Obtenção tecnológica de forma farmacêutica associação em dose fixa para o tratamento da filariose linfática e estudo de estabilidade forçada dos fármacos
Ano de defesa: | 2012 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/10258 |
Resumo: | O citrato de dietilcarbamazina (DEC) é o fármaco de primeira escolha para o tratamento da filariose linfática, uma doença endêmica, considerada potencialmente erradicável pela Organização Mundial de Saúde. Apesar disso, o índice de resistência ao tratamento individual é grande, sendo recomendado um tratamento em massa da população em áreas endêmicas com doses individuais ou combinadas do citrato de DEC com a ivermectina (IVC), com o objetivo interromper a transmissão do parasito e erradicar as microfilárias. Diante do exposto, o objetivo deste trabalho foi realizar o desenvolvimento de uma forma farmacêutica dose fixa combinada dos fármacos citrato de DEC e IVC, bem como a avaliação da estabilidade dos mesmos. Apesar dos usos consagrados no tratamento da filariose linfática, pouco se sabe a respeito de suas propriedades físico-químicas destes fármacos. Dessa forma, o primeiro passo foi obter perfis térmicos, difratométricos, morfológicos e reológicos, através de técnicas específicas para o citrato de DEC e IVC, bem como avaliar a compatibilidade destes em misturas binárias com excipientes foi avaliada por meio de calorimetria exploratória diferencial (DSC) como critério de exclusão, e posteriormente, outras análises complementares para confirmação de resultados como termogravimetria, espectroscopia na região do infravermelho, difração de raios-X, entre outras. Os resultados mostraram que os excipientes estearato de Mg e polivinilpirrolidona devem ser evitados na formulação de formas farmacêuticas contendo citrato de DEC e a lactose e o amido para formulações de IVC, uma vez que apresentaram sinais de interação. Para o delineamento da estabilidade dos fármacos foram realizados estudos de estabilidade forçada do citrato de DEC e IVC, isoladamente, utilizando condições de estresse hidrolítico básico (NaOH) ácido (HCl), neutro (H2O), oxidativo (H2O2) e fotolítico as quais foram avaliadas por CLAE. A partir dos ensaios, puderam ser obtidos produtos de degradação oxidativa, hidrolítica e fotolítica das amostras analisadas com citrato de DEC, o que permitiu que o desenvolvimento e validação de um método indicativo de estabilidade para detecção e quantificação do fármaco e seus produtos de degradação. Porém o método para avaliação da IVC ainda esta em desenvolvimento devido as dificuldades inerentes a este fármaco, o grande número de produtos de degradação gerados nos estudos de degradação forçada. Neste sentido, a etapa final foi o desenvolvimento de forma farmacêutica dose fixa combinada dos fármacos citrato de DEC e IVC, com seus respectivos controles de qualidade e estabilidades, garantindo a qualidade, segurnaça e eficácia da nova forma farmacêutica desenvolvida. |
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