Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: LIMA, Paula Sophia Branco de
Orientador(a): MUTZENBERG, Remo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Sociologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39068
Resumo: Neste trabalho tive como objetivo analisar, a partir da interlocução com militantes feministas da Região Metropolitana do Recife, a desarticulação do campo discursivo da esquerda no cenário da crise política que atravessamos no Brasil desde 2013. Sugiro que as dificuldades que a esquerda encontra nesse momento de articular pontos nodais a partir dos quais seus diferentes setores possam se identificar estão ligadas ao esgotamento do projeto político que vinha sendo construído nas últimas décadas. Analiso um dos aspectos que acredito que pode ter levado a esse esgotamento, que é a dificuldade que seus setores hegemônicos tiveram de construir sua renovação em diálogo com as demandas da diversidade de setores que articulam este campo. Denomino o período abarcado nesse trabalho de Ciclo do Campo Democrático Popular. Ele se inicia em finais da década de 1970 e início da década de 1980, com o processo de abertura política do país, a partir do surgimento de um novo campo discursivo da esquerda no Brasil, e vai até 2013, quando a proliferação de antagonismos internos desse campo passam a inviabilizar a construção de cadeias de equivalência. Analiso esse período a partir da atuação dos movimentos feministas, sobretudo, quando os dados me permitiram, a partir do que estava acontecendo em Recife e nos seus arredores. Tive como objetivo compreender como se deu a disputa pelos significados do campo discursivo da esquerda, tomando como referência o lugar que as demandas dos movimentos feministas ocuparam nessa trajetória. Em paralelo, analisei as transformações que se deram nas disputas do campo discursivo dos feminismos neste mesmo período. Ao fim, aponto algumas diferenças a partir das quais os campos discursivos da esquerda e dos feminismos lidam com suas diferenças, desigualdades e divergências internas. Proponho que algumas práticas políticas dos movimentos feministas, norteadas pela preocupação com a tríade cuidado-autocríticahorizontalidade, dão lugar a formas de pensar a construção de alianças políticas que diferem das práticas hegemônicas no campo discursivo da esquerda, as quais, por sua vez, estão ancoradas numa compreensão patriarcal da política.
id UFPE_ffb1dae18a4325fa058ccf785bdaee42
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/39068
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str
spelling LIMA, Paula Sophia Branco dehttp://lattes.cnpq.br/2940174053617171http://lattes.cnpq.br/5704991442247075MUTZENBERG, Remo2021-01-13T18:35:26Z2021-01-13T18:35:26Z2018-08-28LIMA, Paula Sophia Branco de. Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda: reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular. 2020. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39068Neste trabalho tive como objetivo analisar, a partir da interlocução com militantes feministas da Região Metropolitana do Recife, a desarticulação do campo discursivo da esquerda no cenário da crise política que atravessamos no Brasil desde 2013. Sugiro que as dificuldades que a esquerda encontra nesse momento de articular pontos nodais a partir dos quais seus diferentes setores possam se identificar estão ligadas ao esgotamento do projeto político que vinha sendo construído nas últimas décadas. Analiso um dos aspectos que acredito que pode ter levado a esse esgotamento, que é a dificuldade que seus setores hegemônicos tiveram de construir sua renovação em diálogo com as demandas da diversidade de setores que articulam este campo. Denomino o período abarcado nesse trabalho de Ciclo do Campo Democrático Popular. Ele se inicia em finais da década de 1970 e início da década de 1980, com o processo de abertura política do país, a partir do surgimento de um novo campo discursivo da esquerda no Brasil, e vai até 2013, quando a proliferação de antagonismos internos desse campo passam a inviabilizar a construção de cadeias de equivalência. Analiso esse período a partir da atuação dos movimentos feministas, sobretudo, quando os dados me permitiram, a partir do que estava acontecendo em Recife e nos seus arredores. Tive como objetivo compreender como se deu a disputa pelos significados do campo discursivo da esquerda, tomando como referência o lugar que as demandas dos movimentos feministas ocuparam nessa trajetória. Em paralelo, analisei as transformações que se deram nas disputas do campo discursivo dos feminismos neste mesmo período. Ao fim, aponto algumas diferenças a partir das quais os campos discursivos da esquerda e dos feminismos lidam com suas diferenças, desigualdades e divergências internas. Proponho que algumas práticas políticas dos movimentos feministas, norteadas pela preocupação com a tríade cuidado-autocríticahorizontalidade, dão lugar a formas de pensar a construção de alianças políticas que diferem das práticas hegemônicas no campo discursivo da esquerda, as quais, por sua vez, estão ancoradas numa compreensão patriarcal da política.CNPqThis work aims at analyzing, from the perspective of feminist activists from Recife, the disarticulation of the left wing discursive field in the context of the political crisis that we have been going through in Brazil since 2013. I suggest that leftwing difficulties to articulate nodal points from which different sectors can identify themselves are linked to the exhaustion of the political project that had been built in the last decades. I analyze one of the aspects that I believe may have led to this exhaustion, which is the difficulty that its hegemonic sectors had to build its renewal in dialogue with the demands of the diversity of sectors that articulate this field. I name the period covered in this work as the Cycle of the Popular Democratic Field. It begins in the late 1970s and early 1980s – the period of Brazil's redemocratization process – from the emergence of a new leftwing discursive field in Brazil, and goes until 2013, when the proliferation of antagonisms in this field starts to block the construction of equivalence chains. I analyze this period from the point of view of what was happening in the feminist movements field. When the data allowed me to do so, I focus on whats has been happening in Recife and its surroundings. I was interested on understandind the dispute of meanings that take place on the leftwing discursive field articulation process, Especially the disputes around the demands of feminist movements. At the same time, I analyze these disputes within the feminist discursive field. At the end, I point out differences through which the leftwing discursive field and the feminist discursive field deal with their internal differences, inequalities and divergences. I propose that some of the feminist movements political practices, guided by the concern of care, self-criticism and horizontality, give rise to methods of political alliances construction that differ from the hegemonic practices of the leftwing discursive field, which are anchored on a patriarchal understanding of politics.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em SociologiaUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessSociologiaFeminismoMovimentos sociaisParticipação políticaDemocraciaOs feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popularinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesismestradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPECC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/3/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD53TEXTDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdf.txtDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdf.txtExtracted texttext/plain646154https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf.txt287fd1e8b81b2eec245ebf9025b0c4e4MD54THUMBNAILDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdf.jpgDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1236https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf.jpg4683e7944ac25b63b273fae107bc2b60MD55LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82310https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/2/license.txtbd573a5ca8288eb7272482765f819534MD52ORIGINALDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdfDISSERTAÇÃO Paula Sophia Branco de Lima.pdfapplication/pdf2593056https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf6fd9859afdc2905757c6ea9bce82a224MD51123456789/390682021-01-14 02:12:29.569oai:repositorio.ufpe.br:123456789/39068TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLCBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWlzcXVlciBvYnJpZ2HDp8O1ZXMgZXhpZ2lkYXMgcGVsbyByZXNwZWN0aXZvIGNvbnRyYXRvIG91IGFjb3Jkby4KCkEgVUZQRSBpZGVudGlmaWNhcsOhIGNsYXJhbWVudGUgbyhzKSBub21lKHMpIGRvKHMpIGF1dG9yIChlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZG8gcHJldmlzdG8gbmEgYWzDrW5lYSBjKS4KRepositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212021-01-14T05:12:29Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular
title Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular
spellingShingle Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular
LIMA, Paula Sophia Branco de
Sociologia
Feminismo
Movimentos sociais
Participação política
Democracia
title_short Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular
title_full Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular
title_fullStr Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular
title_full_unstemmed Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular
title_sort Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda : reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular
author LIMA, Paula Sophia Branco de
author_facet LIMA, Paula Sophia Branco de
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/2940174053617171
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5704991442247075
dc.contributor.author.fl_str_mv LIMA, Paula Sophia Branco de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MUTZENBERG, Remo
contributor_str_mv MUTZENBERG, Remo
dc.subject.por.fl_str_mv Sociologia
Feminismo
Movimentos sociais
Participação política
Democracia
topic Sociologia
Feminismo
Movimentos sociais
Participação política
Democracia
description Neste trabalho tive como objetivo analisar, a partir da interlocução com militantes feministas da Região Metropolitana do Recife, a desarticulação do campo discursivo da esquerda no cenário da crise política que atravessamos no Brasil desde 2013. Sugiro que as dificuldades que a esquerda encontra nesse momento de articular pontos nodais a partir dos quais seus diferentes setores possam se identificar estão ligadas ao esgotamento do projeto político que vinha sendo construído nas últimas décadas. Analiso um dos aspectos que acredito que pode ter levado a esse esgotamento, que é a dificuldade que seus setores hegemônicos tiveram de construir sua renovação em diálogo com as demandas da diversidade de setores que articulam este campo. Denomino o período abarcado nesse trabalho de Ciclo do Campo Democrático Popular. Ele se inicia em finais da década de 1970 e início da década de 1980, com o processo de abertura política do país, a partir do surgimento de um novo campo discursivo da esquerda no Brasil, e vai até 2013, quando a proliferação de antagonismos internos desse campo passam a inviabilizar a construção de cadeias de equivalência. Analiso esse período a partir da atuação dos movimentos feministas, sobretudo, quando os dados me permitiram, a partir do que estava acontecendo em Recife e nos seus arredores. Tive como objetivo compreender como se deu a disputa pelos significados do campo discursivo da esquerda, tomando como referência o lugar que as demandas dos movimentos feministas ocuparam nessa trajetória. Em paralelo, analisei as transformações que se deram nas disputas do campo discursivo dos feminismos neste mesmo período. Ao fim, aponto algumas diferenças a partir das quais os campos discursivos da esquerda e dos feminismos lidam com suas diferenças, desigualdades e divergências internas. Proponho que algumas práticas políticas dos movimentos feministas, norteadas pela preocupação com a tríade cuidado-autocríticahorizontalidade, dão lugar a formas de pensar a construção de alianças políticas que diferem das práticas hegemônicas no campo discursivo da esquerda, as quais, por sua vez, estão ancoradas numa compreensão patriarcal da política.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-08-28
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-01-13T18:35:26Z
dc.date.available.fl_str_mv 2021-01-13T18:35:26Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv LIMA, Paula Sophia Branco de. Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda: reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular. 2020. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39068
identifier_str_mv LIMA, Paula Sophia Branco de. Os feminismos e a crise do campo discursivo da esquerda: reflexões sobre as práticas articulatórias do Campo Democrático Popular. 2020. Dissertação (Mestrado em Sociologia) - Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/39068
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Sociologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/3/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/4/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/5/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/2/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/39068/1/DISSERTA%c3%87%c3%83O%20Paula%20Sophia%20Branco%20de%20Lima.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
287fd1e8b81b2eec245ebf9025b0c4e4
4683e7944ac25b63b273fae107bc2b60
bd573a5ca8288eb7272482765f819534
6fd9859afdc2905757c6ea9bce82a224
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1793516010031022080