean annual precipitation). In the agroforests studied, the functional organization of the epiphytic bryophyte communities is strongly influenced by processes related to the species niche, with luminosity as the main environmental factor selecting the species. In summary, the results obtained in this thesis show that epiphytic bryophyte communities in cocoa agroforestry in southern Bahia are characterized by lower dispersion of functional attributes (functional convergence), high abundance of monoecious species and species with reproductive frequency asexual, as well as less reproductive success among dioecious species. That is, in comparation with the native forest, bryophyte communities in the agroforestry are more functionally simplified and should present less genetic variability, due to the reproductive strategies more commonly used, and thus more vulnerable to the disturbances. In this way, the continuity and increasing conversion of native forests to agroforestry systems will increasingly lead to a homogenization of the bryoflora in the southern region of Bahia.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessBriófitoPerturbação antrópicaReprodução sexuada e assexuadaBriófitas epífitas em agroflorestas de cacau na Floresta Atlânticainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Luciana Carvalho dos Reis.pdf.jpgTESE Luciana Carvalho dos Reis.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1196https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32661/5/TESE%20Luciana%20Carvalho%20dos%20Reis.pdf.jpg93a1618aa230c8dafcade413556a4d80MD55ORIGINALTESE Luciana Carvalho dos Reis.pdfTESE Luciana Carvalho dos Reis.pdfapplication/pdf2243400https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32661/1/TESE%20Luciana%20Carvalho%20dos%20Reis.pdfb142e4d96ed027e768c842b03eff8512MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32661/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32661/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53TEXTTESE Luciana Carvalho dos Reis.pdf.txtTESE Luciana Carvalho dos Reis.pdf.txtExtracted texttext/plain224335https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32661/4/TESE%20Luciana%20Carvalho%20dos%20Reis.pdf.txt52d33a9f38df2d455f57595213252c44MD54123456789/326612019-10-26 01:42:20.169oai:repositorio.ufpe.br:123456789/32661TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T04:42:20Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Briófitas epífitas em agroflorestas de cacau na Floresta Atlântica
title Briófitas epífitas em agroflorestas de cacau na Floresta Atlântica
spellingShingle Briófitas epífitas em agroflorestas de cacau na Floresta Atlântica
REIS, Luciana Carvalho dos
Briófito
Perturbação antrópica
Reprodução sexuada e assexuada
title_short Briófitas epífitas em agroflorestas de cacau na Floresta Atlântica
title_full Briófitas epífitas em agroflorestas de cacau na Floresta Atlântica
title_fullStr Briófitas epífitas em agroflorestas de cacau na Floresta Atlântica
title_full_unstemmed Briófitas epífitas em agroflorestas de cacau na Floresta Atlântica
title_sort Briófitas epífitas em agroflorestas de cacau na Floresta Atlântica
author REIS, Luciana Carvalho dos
author_facet REIS, Luciana Carvalho dos
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5229536211659747
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5394344598750765
dc.contributor.author.fl_str_mv REIS, Luciana Carvalho dos
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv PÔRTO, Kátia Cavalcanti da
contributor_str_mv PÔRTO, Kátia Cavalcanti da
dc.subject.por.fl_str_mv Briófito
Perturbação antrópica
Reprodução sexuada e assexuada
topic Briófito
Perturbação antrópica
Reprodução sexuada e assexuada
description Tal qual ocorre para outros grupos biológicos, as comunidades de briófitas em agroflorestas são caracterizadas pela manutenção de riqueza e significativa alteração na composição das espécies, sendo esses padrões baseados em parâmetros taxonômicos. Para uma melhor compreensão dos fatores por trás da organização das comunidades de briófitas nas agroflorestas, é necessário considerar outros fatores como por exemplo, o papel das estratégias reprodutivas e dos atributos funcionais das espécies. Nós estudamos as briófitas epífitas em agroflorestas de cacau e floresta nativa localizadas na região sul da Bahia, as quais foram caracterizadas (riqueza e composição das espécies) e comparadas entre os dois ambientes. A organização das comunidades foi então analisada sob a luz da influência dos aspectos reprodutivos e funcionais das espécies. Os resultados mostraram que, embora não haja uma perda no número total de espécies de briófitas nas agrolforestas, as hepáticas têm sua riqueza reduzida (os musgos não são afetados). As agroflorestas na região sul da Bahia abrigam uma brioflora típica para esse tipo de hábitat, composta principalmente por espécies monoica produzindo esporófitos e espécies dioicas que frequentemente se reproduzem assexuadamente. Além disso, a reprodução assexuada entre as dioicas parece estar sendo beneficiada nas agroflorestas, especialmente naquelas inseridas em paisagens com menores proporções de floresta nativa, como é o caso da paisagem encontrada no município de Ilhéus. Os padrões reprodutivos encontrados sugerem que a seleção das briófitas nas agroflorestas está relacionada ao modo reprodutivo das espécies. As espécies que compõem as comunidades nas florestas e agroflorestas também diferem em relação às estratégias funcionais. As espécies selecionadas nas agroflorestas são principalmente aquelas que apresentam o atributo pigmentos secundários em suas células (proteção contra uma maior incidência luminosa). A variação no atributo presença de papilas foi explicada pelas variáveis preditoras (abertura do dossel, temperatura média anual, precipitação média anual). Nas agroflorestas estudadas, a organização funcional das comunidades de briófitas epífitas é fortemente influenciada por processos relacionados ao nicho das espécies, tendo luminosidade como principal fator ambiental selecionador das espécies. Em síntese, os resultados obtidos nesta tese mostram que as comunidades de briófitas epífitas nas agroflorestas de cacau na região sul da Bahia são caraterizadas por uma menor dispersão dos atributos funcionais (convergência funcional), elevada abundância de espécies monoicas e de espécies com frequência de reprodução assexuada, além de menor sucesso reprodutivo entre as espécies dioicas. Ou seja, em comparação com floresta nativa, as comunidades de briófitas nas agroflorestas são mais simplificadas funcionalmente e devem apresentar menor variabilidade genética, em decorrência das estratégias reprodutivas mais comumente utilizadas, e assim mais vulneravéis às perturbações. Dessa maneira, a continuidade e crescente conversão das florestas nativas em sistemas agroflorestais deverá cada vez mais levar à uma homogeneização da brioflora na região sul da Bahia.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-08-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-09-12T18:05:34Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-09-12T18:05:34Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32661
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32661
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32661/5/TESE%20Luciana%20Carvalho%20dos%20Reis.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32661/1/TESE%20Luciana%20Carvalho%20dos%20Reis.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32661/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32661/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/32661/4/TESE%20Luciana%20Carvalho%20dos%20Reis.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 93a1618aa230c8dafcade413556a4d80
b142e4d96ed027e768c842b03eff8512
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
bd573a5ca8288eb7272482765f819534
52d33a9f38df2d455f57595213252c44
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1802311104261521408