Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SADER, Mariela Analía
Orientador(a): PEDROSA-HARAN, Andrea
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37864
Resumo: Passiflora L. (Passifloraceae) possui mais de 575 espécies distribuídas especialmente nos neotrópicos. As passifloras, também conhecidas como maracujás, são cultivadas como plantas frutíferas, ornamentais ou exploradas pelas suas propriedades medicinais. Uma grande variação no tamanho do genoma e números cromossômicos é observada no gênero, relacionada aos seus principais subgêneros. No entanto, o número básico de cromossomos (x) e os eventos responsáveis por essas variações cariotípicas permanecem controversos. O objetivo deste trabalho foi entender os principais mecanismos de evolução cariotípica do gênero Passiflora num contexto filogenético. Após a reconstrução filogenética e de número cromossômico, foi constatado que o gênero surgiu há 42,9 Mya, com diversificação no final do Paleogeno (Eoceno-Oligoceno). O número básico de cromossomos ancestral inferido foi x = 6, com uma alta diversificação de espécies no subgênero Passiflora (Mioceno) correlacionada a uma mudança cromossômica de n = 6 para n = 9 por disploidia ascendente. Esta diversificação do subgênero Passiflora também foi acompanhada por aumento do tamanho do genoma. A poliploidia, por outro lado, foi pouco frequente, observada nos subgêneros Astrophea e Deidamioides, e não levou a aumentos de diversificação. A análise comparativa da fração repetitiva em três espécies que representam o spectrum de variação de conteúdo de DNA do gênero identificou retrotransposons LTR como os mais abundante nos três genomas, mostrando uma variação considerável principalmente nos elementos Ty3/Gypsy/Tekay e Ty1/Copia/Angela. Os DNAs satélite (satDNAs) foram menos representativos, mostrando localização preferencial em regiões pericentroméricas ou proximais e subteloméricas. Enquanto os maiores genomas (do subgênero Passiflora) apresentaram maior acúmulo de Ty3/Gypsy/Tekay e Ty1/Copia/Angela, o menor genoma (do subgênero Decaloba) apresentou maior diversidade e abundância de satDNA. Em conjunto, a disploidia ascendente seguida de aumento no tamanho do genoma por amplificação de retrotransponsons Angela e Tekay podem ter contribuído para características morfológicas e ecológicas que favoreceram uma diversificação mais rápida no subgênero Passiflora.
id UFPE_a636c67a61ea443934e1d13db082dbea
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/37864
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str
spelling SADER, Mariela Analíahttp://lattes.cnpq.br/9930989106003045http://lattes.cnpq.br/1943460568130558PEDROSA-HARAN, Andrea2020-09-09T19:21:51Z2020-09-09T19:21:51Z2020-02-17SADER, Mariela Analía. Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae). 2020. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37864Passiflora L. (Passifloraceae) possui mais de 575 espécies distribuídas especialmente nos neotrópicos. As passifloras, também conhecidas como maracujás, são cultivadas como plantas frutíferas, ornamentais ou exploradas pelas suas propriedades medicinais. Uma grande variação no tamanho do genoma e números cromossômicos é observada no gênero, relacionada aos seus principais subgêneros. No entanto, o número básico de cromossomos (x) e os eventos responsáveis por essas variações cariotípicas permanecem controversos. O objetivo deste trabalho foi entender os principais mecanismos de evolução cariotípica do gênero Passiflora num contexto filogenético. Após a reconstrução filogenética e de número cromossômico, foi constatado que o gênero surgiu há 42,9 Mya, com diversificação no final do Paleogeno (Eoceno-Oligoceno). O número básico de cromossomos ancestral inferido foi x = 6, com uma alta diversificação de espécies no subgênero Passiflora (Mioceno) correlacionada a uma mudança cromossômica de n = 6 para n = 9 por disploidia ascendente. Esta diversificação do subgênero Passiflora também foi acompanhada por aumento do tamanho do genoma. A poliploidia, por outro lado, foi pouco frequente, observada nos subgêneros Astrophea e Deidamioides, e não levou a aumentos de diversificação. A análise comparativa da fração repetitiva em três espécies que representam o spectrum de variação de conteúdo de DNA do gênero identificou retrotransposons LTR como os mais abundante nos três genomas, mostrando uma variação considerável principalmente nos elementos Ty3/Gypsy/Tekay e Ty1/Copia/Angela. Os DNAs satélite (satDNAs) foram menos representativos, mostrando localização preferencial em regiões pericentroméricas ou proximais e subteloméricas. Enquanto os maiores genomas (do subgênero Passiflora) apresentaram maior acúmulo de Ty3/Gypsy/Tekay e Ty1/Copia/Angela, o menor genoma (do subgênero Decaloba) apresentou maior diversidade e abundância de satDNA. Em conjunto, a disploidia ascendente seguida de aumento no tamanho do genoma por amplificação de retrotransponsons Angela e Tekay podem ter contribuído para características morfológicas e ecológicas que favoreceram uma diversificação mais rápida no subgênero Passiflora.FACEPEPassiflora L. (Passifloraceae) has more than 575 species distributed especially in the neotropics. Passifloras, also known as passion fruit, are grown as fruit plants, ornamental or exploited for their medicinal properties. A great variation in the genome size and chromosomes number is observed in the genus, congruent with its main subgenera. However, its basic chromosomes number (x) and the events responsible for these karyotype variations remain controversial. The aim of this work was to understand the main mechanisms of karyotype evolution of the Passiflora genus in a phylogenetic context. After phylogenetic and chromosome number reconstruction, it was found that the genus appeared 42.9 Mya, with diversification at the end of the Paleogene (Eocene-Oligocene). The basic ancestral chromosomes number inferred was x = 6, with a high species diversification in the Passiflora subgenus (Miocene) correlated with a chromosomal change from n = 6 to n = 9 due to ascending dysploidy. This diversification in Passiflora subgenus was also accompanied by an increase in the genome size. Polyploidy, on the other hand, was infrequent, as in the subgenera Astrophea and Deidamioides, and did not lead to increases in diversification. A comparative analysis of the repetitive fraction in three species representing the spectrum of variation of DNA content of the genus identified LTR retrotransposons as the most abundant in the three genomes, showing considerable variation mainly in the elements Ty3/Gypsy/Tekay and Ty1/Copia/Angela. Satellite DNAs (satDNAs) were less representative, showing preferential location in pericentromeric or proximal and subtelomeric regions. While the largest genomes (Passiflora subgenus) presented the highest accumulation of Ty3/Gypsy/Tekay and Ty1/Copia/Angela, the smallest genome (Decaloba subgenus) showed greater diversity and abundance of satDNA. Together, ascending dysploidy followed by an increase in the genome size by amplification of retrotransponsons Angela and Tekay may have contributed to morphological and ecological characteristics that favored faster diversification in the subgenus Passiflora.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Biologia VegetalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMaracujáDisploidiasEvolução cariotípicaEvolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37864/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52ORIGINALTESE Mariela Analía Sader.pdfTESE Mariela Analía Sader.pdfapplication/pdf3931623https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37864/1/TESE%20Mariela%20Anal%c3%ada%20Sader.pdfe0c91fc7fd6bcd981e65f21e678e1570MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37864/3/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD53TEXTTESE Mariela Analía Sader.pdf.txtTESE Mariela Analía Sader.pdf.txtExtracted texttext/plain255546https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37864/4/TESE%20Mariela%20Anal%c3%ada%20Sader.pdf.txtb2ccd5c2c212e1c2691b7bb1c721ef5fMD54THUMBNAILTESE Mariela Analía Sader.pdf.jpgTESE Mariela Analía Sader.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1179https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37864/5/TESE%20Mariela%20Anal%c3%ada%20Sader.pdf.jpg5533277c8461556b783268be93315e76MD55123456789/378642020-09-10 02:10:33.674oai:repositorio.ufpe.br:123456789/37864TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212020-09-10T05:10:33Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae)
title Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae)
spellingShingle Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae)
SADER, Mariela Analía
Maracujá
Disploidias
Evolução cariotípica
title_short Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae)
title_full Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae)
title_fullStr Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae)
title_full_unstemmed Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae)
title_sort Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae)
author SADER, Mariela Analía
author_facet SADER, Mariela Analía
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/9930989106003045
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1943460568130558
dc.contributor.author.fl_str_mv SADER, Mariela Analía
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv PEDROSA-HARAN, Andrea
contributor_str_mv PEDROSA-HARAN, Andrea
dc.subject.por.fl_str_mv Maracujá
Disploidias
Evolução cariotípica
topic Maracujá
Disploidias
Evolução cariotípica
description Passiflora L. (Passifloraceae) possui mais de 575 espécies distribuídas especialmente nos neotrópicos. As passifloras, também conhecidas como maracujás, são cultivadas como plantas frutíferas, ornamentais ou exploradas pelas suas propriedades medicinais. Uma grande variação no tamanho do genoma e números cromossômicos é observada no gênero, relacionada aos seus principais subgêneros. No entanto, o número básico de cromossomos (x) e os eventos responsáveis por essas variações cariotípicas permanecem controversos. O objetivo deste trabalho foi entender os principais mecanismos de evolução cariotípica do gênero Passiflora num contexto filogenético. Após a reconstrução filogenética e de número cromossômico, foi constatado que o gênero surgiu há 42,9 Mya, com diversificação no final do Paleogeno (Eoceno-Oligoceno). O número básico de cromossomos ancestral inferido foi x = 6, com uma alta diversificação de espécies no subgênero Passiflora (Mioceno) correlacionada a uma mudança cromossômica de n = 6 para n = 9 por disploidia ascendente. Esta diversificação do subgênero Passiflora também foi acompanhada por aumento do tamanho do genoma. A poliploidia, por outro lado, foi pouco frequente, observada nos subgêneros Astrophea e Deidamioides, e não levou a aumentos de diversificação. A análise comparativa da fração repetitiva em três espécies que representam o spectrum de variação de conteúdo de DNA do gênero identificou retrotransposons LTR como os mais abundante nos três genomas, mostrando uma variação considerável principalmente nos elementos Ty3/Gypsy/Tekay e Ty1/Copia/Angela. Os DNAs satélite (satDNAs) foram menos representativos, mostrando localização preferencial em regiões pericentroméricas ou proximais e subteloméricas. Enquanto os maiores genomas (do subgênero Passiflora) apresentaram maior acúmulo de Ty3/Gypsy/Tekay e Ty1/Copia/Angela, o menor genoma (do subgênero Decaloba) apresentou maior diversidade e abundância de satDNA. Em conjunto, a disploidia ascendente seguida de aumento no tamanho do genoma por amplificação de retrotransponsons Angela e Tekay podem ter contribuído para características morfológicas e ecológicas que favoreceram uma diversificação mais rápida no subgênero Passiflora.
publishDate 2020
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-09-09T19:21:51Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-09-09T19:21:51Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2020-02-17
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv SADER, Mariela Analía. Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae). 2020. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37864
identifier_str_mv SADER, Mariela Analía. Evolução cariotípica em Passiflora L. (Passifloraceae). 2020. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37864
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37864/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37864/1/TESE%20Mariela%20Anal%c3%ada%20Sader.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37864/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37864/4/TESE%20Mariela%20Anal%c3%ada%20Sader.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/37864/5/TESE%20Mariela%20Anal%c3%ada%20Sader.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
e0c91fc7fd6bcd981e65f21e678e1570
bd573a5ca8288eb7272482765f819534
b2ccd5c2c212e1c2691b7bb1c721ef5f
5533277c8461556b783268be93315e76
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1797782533914492928