Os símbolos que entrelaçam gerações : a memória em O Tempo e o Vento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: MENDES, Sayonara Dácia da Costa
Orientador(a): RODRIGUES, Juan Pablo Martín
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40368
Resumo: Memorar é evocar um momento passado, que quando pensado se torna vivo no presente. Perceber essa memória é parte recorrente e fundamental em O tempo e o vento, de Erico Verissimo, uma vez que, a percepção dela não se dá apenas no trato com o outro, mas na presença de objetos que permanecem na narrativa, marcas da sucessão de gerações que, para além de um caráter biológico, proporcionam a continuidade por uma expressão cultural no que concerne à tradição. Pedro Missioneiro e Ana Terra são os primeiros “símbolos fundacionais”, desde a adoção de seus nomes, até a metáfora da formação de uma região por meio do amor que se ergue e não pode ser concretizado, que carregam os objetos memorialistas forjados nessa origem e herdados pelas gerações seguintes. Para compor esta análise então, observaremos os símbolos dentro da obra O Continente, sejam objetos ou personagens, seguindo o rastro até seu primeiro momento ou o momento em que herdaram determinada carga de significação perante a obra, perante a sociedade e, portanto, identificar como o valor de cada elemento, constrói e enriquece a narrativa. Para tal objetivo é necessário a identificação destes símbolos “fundacionais”, para que dessa forma, seja possível a compreensão de seu uso, perpassando gerações e sendo apresentados como unidade de ligação entre passado, presente e futuro. Atrelado a isso, esta a relação que ficção e realidade dispõem através do rastro que, por sua vez, só se manifesta pela presença preponderante da memória. Para tanto, é utilizada como base teórica principalmente os conceitos de memória construídos por Ricoeur (1997) e Halbwachs (2003). Lastreiam a pesquisa também, no que concerne aos temas de etnicidade, mestiçagem e narrativas fundacionais, autores como Sommer (2004), Figueiredo (2010) e Pratt (1999). Assim por diante, na percepção da narrativa de Verissimo, recorremos em grande parte a Pesavento (2001) e Chaves (1972, 1981). E faremos uso das proposições de Chevalier e Gheerbrant (2003) e Eliade (1979, 1992) ao elaborar o referencial de símbolos.
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Pedro Missioneiro e Ana Terra são os primeiros “símbolos fundacionais”, desde a adoção de seus nomes, até a metáfora da formação de uma região por meio do amor que se ergue e não pode ser concretizado, que carregam os objetos memorialistas forjados nessa origem e herdados pelas gerações seguintes. Para compor esta análise então, observaremos os símbolos dentro da obra O Continente, sejam objetos ou personagens, seguindo o rastro até seu primeiro momento ou o momento em que herdaram determinada carga de significação perante a obra, perante a sociedade e, portanto, identificar como o valor de cada elemento, constrói e enriquece a narrativa. Para tal objetivo é necessário a identificação destes símbolos “fundacionais”, para que dessa forma, seja possível a compreensão de seu uso, perpassando gerações e sendo apresentados como unidade de ligação entre passado, presente e futuro. Atrelado a isso, esta a relação que ficção e realidade dispõem através do rastro que, por sua vez, só se manifesta pela presença preponderante da memória. Para tanto, é utilizada como base teórica principalmente os conceitos de memória construídos por Ricoeur (1997) e Halbwachs (2003). Lastreiam a pesquisa também, no que concerne aos temas de etnicidade, mestiçagem e narrativas fundacionais, autores como Sommer (2004), Figueiredo (2010) e Pratt (1999). Assim por diante, na percepção da narrativa de Verissimo, recorremos em grande parte a Pesavento (2001) e Chaves (1972, 1981). E faremos uso das proposições de Chevalier e Gheerbrant (2003) e Eliade (1979, 1992) ao elaborar o referencial de símbolos.To memorize is to evoke a past moment, which when remembered comes to life in the present. Realizing this memory is a recurring and fundamental part of O tempo e o vento, Erico Verissimo’s book, since its perception is not only in dealing with the other, but in the presence of objects that remain in the narrative, marks of the succession of generations that, in addition to a biological character, continue a cultural expression with respect to tradition. Pedro Missioneiro and Ana Terra are the first “foundational symbols”, from the adoption of their names, to the metaphor of the formation of a region through the love that arises and cannot be realized, which carry the memorialistic objects forged in this origin and inherited for the next generations. To compose this analysis, then, we will observe the symbols within the book O Continente, objects or characters, following the trail until its first moment or the moment when they inherited a certain load of meaning within the novel, inserted in society and, therefore, to identify how the value of each element, builds and enriches the narrative. For this purpose, it is necessary to identify these “foundational” symbols, so that in this way, it is possible to understand their use, spanning generations and being presented as a link between past, present and future. Linked to this is the relationship between fiction and reality through the trail, which, in turn, is only manifested by the preponderant presence of memory. For this purpose, it is used as theoretical basis mainly the concepts of memory constructed by Ricoeur (1997) and Halbwachs (2003). The research also supported, in relation to the themes of ethnicity, miscegenation and foundational narratives, authors as: Sommer (2004), Figueiredo (2010) and Pratt (1999). So on, in the perception of Verissimo's narrative, we largely resort to Pesavento (2001) and Chaves (1972, 1981). And we will use the propositions of Chevalier and Gheerbrant (2003) and Eliade (1979, 1992) in the elaboration of the symbol's referential.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em LetrasUFPEBrasilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessMemóriaFundaçãoSímbolosGeraçõesOs símbolos que entrelaçam gerações : a memória em O Tempo e o Ventoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALDISSERTAÇÃO Sayonara Dácia da Costa Mendes.pdfDISSERTAÇÃO Sayonara Dácia da Costa Mendes.pdfapplication/pdf839068https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40368/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Sayonara%20D%c3%a1cia%20da%20Costa%20Mendes.pdfa27898c8cef9123e7e2fe98aa38013b2MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/40368/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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