Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: TEIXEIRA, Heberton Medeiros
Orientador(a): SILVEIRA, Vera Magalhães da
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6997
Resumo: Neutropenia febril é uma complicação infecciosa frequente em oncologia clínica, no entanto, só consegue-se isolar o agente etiológico, causador da infecção, em 20 a 30% dos casos, desses, apenas 5 % deve-se a infecção fúngica invasiva. Essa infecção é a principal causa de letalidade em neutropênicos febris. O isolamento de fungos por hemocultura é um processo demorado e nem sempre viável. Dessa forma, na prática clínica, utiliza-se critérios clínicos, radiológicos e a presença de fatores de risco para definir-se doença fúngica invasiva (DFI) e iniciar antifúngicos. Objetivo: Avaliar a frequência de fungemia e sua etiologia em pacientes onco-hematológicos com episódios de neutropenia febril utilizando-se de hemocultura e multiplex PCR (MT-PCR) panfúngica no Hemocentro de Pernambuco (HEMOPE) e descrever as características oncológicas e os fatores de risco dos pacientes. Método: Estudo descritivo, do tipo série de casos, avaliando os resultados de hemocultura e MT-PCR após coleta de sangue durante episódios de neutropenia febril em pacientes onco-hematológicos, no período entre fevereiro e novembro de 2010. Neutropenia febril foi definida conforme critérios da IDSA 2010, considerando-se neutropenia um número de neutrófilos < 500/mm3 ou entre 500 a 1000/mm3 com tendência a declínio. Febre foi definida por uma mensuração maior ou igual a 37,8°C ou maior ou igual a 37,5°C por mais de uma hora. Novo episódio de neutropenia febril foi determinado por reinício da febre após um período de 72 horas afebril. DFI foi definida como comprovada, provável ou possível de acordo com o EORTC-MSG, no dia da coleta da amostra de sangue para realização da MT-PCR. Para avaliação estatística utilizou-se o programa SPSS versão 13, com a qual obteve-se a análise descritiva dos dados. Resultados: Foram constatados 74 episódios de neutropenia febril em 44 pacientes portadores de doença onco-hematológica, com e sem critérios para doença fúngica invasiva. A hemocultura foi positiva em dois episódios de doença fúngica comprovada, decorrentes de Candida parapsilosis e tropicalis, enquanto a MT-PCR foi positiva em um dos episódios. Ocorreram ainda mais 16 casos com critérios clínicos para infecção fúngica, (3 prováveis e 13 possíveis) com a MT-PCR identificando fungemia em 12. Entre os 50 episódios negativos para critérios de DFI, a MT-PCR foi positiva em 20 (40%). A PCR conseguiu registrar quarenta e duas infecções fúngicas através da presença de ITS positivo na reação, com a determinação por MT-PCR de vinte e três espécies em 21 análises (duas PCRs identificaram duas espécies de fungo no mesmo episódio), assim distribuídos: C. parapsilosis 10 (43,5%), Cryptococcus neoformans 6 (26,1%), C. glabrata 4 (17,4%), C. tropicalis 2 (8,7%) e C. albicans 1(4,3%). Em 11 (61,2%) episódios de DFI os pacientes apresentavam leucemia mielóide aguda (LMA) como doença oncológica. A mediana de dias de neutropenia foi de 9, 20 e 20, para DFI comprovada, provável e possível, respectivamente. Conclusão: A utilização da MT-PCR associada a hemocultura aumentou o número de documentação microbiológica, em episódios de neutropenia febril, quando infecção fúngica invasiva é suspeita, demonstrando uma frequência de fungemia de 21%, o equivalente a 14 infecções fúngicas, das quais 2 (3,0%) correspondiam a DFI comprovada, 2 (3,0%) DFI provável e 10 (14%) a infecção fúngica possível. LMA como neoplasia de base e o tempo de neutropenia acima de dez dias foram os fatores de risco que ocorreram com maior frequência em pacientes onco-hematológicos com episódios de neutropenia febril (NF) e infecção fúngica
id UFPE_59151b14f76edda7ae756a04f2e461ab
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6997
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str
spelling TEIXEIRA, Heberton MedeirosSILVEIRA, Vera Magalhães da2014-06-12T18:28:13Z2014-06-12T18:28:13Z2011-01-31Medeiros Teixeira, Heberton; Magalhães da Silveira, Vera. Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos. 2011. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6997Neutropenia febril é uma complicação infecciosa frequente em oncologia clínica, no entanto, só consegue-se isolar o agente etiológico, causador da infecção, em 20 a 30% dos casos, desses, apenas 5 % deve-se a infecção fúngica invasiva. Essa infecção é a principal causa de letalidade em neutropênicos febris. O isolamento de fungos por hemocultura é um processo demorado e nem sempre viável. Dessa forma, na prática clínica, utiliza-se critérios clínicos, radiológicos e a presença de fatores de risco para definir-se doença fúngica invasiva (DFI) e iniciar antifúngicos. Objetivo: Avaliar a frequência de fungemia e sua etiologia em pacientes onco-hematológicos com episódios de neutropenia febril utilizando-se de hemocultura e multiplex PCR (MT-PCR) panfúngica no Hemocentro de Pernambuco (HEMOPE) e descrever as características oncológicas e os fatores de risco dos pacientes. Método: Estudo descritivo, do tipo série de casos, avaliando os resultados de hemocultura e MT-PCR após coleta de sangue durante episódios de neutropenia febril em pacientes onco-hematológicos, no período entre fevereiro e novembro de 2010. Neutropenia febril foi definida conforme critérios da IDSA 2010, considerando-se neutropenia um número de neutrófilos < 500/mm3 ou entre 500 a 1000/mm3 com tendência a declínio. Febre foi definida por uma mensuração maior ou igual a 37,8°C ou maior ou igual a 37,5°C por mais de uma hora. Novo episódio de neutropenia febril foi determinado por reinício da febre após um período de 72 horas afebril. DFI foi definida como comprovada, provável ou possível de acordo com o EORTC-MSG, no dia da coleta da amostra de sangue para realização da MT-PCR. Para avaliação estatística utilizou-se o programa SPSS versão 13, com a qual obteve-se a análise descritiva dos dados. Resultados: Foram constatados 74 episódios de neutropenia febril em 44 pacientes portadores de doença onco-hematológica, com e sem critérios para doença fúngica invasiva. A hemocultura foi positiva em dois episódios de doença fúngica comprovada, decorrentes de Candida parapsilosis e tropicalis, enquanto a MT-PCR foi positiva em um dos episódios. Ocorreram ainda mais 16 casos com critérios clínicos para infecção fúngica, (3 prováveis e 13 possíveis) com a MT-PCR identificando fungemia em 12. Entre os 50 episódios negativos para critérios de DFI, a MT-PCR foi positiva em 20 (40%). A PCR conseguiu registrar quarenta e duas infecções fúngicas através da presença de ITS positivo na reação, com a determinação por MT-PCR de vinte e três espécies em 21 análises (duas PCRs identificaram duas espécies de fungo no mesmo episódio), assim distribuídos: C. parapsilosis 10 (43,5%), Cryptococcus neoformans 6 (26,1%), C. glabrata 4 (17,4%), C. tropicalis 2 (8,7%) e C. albicans 1(4,3%). Em 11 (61,2%) episódios de DFI os pacientes apresentavam leucemia mielóide aguda (LMA) como doença oncológica. A mediana de dias de neutropenia foi de 9, 20 e 20, para DFI comprovada, provável e possível, respectivamente. Conclusão: A utilização da MT-PCR associada a hemocultura aumentou o número de documentação microbiológica, em episódios de neutropenia febril, quando infecção fúngica invasiva é suspeita, demonstrando uma frequência de fungemia de 21%, o equivalente a 14 infecções fúngicas, das quais 2 (3,0%) correspondiam a DFI comprovada, 2 (3,0%) DFI provável e 10 (14%) a infecção fúngica possível. LMA como neoplasia de base e o tempo de neutropenia acima de dez dias foram os fatores de risco que ocorreram com maior frequência em pacientes onco-hematológicos com episódios de neutropenia febril (NF) e infecção fúngicaporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessReação em cadeia de polimeraseNeutropeniaFungemiaFatores de riscoDiagnósticoFungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicosinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo1043_1.pdf.jpgarquivo1043_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1252https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6997/4/arquivo1043_1.pdf.jpg5f4df971348753d6a297e9b2faf925eaMD54ORIGINALarquivo1043_1.pdfapplication/pdf2652996https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6997/1/arquivo1043_1.pdf8f03262619a8d81108d233e705fa9c47MD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6997/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo1043_1.pdf.txtarquivo1043_1.pdf.txtExtracted texttext/plain186861https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6997/3/arquivo1043_1.pdf.txt29bee097cddd8ea85a62cbc3a65e1927MD53123456789/69972019-10-25 15:15:45.628oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6997Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T18:15:45Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos
title Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos
spellingShingle Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos
TEIXEIRA, Heberton Medeiros
Reação em cadeia de polimerase
Neutropenia
Fungemia
Fatores de risco
Diagnóstico
title_short Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos
title_full Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos
title_fullStr Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos
title_full_unstemmed Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos
title_sort Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos
author TEIXEIRA, Heberton Medeiros
author_facet TEIXEIRA, Heberton Medeiros
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv TEIXEIRA, Heberton Medeiros
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv SILVEIRA, Vera Magalhães da
contributor_str_mv SILVEIRA, Vera Magalhães da
dc.subject.por.fl_str_mv Reação em cadeia de polimerase
Neutropenia
Fungemia
Fatores de risco
Diagnóstico
topic Reação em cadeia de polimerase
Neutropenia
Fungemia
Fatores de risco
Diagnóstico
description Neutropenia febril é uma complicação infecciosa frequente em oncologia clínica, no entanto, só consegue-se isolar o agente etiológico, causador da infecção, em 20 a 30% dos casos, desses, apenas 5 % deve-se a infecção fúngica invasiva. Essa infecção é a principal causa de letalidade em neutropênicos febris. O isolamento de fungos por hemocultura é um processo demorado e nem sempre viável. Dessa forma, na prática clínica, utiliza-se critérios clínicos, radiológicos e a presença de fatores de risco para definir-se doença fúngica invasiva (DFI) e iniciar antifúngicos. Objetivo: Avaliar a frequência de fungemia e sua etiologia em pacientes onco-hematológicos com episódios de neutropenia febril utilizando-se de hemocultura e multiplex PCR (MT-PCR) panfúngica no Hemocentro de Pernambuco (HEMOPE) e descrever as características oncológicas e os fatores de risco dos pacientes. Método: Estudo descritivo, do tipo série de casos, avaliando os resultados de hemocultura e MT-PCR após coleta de sangue durante episódios de neutropenia febril em pacientes onco-hematológicos, no período entre fevereiro e novembro de 2010. Neutropenia febril foi definida conforme critérios da IDSA 2010, considerando-se neutropenia um número de neutrófilos < 500/mm3 ou entre 500 a 1000/mm3 com tendência a declínio. Febre foi definida por uma mensuração maior ou igual a 37,8°C ou maior ou igual a 37,5°C por mais de uma hora. Novo episódio de neutropenia febril foi determinado por reinício da febre após um período de 72 horas afebril. DFI foi definida como comprovada, provável ou possível de acordo com o EORTC-MSG, no dia da coleta da amostra de sangue para realização da MT-PCR. Para avaliação estatística utilizou-se o programa SPSS versão 13, com a qual obteve-se a análise descritiva dos dados. Resultados: Foram constatados 74 episódios de neutropenia febril em 44 pacientes portadores de doença onco-hematológica, com e sem critérios para doença fúngica invasiva. A hemocultura foi positiva em dois episódios de doença fúngica comprovada, decorrentes de Candida parapsilosis e tropicalis, enquanto a MT-PCR foi positiva em um dos episódios. Ocorreram ainda mais 16 casos com critérios clínicos para infecção fúngica, (3 prováveis e 13 possíveis) com a MT-PCR identificando fungemia em 12. Entre os 50 episódios negativos para critérios de DFI, a MT-PCR foi positiva em 20 (40%). A PCR conseguiu registrar quarenta e duas infecções fúngicas através da presença de ITS positivo na reação, com a determinação por MT-PCR de vinte e três espécies em 21 análises (duas PCRs identificaram duas espécies de fungo no mesmo episódio), assim distribuídos: C. parapsilosis 10 (43,5%), Cryptococcus neoformans 6 (26,1%), C. glabrata 4 (17,4%), C. tropicalis 2 (8,7%) e C. albicans 1(4,3%). Em 11 (61,2%) episódios de DFI os pacientes apresentavam leucemia mielóide aguda (LMA) como doença oncológica. A mediana de dias de neutropenia foi de 9, 20 e 20, para DFI comprovada, provável e possível, respectivamente. Conclusão: A utilização da MT-PCR associada a hemocultura aumentou o número de documentação microbiológica, em episódios de neutropenia febril, quando infecção fúngica invasiva é suspeita, demonstrando uma frequência de fungemia de 21%, o equivalente a 14 infecções fúngicas, das quais 2 (3,0%) correspondiam a DFI comprovada, 2 (3,0%) DFI provável e 10 (14%) a infecção fúngica possível. LMA como neoplasia de base e o tempo de neutropenia acima de dez dias foram os fatores de risco que ocorreram com maior frequência em pacientes onco-hematológicos com episódios de neutropenia febril (NF) e infecção fúngica
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-01-31
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2014-06-12T18:28:13Z
dc.date.available.fl_str_mv 2014-06-12T18:28:13Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv Medeiros Teixeira, Heberton; Magalhães da Silveira, Vera. Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos. 2011. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6997
identifier_str_mv Medeiros Teixeira, Heberton; Magalhães da Silveira, Vera. Fungemia diagnosticado por hemocultura e PCR multiplex em pacientes neutropênicos febris onco-hematológicos. 2011. Dissertação (Mestrado). Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2011.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/6997
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6997/4/arquivo1043_1.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6997/1/arquivo1043_1.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6997/2/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/6997/3/arquivo1043_1.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 5f4df971348753d6a297e9b2faf925ea
8f03262619a8d81108d233e705fa9c47
8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33
29bee097cddd8ea85a62cbc3a65e1927
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1797782460368420864