Políticas e práticas de gestão da educação no MST: afetividade, contradição e anseio democrático.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: SOARES, Danielle Cristina Bezerra Santos
Orientador(a): SANTOS, Evson Malaquias de Moraes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12865
Resumo: Elencamos, como objetivo mais amplo do presente estudo, analisar a política de gestão e organização do MST no que se refere à da educação. Mais especificamente, identificamos os princípios educativos que norteiam sua política de formação delineando, dentro do universo investigado, o imaginário social identitário do MST. Tomamos como referência princípios de democracia e autonomia, tendo em vista extrair um caminho analítico para a compreensão da luta e instituição da escola dentro dos moldes idealizados pelo movimento, bem como sua atual configuração numa escola de um assentamento do estado de Pernambuco/NE. A escolha por esse campo empírico deu-se pelo fato de que, ao contrário dos demais acampamentos, seus membros já detêm a posse da terra e estão melhor estruturados, e principalmente por já possuírem uma certa organização pedagógica. Demos preferência por manter nosso foco dentro do âmbito regional para destacar suas especificidades. Nossa intenção foi trazer uma reflexão sobre a relevância das ações educacionais propostas, por essa entidade, enquanto resistência, no planejamento de políticas públicas que visem à melhoria das relações sociais problematizando a gestão das políticas de educação através de questionamentos que nos inquietaram: Quais concepções orientam a organização e política do MST? Como tem se configurado e ou estruturado as relações de poder dentro do próprio movimento? Qual o imaginário social da perspectiva de autonomia e democracia? Em sentido lato, esta pesquisa caracteriza-se como uma estratégia de investigação de natureza qualitativa e utilizou como referencial teórico, o imaginário social. Diante da teia complexa de múltiplas relações e dimensões, utilizamos vários instrumentos de investigação, como observações no cotidiano e nas reuniões informais e formais, entrevistas não-estruturadas e análise de conteúdos (documentos produzidos pelos participantes do movimento). Desse modo, as análises revelam que a ideologia por trás das práticas do MST denota claramente as tensões presentes nas relações entre a sociedade civil e o estado, revela ainda que a educação tem sido vislumbrada como alternativa viável de transformação social e utilizada como instrumento viabilizador. Apresentam alguns resíduos tradicionais relacionados ao gênero e a religião incrustada no imaginário coletivo, dada a inserção na sociedade historicamente patriarcalista e pela herança católica. Mostram também que há fragilidades na concretização da prática educacional idealizada, transparecidos pela falta de formação continuada e ou preparo teórico em torno dos princípios educativos do movimento, dificultadas também pela falta de autonomia desta escola com os aparelhos governamentais. Por fim, destacamos, que apesar do organograma evidenciar horizontalidade nas relações, percebeu-se que há um reconhecimento hierárquico por parte dos membros com relação a certos líderes. Nossos dados ora evidenciam que as alternativas políticas educacionais do MST apresentam um novo olhar sobre a dimensão democrática, mas que, sob o ponto de vista do conteúdo analisado, ainda não estão concretizados satisfatoriamente.
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Em sentido lato, esta pesquisa caracteriza-se como uma estratégia de investigação de natureza qualitativa e utilizou como referencial teórico, o imaginário social. Diante da teia complexa de múltiplas relações e dimensões, utilizamos vários instrumentos de investigação, como observações no cotidiano e nas reuniões informais e formais, entrevistas não-estruturadas e análise de conteúdos (documentos produzidos pelos participantes do movimento). Desse modo, as análises revelam que a ideologia por trás das práticas do MST denota claramente as tensões presentes nas relações entre a sociedade civil e o estado, revela ainda que a educação tem sido vislumbrada como alternativa viável de transformação social e utilizada como instrumento viabilizador. Apresentam alguns resíduos tradicionais relacionados ao gênero e a religião incrustada no imaginário coletivo, dada a inserção na sociedade historicamente patriarcalista e pela herança católica. 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