Fatores associados à capacidade funcional de idosos com sintomas de depressão

• Ano de defesa: 2019
• Autor(a) principal: SILVA, Irlan Erick da
• Orientador(a): HARDMAN, Carla Menêses
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso embargado
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ensino de Fisica
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Fatores epidemiológicos; Exercício físico; Idoso; Dependência funcional; Depressão
• Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35611

A depressão é um distúrbio psiquiátrico que contribui para a dependência funcional. Além disso, outros fatores podem estar associados à dependência em atividades de vida diária (ABVD) e atividades instrumentais de vida diária (AIVD). Desta forma, o objetivo deste estudo foi verificar se fatores demográficos, socioeconômicos, fatores de condições de saúde e capacidades físicas estão associados à dependência funcional em ABVD e AIVD em idosos com sintomas de depressão. Trata-se de um estudo transversal conduzido com 179 idosos com idade ≥ 60 anos, de ambos os sexos, residentes nos distritos IV e V na cidade do Recife. A dependência funcional em ABVD e AIVD foram obtidas respectivamente pelas Escala de Katz e Escala de Lawton e Brody. Os fatores demográficos, socioeconômicos, fatores de condições de saúde foram avaliadas por meio de questionários. O excesso de peso foi calculado a partir do IMC (relação entre a massa corporal e o quadrado da altura), categorizado como excesso de peso (>25kg/m²). Os componentes da capacidade física foram obtidos através dos testes “levantar e sentar”, “ir e vir”, “flexão de ombro’ e “flexão de quadril”. Para análise dos dados foram utilizados o teste de qui- quadrado e a regressão de Poisson. As prevalências de dependência funcional em ABVD e AIVD foram 51,8% e 92,7%, respectivamente. Nas análises do qui-quadrado, verificou-se que a prevalência de dependência funcional em AVD foi estatisticamente maior nos idosos com ≥71 anos (97,6%; p= 0,009). De forma similar, a prevalência de dependência funcional foi significativamente maior entre os idosos com baixo NAF (ABVD: 59,3%; p= 0,047; AIVD: 98,8%; p=0,003). Entretanto, na análise bruta da regressão, verificou-se que a faixa etária (AIVD: RP=1,13; IC95=0,81-1,56; p=0,474) e o baixo NAF não foram associados à dependência funcional em ABVD (RP=1,35; IC95=0,88-2,06; p=0,168) e AIVD (RP=1,14; IC95=0,83-1,57; p=0,418). Portanto, verificou-se que as variáveis independentes não foram estatisticamente associadas à dependência funcional em ABVD e AIVD nos idosos investigados com sintomas de depressão.