Frações de Carbono e de Nitrogênio em uma microbacia com diferentes usos do solo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Regina da Silva Galvão, Sandra
Orientador(a): Hernan Salcedo, Ignacio
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9879
Resumo: A produtividade em sistemas agrícolas de subsistência ou de baixos insumos depende do fornecimento de nutrientes provenientes da mineralização da matéria orgânica do solo (MOS). Portanto, a quantidade e a qualidade da matéria orgânica são duas variáveis fundamentais à sustentabilidade da produção agropecuária de subsistência. A hipótese do trabalho foi de que a quantidade e qualidade da MOS são afetadas diferentemente pelo uso do solo e pelas posições no relevo. A fim de analisar as inter-relações entre essas variáveis, foram coletadas amostras de solo (n=362) na microbacia Vaca Brava, localizada nos municípios de Areia e Remígio PB. A amostragem foi estratificada pelo uso do solo (roçado, sabiá, capoeira, capineira, pastagem e mata nativa) e posições do relevo (topo, ombro, meia encosta, pedimento e várzea). Nas amostras determinaram-se os teores de carbono total (Ct), nitrogênio total (Nt), carbono oxidável (Cox) e nitrogênio amino-açúcar (Namino). A textura também foi incluída como variável qualitativa na análise de variância, com cinco classes texturais. Não houve interação entre uso do solo, relevo e textura nos teores de Ct, Nt, Cox, Cox/Ct e Namino/Nt, com exceção de uso vs. textura no teor de Namino. Os teores médios de Ct, Cox e Nt foram maiores (p<0,05) nas amostras de mata (27,4, 2,34 e 1,67 g kg-1 solo, respectivamente), intermediários (p<0,05) em capoeira e sabiá (16,0, 1,29 e 1,02 g kg-1 solo, respectivamente) e menores (p<0,05) em capineira, pastagem e roçado (11,4, 0,94 e 0,71 g kg-1 solo, respectivamente). Esses valores provavelmente representam três níveis de intensidade de uso do solo. As concentrações de Namino também decresceram nessa ordem, mas as diferenças foram significativas nos casos de mata, capoeira, capineira e roçado e não foram significativas os casos de pastagem e sabiá em função das diferentes texturas. As razões Namino/Nt e Cox/Ct (apresentadas como percentagem) foram consideradas como índices da qualidade da matéria orgânica, uma vez que representam a proporção do Ct e Nt mais lábil. No caso de Namino/Nt, sabiá (7,56%), pastagem (7,16%) e mata (7,11%) apresentaram maiores valores (p<0,05) do que roçado (6,35%); já com relação à proporção Cox/Ct, os maiores valores (p<0,05) foram para os sistemas sabiá (6,89%) e capineira (6,61%) e o menor (p<0,05) valor para pastagem (6,01%). Para se obter uma maior sensibilidade na análise do uso agrícola do solo foi realizada uma segunda análise com exclusão dos sistemas naturais (mata nativa, sabiá e capoeira). Neste caso, Ct, Nt, Namino e Namino/Nt foram maiores na pastagem e menores no roçado (p<0,05). As áreas de capineira foram semelhantes aos outros dois sistemas agrícolas com relação à Ct e Nt. O teor de Cox foi semelhante para os três sistemas agrícolas, sendo, portanto, menos sensível que Namino. Em relação a granulometria, os maiores teores (p<0,05) de Ct (26,65 g kg-1 solo), Nt (2,20 g kg-1 solo) e Cox (1,44 g kg-1 solo) foram encontrados em amostras de textura argilosa e argilo arenosa enquanto os menores teores encontraram-se com textura areia franca, 7,94, 0,67 e 0,54 g kg-1 solo, respectivamente. A relação Cox/Ct foi crescente ao mudar da textura mais grossa a mais fina enquanto Namino/Nt não foi afetada pelas classes texturais. A posição do relevo influenciou os teores de Ct, Cox, Nt e Namino (p<0,05) da microbacia, considerando-se todos os sistemas de uso do solo (n=362). Os maiores teores (p<0,05) de Ct, Cox, Nt e Namino foram encontrados na posição de meia encosta, topo e várzea, enquanto no pedimento, os menores teores. Os teores de Cox e Namino, de forma geral, acompanharam as variações nos teores de Ct eNt. Por esse motivo as proporções Cox/Ct e Namino/Nt, embora tenham mudado significativamente com as variações de uso do solo, o fizeram em uma faixa muito estreita, originando dúvidas quanto ao potencial dessas frações para o diagnóstico de mudanças na qualidade da matéria orgânica do solo
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A fim de analisar as inter-relações entre essas variáveis, foram coletadas amostras de solo (n=362) na microbacia Vaca Brava, localizada nos municípios de Areia e Remígio PB. A amostragem foi estratificada pelo uso do solo (roçado, sabiá, capoeira, capineira, pastagem e mata nativa) e posições do relevo (topo, ombro, meia encosta, pedimento e várzea). Nas amostras determinaram-se os teores de carbono total (Ct), nitrogênio total (Nt), carbono oxidável (Cox) e nitrogênio amino-açúcar (Namino). A textura também foi incluída como variável qualitativa na análise de variância, com cinco classes texturais. Não houve interação entre uso do solo, relevo e textura nos teores de Ct, Nt, Cox, Cox/Ct e Namino/Nt, com exceção de uso vs. textura no teor de Namino. 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No caso de Namino/Nt, sabiá (7,56%), pastagem (7,16%) e mata (7,11%) apresentaram maiores valores (p<0,05) do que roçado (6,35%); já com relação à proporção Cox/Ct, os maiores valores (p<0,05) foram para os sistemas sabiá (6,89%) e capineira (6,61%) e o menor (p<0,05) valor para pastagem (6,01%). Para se obter uma maior sensibilidade na análise do uso agrícola do solo foi realizada uma segunda análise com exclusão dos sistemas naturais (mata nativa, sabiá e capoeira). Neste caso, Ct, Nt, Namino e Namino/Nt foram maiores na pastagem e menores no roçado (p<0,05). As áreas de capineira foram semelhantes aos outros dois sistemas agrícolas com relação à Ct e Nt. O teor de Cox foi semelhante para os três sistemas agrícolas, sendo, portanto, menos sensível que Namino. Em relação a granulometria, os maiores teores (p<0,05) de Ct (26,65 g kg-1 solo), Nt (2,20 g kg-1 solo) e Cox (1,44 g kg-1 solo) foram encontrados em amostras de textura argilosa e argilo arenosa enquanto os menores teores encontraram-se com textura areia franca, 7,94, 0,67 e 0,54 g kg-1 solo, respectivamente. A relação Cox/Ct foi crescente ao mudar da textura mais grossa a mais fina enquanto Namino/Nt não foi afetada pelas classes texturais. A posição do relevo influenciou os teores de Ct, Cox, Nt e Namino (p<0,05) da microbacia, considerando-se todos os sistemas de uso do solo (n=362). Os maiores teores (p<0,05) de Ct, Cox, Nt e Namino foram encontrados na posição de meia encosta, topo e várzea, enquanto no pedimento, os menores teores. Os teores de Cox e Namino, de forma geral, acompanharam as variações nos teores de Ct eNt. Por esse motivo as proporções Cox/Ct e Namino/Nt, embora tenham mudado significativamente com as variações de uso do solo, o fizeram em uma faixa muito estreita, originando dúvidas quanto ao potencial dessas frações para o diagnóstico de mudanças na qualidade da matéria orgânica do soloConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e TecnológicoporUniversidade Federal de PernambucoAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessProdutividadeSistemas agrícolasFrações de Carbono e de Nitrogênio em uma microbacia com diferentes usos do soloinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILarquivo9019_1.pdf.jpgarquivo9019_1.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1341https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9879/4/arquivo9019_1.pdf.jpgf617e5da34d09e797f0b0a30d37851f9MD54ORIGINALarquivo9019_1.pdfapplication/pdf1385928https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9879/1/arquivo9019_1.pdf294f56475f3feb8faf75b3ce12fac2ffMD51LICENSElicense.txttext/plain1748https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9879/2/license.txt8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33MD52TEXTarquivo9019_1.pdf.txtarquivo9019_1.pdf.txtExtracted texttext/plain82098https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/9879/3/arquivo9019_1.pdf.txtb3f0e5c3e6c4a14706202cdb28e82dbdMD53123456789/98792019-10-25 04:04:28.947oai:repositorio.ufpe.br:123456789/9879Tk9URTogUExBQ0UgWU9VUiBPV04gTElDRU5TRSBIRVJFClRoaXMgc2FtcGxlIGxpY2Vuc2UgaXMgcHJvdmlkZWQgZm9yIGluZm9ybWF0aW9uYWwgcHVycG9zZXMgb25seS4KCk5PTi1FWENMVVNJVkUgRElTVFJJQlVUSU9OIExJQ0VOU0UKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIHN1Ym1pdHRpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCB5b3UgKHRoZSBhdXRob3Iocykgb3IgY29weXJpZ2h0Cm93bmVyKSBncmFudHMgdG8gRFNwYWNlIFVuaXZlcnNpdHkgKERTVSkgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgdG8gcmVwcm9kdWNlLAp0cmFuc2xhdGUgKGFzIGRlZmluZWQgYmVsb3cpLCBhbmQvb3IgZGlzdHJpYnV0ZSB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gKGluY2x1ZGluZwp0aGUgYWJzdHJhY3QpIHdvcmxkd2lkZSBpbiBwcmludCBhbmQgZWxlY3Ryb25pYyBmb3JtYXQgYW5kIGluIGFueSBtZWRpdW0sCmluY2x1ZGluZyBidXQgbm90IGxpbWl0ZWQgdG8gYXVkaW8gb3IgdmlkZW8uCgpZb3UgYWdyZWUgdGhhdCBEU1UgbWF5LCB3aXRob3V0IGNoYW5naW5nIHRoZSBjb250ZW50LCB0cmFuc2xhdGUgdGhlCnN1Ym1pc3Npb24gdG8gYW55IG1lZGl1bSBvciBmb3JtYXQgZm9yIHRoZSBwdXJwb3NlIG9mIHByZXNlcnZhdGlvbi4KCllvdSBhbHNvIGFncmVlIHRoYXQgRFNVIG1heSBrZWVwIG1vcmUgdGhhbiBvbmUgY29weSBvZiB0aGlzIHN1Ym1pc3Npb24gZm9yCnB1cnBvc2VzIG9mIHNlY3VyaXR5LCBiYWNrLXVwIGFuZCBwcmVzZXJ2YXRpb24uCgpZb3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgdGhlIHN1Ym1pc3Npb24gaXMgeW91ciBvcmlnaW5hbCB3b3JrLCBhbmQgdGhhdCB5b3UgaGF2ZQp0aGUgcmlnaHQgdG8gZ3JhbnQgdGhlIHJpZ2h0cyBjb250YWluZWQgaW4gdGhpcyBsaWNlbnNlLiBZb3UgYWxzbyByZXByZXNlbnQKdGhhdCB5b3VyIHN1Ym1pc3Npb24gZG9lcyBub3QsIHRvIHRoZSBiZXN0IG9mIHlvdXIga25vd2xlZGdlLCBpbmZyaW5nZSB1cG9uCmFueW9uZSdzIGNvcHlyaWdodC4KCklmIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uIGNvbnRhaW5zIG1hdGVyaWFsIGZvciB3aGljaCB5b3UgZG8gbm90IGhvbGQgY29weXJpZ2h0LAp5b3UgcmVwcmVzZW50IHRoYXQgeW91IGhhdmUgb2J0YWluZWQgdGhlIHVucmVzdHJpY3RlZCBwZXJtaXNzaW9uIG9mIHRoZQpjb3B5cmlnaHQgb3duZXIgdG8gZ3JhbnQgRFNVIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdApzdWNoIHRoaXJkLXBhcnR5IG93bmVkIG1hdGVyaWFsIGlzIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZmllZCBhbmQgYWNrbm93bGVkZ2VkCndpdGhpbiB0aGUgdGV4dCBvciBjb250ZW50IG9mIHRoZSBzdWJtaXNzaW9uLgoKSUYgVEhFIFNVQk1JU1NJT04gSVMgQkFTRUQgVVBPTiBXT1JLIFRIQVQgSEFTIEJFRU4gU1BPTlNPUkVEIE9SIFNVUFBPUlRFRApCWSBBTiBBR0VOQ1kgT1IgT1JHQU5JWkFUSU9OIE9USEVSIFRIQU4gRFNVLCBZT1UgUkVQUkVTRU5UIFRIQVQgWU9VIEhBVkUKRlVMRklMTEVEIEFOWSBSSUdIVCBPRiBSRVZJRVcgT1IgT1RIRVIgT0JMSUdBVElPTlMgUkVRVUlSRUQgQlkgU1VDSApDT05UUkFDVCBPUiBBR1JFRU1FTlQuCgpEU1Ugd2lsbCBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZ5IHlvdXIgbmFtZShzKSBhcyB0aGUgYXV0aG9yKHMpIG9yIG93bmVyKHMpIG9mIHRoZQpzdWJtaXNzaW9uLCBhbmQgd2lsbCBub3QgbWFrZSBhbnkgYWx0ZXJhdGlvbiwgb3RoZXIgdGhhbiBhcyBhbGxvd2VkIGJ5IHRoaXMKbGljZW5zZSwgdG8geW91ciBzdWJtaXNzaW9uLgo=Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-25T07:04:28Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
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