Necessidade insatisfeita por contracepção entre mulheres grávidas, Distrito Sanitário II, Recife
Ano de defesa: | 2008 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/9281 |
Resumo: | A mudança no perfil demográfico do Brasil ocorreu de forma rápida, a taxa de fecundidade total que era de 6,3 na década de 60 atingiu o valor de 1,8 filhos por mulher em 2006. Essa mudança foi resultado de transformações sociais, culturais e econômicas ocorridas no país. Além disso, outro aspecto responsável pela queda na taxa de fecundidade foi o aumento do conhecimento e do uso de anticoncepcionais, sendo esse um dos principais fatores. No entanto, uma alta prevalência de uso de métodos não significa necessariamente um alcance por parte das mulheres de suas intenções reprodutivas. Necessidades insatisfeitas por contracepção - discordância entre o comportamento reprodutivo, o não uso de contracepção, e o desejo de espaçar ou limitar o número de filhos - são reportadas tanto em países em desenvolvimento como em países desenvolvidos. Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de necessidades insatisfeitas por contracepção e analisar os fatores associados a essas necessidades entre mulheres grávidas cadastradas ao Programa de Saúde da Família do Recife no Distrito Sanitário II. A população do estudo foi composta por 1.120 mulheres grávidas entre 18 e 49 anos de idade sendo o desenho do estudo transversal e explanatório. Essa pesquisa observou que 30,7% das mulheres tiveram necessidades insatisfeitas por contracepção. Os resultados encontrados mostram que as mulheres com maior chance de possuir necessidade insatisfeitas por contracepção eram aquelas com: menor tempo de relacionamento com o parceiro (OR= 1,82; IC 95%1,13 2,9), sem parceiro estável (OR= 1,77; IC 95% 1,14 2,74), com maior paridade (OR= 1,60; IC 95% 0,97 2,62), com o número de filhos maior do que o pretendido (OR= 1,22; IC 95% 1,1 2,11), cujo companheiro manifestou desaprovação quanto ao uso de contracepção (OR= 1,80; IC 95% 1,3 2,5), com menor quantidade de bens duráveis (OR= 1,30; IC 95% 0,98 1,71), quenão possuíam religião (OR= 1,31; IC 95% 1 1,71) e que autodenominaram sua cor de pele como branca (OR= 1,41; IC 95% 1,02 1,95). Os resultados obtidos nesse estudo traçam um perfil das mulheres com necessidades insatisfeitas por contracepção entre usuárias do PSF e identificam os fatores que contribuíram para a presença dessa necessidade. Dessa forma, os resultados deste estudo podem contribuir para a reorientação das ações de planejamento reprodutivo e assim propiciar que as mulheres alcancem suas intenções reprodutivas e exerçam plenamente sua sexualidade |
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A mudança no perfil demográfico do Brasil ocorreu de forma rápida, a taxa de fecundidade total que era de 6,3 na década de 60 atingiu o valor de 1,8 filhos por mulher em 2006. Essa mudança foi resultado de transformações sociais, culturais e econômicas ocorridas no país. Além disso, outro aspecto responsável pela queda na taxa de fecundidade foi o aumento do conhecimento e do uso de anticoncepcionais, sendo esse um dos principais fatores. No entanto, uma alta prevalência de uso de métodos não significa necessariamente um alcance por parte das mulheres de suas intenções reprodutivas. Necessidades insatisfeitas por contracepção - discordância entre o comportamento reprodutivo, o não uso de contracepção, e o desejo de espaçar ou limitar o número de filhos - são reportadas tanto em países em desenvolvimento como em países desenvolvidos. Este estudo teve como objetivo estimar a prevalência de necessidades insatisfeitas por contracepção e analisar os fatores associados a essas necessidades entre mulheres grávidas cadastradas ao Programa de Saúde da Família do Recife no Distrito Sanitário II. A população do estudo foi composta por 1.120 mulheres grávidas entre 18 e 49 anos de idade sendo o desenho do estudo transversal e explanatório. Essa pesquisa observou que 30,7% das mulheres tiveram necessidades insatisfeitas por contracepção. Os resultados encontrados mostram que as mulheres com maior chance de possuir necessidade insatisfeitas por contracepção eram aquelas com: menor tempo de relacionamento com o parceiro (OR= 1,82; IC 95%1,13 2,9), sem parceiro estável (OR= 1,77; IC 95% 1,14 2,74), com maior paridade (OR= 1,60; IC 95% 0,97 2,62), com o número de filhos maior do que o pretendido (OR= 1,22; IC 95% 1,1 2,11), cujo companheiro manifestou desaprovação quanto ao uso de contracepção (OR= 1,80; IC 95% 1,3 2,5), com menor quantidade de bens duráveis (OR= 1,30; IC 95% 0,98 1,71), quenão possuíam religião (OR= 1,31; IC 95% 1 1,71) e que autodenominaram sua cor de pele como branca (OR= 1,41; IC 95% 1,02 1,95). Os resultados obtidos nesse estudo traçam um perfil das mulheres com necessidades insatisfeitas por contracepção entre usuárias do PSF e identificam os fatores que contribuíram para a presença dessa necessidade. Dessa forma, os resultados deste estudo podem contribuir para a reorientação das ações de planejamento reprodutivo e assim propiciar que as mulheres alcancem suas intenções reprodutivas e exerçam plenamente sua sexualidade |
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