Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39068 |
Resumo: | Neste trabalho tive como objetivo analisar, a partir da interlocução com militantes feministas da Região Metropolitana do Recife, a desarticulação do campo discursivo da esquerda no cenário da crise política que atravessamos no Brasil desde 2013. Sugiro que as dificuldades que a esquerda encontra nesse momento de articular pontos nodais a partir dos quais seus diferentes setores possam se identificar estão ligadas ao esgotamento do projeto político que vinha sendo construído nas últimas décadas. Analiso um dos aspectos que acredito que pode ter levado a esse esgotamento, que é a dificuldade que seus setores hegemônicos tiveram de construir sua renovação em diálogo com as demandas da diversidade de setores que articulam este campo. Denomino o período abarcado nesse trabalho de Ciclo do Campo Democrático Popular. Ele se inicia em finais da década de 1970 e início da década de 1980, com o processo de abertura política do país, a partir do surgimento de um novo campo discursivo da esquerda no Brasil, e vai até 2013, quando a proliferação de antagonismos internos desse campo passam a inviabilizar a construção de cadeias de equivalência. Analiso esse período a partir da atuação dos movimentos feministas, sobretudo, quando os dados me permitiram, a partir do que estava acontecendo em Recife e nos seus arredores. Tive como objetivo compreender como se deu a disputa pelos significados do campo discursivo da esquerda, tomando como referência o lugar que as demandas dos movimentos feministas ocuparam nessa trajetória. Em paralelo, analisei as transformações que se deram nas disputas do campo discursivo dos feminismos neste mesmo período. Ao fim, aponto algumas diferenças a partir das quais os campos discursivos da esquerda e dos feminismos lidam com suas diferenças, desigualdades e divergências internas. Proponho que algumas práticas políticas dos movimentos feministas, norteadas pela preocupação com a tríade cuidado-autocríticahorizontalidade, dão lugar a formas de pensar a construção de alianças políticas que diferem das práticas hegemônicas no campo discursivo da esquerda, as quais, por sua vez, estão ancoradas numa compreensão patriarcal da política. |
id |
UFPE_ffb1dae18a4325fa058ccf785bdaee42 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufpe.br:123456789/39068 |
network_acronym_str |
UFPE |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPE |
repository_id_str |
|
spelling |
LIMA, Paula Sophia Branco dehttp://lattes.cnpq.br/2940174053617171http://lattes.cnpq.br/5704991442247075MUTZENBERG, Remo2021-01-13T18:35:26Z2021-01-13T18:35:26Z2018-08-28LIMA, Paula Sophia Branco de. Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda: reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular. 2020. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39068Neste trabalho tive como objetivo analisar, a partir da interlocução com militantes feministas da Região Metropolitana do Recife, a desarticulação do campo discursivo da esquerda no cenário da crise política que atravessamos no Brasil desde 2013. Sugiro que as dificuldades que a esquerda encontra nesse momento de articular pontos nodais a partir dos quais seus diferentes setores possam se identificar estão ligadas ao esgotamento do projeto político que vinha sendo construído nas últimas décadas. Analiso um dos aspectos que acredito que pode ter levado a esse esgotamento, que é a dificuldade que seus setores hegemônicos tiveram de construir sua renovação em diálogo com as demandas da diversidade de setores que articulam este campo. Denomino o período abarcado nesse trabalho de Ciclo do Campo Democrático Popular. Ele se inicia em finais da década de 1970 e início da década de 1980, com o processo de abertura política do país, a partir do surgimento de um novo campo discursivo da esquerda no Brasil, e vai até 2013, quando a proliferação de antagonismos internos desse campo passam a inviabilizar a construção de cadeias de equivalência. Analiso esse período a partir da atuação dos movimentos feministas, sobretudo, quando os dados me permitiram, a partir do que estava acontecendo em Recife e nos seus arredores. Tive como objetivo compreender como se deu a disputa pelos significados do campo discursivo da esquerda, tomando como referência o lugar que as demandas dos movimentos feministas ocuparam nessa trajetória. Em paralelo, analisei as transformações que se deram nas disputas do campo discursivo dos feminismos neste mesmo período. Ao fim, aponto algumas diferenças a partir das quais os campos discursivos da esquerda e dos feminismos lidam com suas diferenças, desigualdades e divergências internas. Proponho que algumas práticas políticas dos movimentos feministas, norteadas pela preocupação com a tríade cuidado-autocríticahorizontalidade, dão lugar a formas de pensar a construção de alianças políticas que diferem das práticas hegemônicas no campo discursivo da esquerda, as quais, por sua vez, estão ancoradas numa compreensão patriarcal da política.CNPqThis work aims at analyzing, from the perspective of feminist activists from Recife, the disarticulation of the left wing discursive field in the context of the political crisis that we have been going through in Brazil since 2013. I suggest that leftwing difficulties to articulate nodal points from which different sectors can identify themselves are linked to the exhaustion of the political project that had been built in the last decades. I analyze one of the aspects that I believe may have led to this exhaustion, which is the difficulty that its hegemonic sectors had to build its renewal in dialogue with the demands of the diversity of sectors that articulate this field. I name the period covered in this work as the Cycle of the Popular Democratic Field. It begins in the late 1970s and early 1980s – the period of Brazil's redemocratization process – from the emergence of a new leftwing discursive field in Brazil, and goes until 2013, when the proliferation of antagonisms in this field starts to block the construction of equivalence chains. I analyze this period from the point of view of what was happening in the feminist movements field. When the data allowed me to do so, I focus on whats has been happening in Recife and its surroundings. I was interested on understandind the dispute of meanings that take place on the leftwing discursive field articulation process, Especially the disputes around the demands of feminist movements. At the same time, I analyze these disputes within the feminist discursive field. At the end, I point out differences through which the leftwing discursive field and the feminist discursive field deal with their internal differences, inequalities and divergences. I propose that some of the feminist movements political practices, guided by the concern of care, self-criticism and horizontality, give rise to methods of political alliances construction that differ from the hegemonic practices of the leftwing discursive field, which are anchored on a patriarchal understanding of politics.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em SociologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessSociologiaFeminismoMovimentos sociaisParticipação políticaDemocraciaOs feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popularinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/3/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD53TEXTDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdf.txtDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdf.txtExtracted texttext/plain646154https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf.txt287fd1e8b81b2eec245ebf9025b0c4e4MD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1236https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf.jpg4683e7944ac25b63b273fae107bc2b60MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/2/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD52ORIGINALDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdfDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdfapplication/pdf2593056https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf6fd9859afdc2905757c6ea9bce82a224MD51123456789/390682021-01-14 02:12:29.569oai:repositorio.ufpe.br:123456789/39068TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212021-01-14T05:12:29Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular |
title |
Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular |
spellingShingle |
Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular LIMA, Paula Sophia Branco de Sociologia Feminismo Movimentos sociais Participação política Democracia |
title_short |
Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular |
title_full |
Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular |
title_fullStr |
Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular |
title_full_unstemmed |
Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular |
title_sort |
Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular |
author |
LIMA, Paula Sophia Branco de |
author_facet |
LIMA, Paula Sophia Branco de |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/2940174053617171 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5704991442247075 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
LIMA, Paula Sophia Branco de |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
MUTZENBERG, Remo |
contributor_str_mv |
MUTZENBERG, Remo |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Sociologia Feminismo Movimentos sociais Participação política Democracia |
topic |
Sociologia Feminismo Movimentos sociais Participação política Democracia |
description |
Neste trabalho tive como objetivo analisar, a partir da interlocução com militantes feministas da Região Metropolitana do Recife, a desarticulação do campo discursivo da esquerda no cenário da crise política que atravessamos no Brasil desde 2013. Sugiro que as dificuldades que a esquerda encontra nesse momento de articular pontos nodais a partir dos quais seus diferentes setores possam se identificar estão ligadas ao esgotamento do projeto político que vinha sendo construído nas últimas décadas. Analiso um dos aspectos que acredito que pode ter levado a esse esgotamento, que é a dificuldade que seus setores hegemônicos tiveram de construir sua renovação em diálogo com as demandas da diversidade de setores que articulam este campo. Denomino o período abarcado nesse trabalho de Ciclo do Campo Democrático Popular. Ele se inicia em finais da década de 1970 e início da década de 1980, com o processo de abertura política do país, a partir do surgimento de um novo campo discursivo da esquerda no Brasil, e vai até 2013, quando a proliferação de antagonismos internos desse campo passam a inviabilizar a construção de cadeias de equivalência. Analiso esse período a partir da atuação dos movimentos feministas, sobretudo, quando os dados me permitiram, a partir do que estava acontecendo em Recife e nos seus arredores. Tive como objetivo compreender como se deu a disputa pelos significados do campo discursivo da esquerda, tomando como referência o lugar que as demandas dos movimentos feministas ocuparam nessa trajetória. Em paralelo, analisei as transformações que se deram nas disputas do campo discursivo dos feminismos neste mesmo período. Ao fim, aponto algumas diferenças a partir das quais os campos discursivos da esquerda e dos feminismos lidam com suas diferenças, desigualdades e divergências internas. Proponho que algumas práticas políticas dos movimentos feministas, norteadas pela preocupação com a tríade cuidado-autocríticahorizontalidade, dão lugar a formas de pensar a construção de alianças políticas que diferem das práticas hegemônicas no campo discursivo da esquerda, as quais, por sua vez, estão ancoradas numa compreensão patriarcal da política. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-08-28 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2021-01-13T18:35:26Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2021-01-13T18:35:26Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
LIMA, Paula Sophia Branco de. Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda: reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular. 2020. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39068 |
identifier_str_mv |
LIMA, Paula Sophia Branco de. Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda: reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular. 2020. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018. |
url |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39068 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pos Graduacao em Sociologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPE |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pernambuco |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPE instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) instacron:UFPE |
instname_str |
Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
instacron_str |
UFPE |
institution |
UFPE |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPE |
collection |
Repositório Institucional da UFPE |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/3/license_rdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf.jpg https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/2/license.txt https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 287fd1e8b81b2eec245ebf9025b0c4e4 4683e7944ac25b63b273fae107bc2b60 bd573a5ca8288eb7272482765f819534 6fd9859afdc2905757c6ea9bce82a224 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) |
repository.mail.fl_str_mv |
attena@ufpe.br |
_version_ |
1793516010031022080 |