Entraves na concretização das políticas e direito à saúde para pessoas com anemia falciforme

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: BARROSO, Laise Maria Formiga Moura
Orientador(a): VIEIRA, Ana Cristina de Souza
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Servico Social
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28416
Resumo: A presente tese tem como objetivo analisar os entraves na concretização das políticas e direito à saúde para as pessoas com anemia falciforme, no Piauí. A anemia falciforme é uma doença crônica, considerada a doença hereditária mais frequente no Brasil e a forma mais grave da doença falciforme, sua prevalência e elevada mortalidade fazem dela um problema de saúde pública. O marco teórico- metodológico possibilitou, através de uma abordagem quantitativa e qualitativa evidenciar, as particularidades do percorrer das pessoas com anemia falciforme na rede de atenção à saúde, com resgate dos princípios e diretrizes que regem as políticas e os programas, inclusive voltadas para população negra e para as pessoas com anemia falciforme, na perspectiva de imergir nos aspectos sociais e nos entraves da sua efetivação frente às condições de vida e da própria estruturação do sistema de saúde imposta pelo estado neoliberal. Foram entrevistadas 80 pessoas com anemia falciforme atendidas no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (HEMOPI) de Teresina, e 15 profissionais de saúde e gestores que trabalham na rede de atenção à saúde as pessoas com anemia falciforme, das cidades de Picos, Itainópolis, Paquetá, São João da Varjota, Oeiras e Teresina-PI nos três níveis de atenção. Os resultados da pesquisa mostraram que os entraves para efetivação das políticas e dos programas voltados para pessoas com anemia falciforme, são permeados por questões de ordem histórica, social, racial, biológica, político-jurídica, econômica e profissional. No que diz respeito à efetivação dos direitos sociais das pessoas negras e com anemia falciforme, identificamos que a própria construção histórico-cultural as coloca em situação desprivilegiada, como baixa escolaridade, baixa renda e altas taxas de desemprego e com isso afasta a oportunidade em terem representatividade, perante órgãos, que reivindiquem os direitos e fiscalizem o cumprimento das diretrizes das políticas. A despeito da condição biológica, ressaltamos que a condição clínica advinda da doença, provoca intensas dores e limitações, deixando as pessoas em uma posição inferior quanto ao desempenho laboral. A falta de acompanhamento pronuncia-se nas falas dos profissionais e gestores da saúde entrevistados, em que revelam o desconhecimento da logística do atendimento, do acompanhamento e do funcionamento da rede de atenção, para pessoas com anemia falciforme. Contemplando o arcabouço político-jurídico, a conquista do direito à saúde e do dever do estado com a criação do SUS não foi acompanhada por sua efetivação, na prática, devemos reconhecer que uma mudança de paradigma que depende de um financiamento não se operacionalizaria com um plano estratégico de curto prazo. Quando se trata do financiamento para o SUS, observamos que a atual emenda constitucional para a alocação de recursos para saúde do governo de Michel Temer, estabelece um recurso congelado, sem considerar as necessidades de saúde, o que representa um retrocesso para o SUS e consequentemente, a não efetivação dos princípios estabelecidos. No âmbito econômico, os desvios de verbas somados à crise econômica mundial dificultam mais a instabilidade do Brasil e consequentemente, o agravamento dos problemas sociais, das dificuldades de acesso aos serviços de saúde e do descaso com a saúde pública. Em se tratando de anemia falciforme, não existem verbas específicas, sendo direcionado o recurso de custeio dos hemocentros e da aquisição de medicamentos excepcionais, para atender às demandas dessas pessoas. Conclui-se que os entraves são reflexos da política neoliberal, que sucateia o sistema, priorizando os recursos para o mercado econômico ao invés de investir em políticas sociais e se eximindo da responsabilidade de concretizar ações em prol do direito à saúde das pessoas com anemia falciforme.
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spelling BARROSO, Laise Maria Formiga Mourahttp://lattes.cnpq.br/6477864844369262http://lattes.cnpq.br/3664894923683999VIEIRA, Ana Cristina de Souza2019-01-04T16:35:12Z2019-01-04T16:35:12Z2017-10-10https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28416A presente tese tem como objetivo analisar os entraves na concretização das políticas e direito à saúde para as pessoas com anemia falciforme, no Piauí. A anemia falciforme é uma doença crônica, considerada a doença hereditária mais frequente no Brasil e a forma mais grave da doença falciforme, sua prevalência e elevada mortalidade fazem dela um problema de saúde pública. O marco teórico- metodológico possibilitou, através de uma abordagem quantitativa e qualitativa evidenciar, as particularidades do percorrer das pessoas com anemia falciforme na rede de atenção à saúde, com resgate dos princípios e diretrizes que regem as políticas e os programas, inclusive voltadas para população negra e para as pessoas com anemia falciforme, na perspectiva de imergir nos aspectos sociais e nos entraves da sua efetivação frente às condições de vida e da própria estruturação do sistema de saúde imposta pelo estado neoliberal. Foram entrevistadas 80 pessoas com anemia falciforme atendidas no Centro de Hematologia e Hemoterapia do Piauí (HEMOPI) de Teresina, e 15 profissionais de saúde e gestores que trabalham na rede de atenção à saúde as pessoas com anemia falciforme, das cidades de Picos, Itainópolis, Paquetá, São João da Varjota, Oeiras e Teresina-PI nos três níveis de atenção. Os resultados da pesquisa mostraram que os entraves para efetivação das políticas e dos programas voltados para pessoas com anemia falciforme, são permeados por questões de ordem histórica, social, racial, biológica, político-jurídica, econômica e profissional. No que diz respeito à efetivação dos direitos sociais das pessoas negras e com anemia falciforme, identificamos que a própria construção histórico-cultural as coloca em situação desprivilegiada, como baixa escolaridade, baixa renda e altas taxas de desemprego e com isso afasta a oportunidade em terem representatividade, perante órgãos, que reivindiquem os direitos e fiscalizem o cumprimento das diretrizes das políticas. A despeito da condição biológica, ressaltamos que a condição clínica advinda da doença, provoca intensas dores e limitações, deixando as pessoas em uma posição inferior quanto ao desempenho laboral. A falta de acompanhamento pronuncia-se nas falas dos profissionais e gestores da saúde entrevistados, em que revelam o desconhecimento da logística do atendimento, do acompanhamento e do funcionamento da rede de atenção, para pessoas com anemia falciforme. Contemplando o arcabouço político-jurídico, a conquista do direito à saúde e do dever do estado com a criação do SUS não foi acompanhada por sua efetivação, na prática, devemos reconhecer que uma mudança de paradigma que depende de um financiamento não se operacionalizaria com um plano estratégico de curto prazo. Quando se trata do financiamento para o SUS, observamos que a atual emenda constitucional para a alocação de recursos para saúde do governo de Michel Temer, estabelece um recurso congelado, sem considerar as necessidades de saúde, o que representa um retrocesso para o SUS e consequentemente, a não efetivação dos princípios estabelecidos. No âmbito econômico, os desvios de verbas somados à crise econômica mundial dificultam mais a instabilidade do Brasil e consequentemente, o agravamento dos problemas sociais, das dificuldades de acesso aos serviços de saúde e do descaso com a saúde pública. Em se tratando de anemia falciforme, não existem verbas específicas, sendo direcionado o recurso de custeio dos hemocentros e da aquisição de medicamentos excepcionais, para atender às demandas dessas pessoas. Conclui-se que os entraves são reflexos da política neoliberal, que sucateia o sistema, priorizando os recursos para o mercado econômico ao invés de investir em políticas sociais e se eximindo da responsabilidade de concretizar ações em prol do direito à saúde das pessoas com anemia falciforme.This thesis intends to analyze the obstacles to the achievement of policies concerning the right to health for people with sickle-cell anemia in the state of Piauí. Sickle-cell anemia is a chronic disease, which is considered the most frequent inherited disease in Brazil and the most severe form of sickle-cell disease. Its prevalence and high mortality turn it into a public health problem. Through a quantitative and qualitative approach, the theoretical-methodological framework enabled us to highlight the peculiarities of the journey of the people with sickle-cell anemia in the health care network, with a rescue of the principles and guidelines that govern policies and programs, including those directed at the black population and at the people with sickle-cell anemia, with the prospect of immersing ourselves in the social aspects and in the obstacles to their consolidation before the living conditions and the very structuring of the health system imposed by the neoliberal state. We conducted interviews with 80 people with sickle-cell anemia treated at the Hematology and Hemotherapy Center of Piauí (HEMOPI), in Teresina, and 15 health professionals and managers working in the health care network for people with sickle-cell anemia from the cities of Picos, Itainópolis, Paquetá, São João da Varjota, Oeiras and Teresina-PI in the three levels of care. The results of this research showed that the obstacles to the achievement of policies and programs directed at the people with sickle-cell anemia are permeated by historical, social, racial, biological, political-legal, economic and professional issues. With regard to the consolidation of the social rights of the black people with sickle-cell anemia, we noted that the historical-cultural construction itself places them in a disadvantaged situation, taking into account factors such as poor education, low income and high unemployment rates, which consequently prevents the opportunity of giving them representativeness before the public bodies that claim the rights and supervise the fulfillment of the guidelines of these policies. Despite the biological condition, we highlight that the clinical condition resulting from the disease causes intense pains and limitations, leaving people in a lower position with regard to work performance. The lack of follow-up is mentioned in the speeches of the interviewed professionals and health managers, through which they reveal the ignorance about the logistics of the service, follow-up and operation of the care network for people with sickle-cell anemia. When contemplating the political-legal framework, we can realize that the conquest of the right to health and the duty of the State with the establishment of SUS were not accompanied by their consolidation. In practice, we should recognize that a paradigm shift that depends on a financing would not be operationalized with a short-term strategic plan. When it comes to the financing for SUS, we observe that the current constitutional amendment to the allocation of health resources of the Michel Temer‟s administration establishes a frozen resource, without considering the health needs, which represents a regressive step for SUS and, consequently, the non-consolidation of the established principles. In the economic context, the diversion of public funds, added to the global economic crisis, makes it more difficult for Brazil to become stable and, consequently, aggravates the social problems, the difficulties in accessing health services and the negligence of public health. Concerning the sickle-cell anemia, there are no specific funds, which has been leading us to use the resources of the hemocenters and of the acquisition of exceptional medicines to meet the demands of these people. We conclude that the obstacles are reflexes of the neoliberal policy, which erodes the system by prioritizing the resources for the economic market instead of investing in social policies and exempting itself from the responsibility to achieve actions in favor of the right to health of the people with sickle-cell anemia.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Servico SocialUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEstadoDireito à saúdePolítica públicaEntraves na concretização das políticas e direito à saúde para pessoas com anemia falciformeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Laise Maria Formiga Moura Barroso.pdf.jpgTESE Laise Maria Formiga Moura Barroso.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1197https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28416/5/TESE%20Laise%20Maria%20Formiga%20Moura%20Barroso.pdf.jpg2661282e9a0d55b3df87168c99458842MD55ORIGINALTESE Laise Maria Formiga Moura Barroso.pdfTESE Laise Maria Formiga Moura Barroso.pdfapplication/pdf2788100https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/28416/1/TESE%20Laise%20Maria%20Formiga%20Moura%20Barroso.pdff935bcc46d8ff7fdfc9e924eceb2d51bMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; 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