Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Palma, Matheus Giacomini
Orientador(a): Hobuss, João Francisco Nascimento
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5327
Resumo: O objetivo do trabalho consiste em uma exegese do conceito de alma presente na filosofia de Platão. Estudar a alma nesse autor é adentrar em suas concepções psicológicas, as quais são divididas entre imortalidade, tripartição e suas relações com o desejo. A imortalidade da alma é fundamentada a partir do fenômeno cíclico que ela atinge entre a vida e a morte, isto é, entre uma encarnação e outra. Enquanto não está encarnada, ela apresenta um caráter cognitivo o qual permite que ela contemple as Formas que podem ser rememoradas durante a encarnação, o que possibilita o fenômeno do sujeito compreender que algo é igual, belo e tudo aquilo que participa daquilo que é imutável. Como as Formas são necessariamente a causa de tudo aquilo que não pertence ao mundo inteligível, a alma carrega em sua formação a Forma da Vida, a qual não pode admitir ao mesmo tempo a morte, o que garante o status de sua imortalidade. O conceito de alma adquire uma nova formulação no livro IV da República, pois se antes ele possuía a característica de unidade racional, no diálogo posterior ao Fédon, ela ganha a característica de ser tripartite. O elemento racional, o irascível e o apetitivo consistem em as três partes da alma, as quais são fundamentais para analogia política. Com o abandono do caráter unitário da alma, o corpo é desresponsabilizado por qualquer causa do desejo, pois o desejar racional ou o apetitivo são atribuições somente da alma. A alma do sujeito que contém a virtude da justiça permite que cada parte da alma funcione de acordo com sua natureza, ou seja, o elemento racional no comando, tendo como aliado a parte irascível, que juntas comandam a maior parte da alma, o elemento apetitivo. Com a refinação do conceito de alma, cada parte promove impulsos no sujeito para que busque o prazer respectivo de cada uma. O prazer da parte racional consiste no aprender, a do irascível nas honras e no apetitivo desde os prazeres da comida, bebida e sexo, como também aqueles inaceitáveis perante a lei. Todo o desejo é um vazio e a tentativa da obtenção de prazer consiste em um movimento de repleção que somente aquele que busca o prazer na sabedoria atinge uma espécie de plenitude. Os desejos provenientes das partes apetitiva e irascível consistem em objetos de prazeres falsos, pois esses não pertencem ao mundo inteligível, constituindo somente simulacros. Com a analogia política, o autor demonstra as consequências daquele que se direciona para o caminho da virtude ou do vício. O filósofo é o mais feliz de todos porque é o único capaz de preencher o vazio do seu desejo com o que é real, enquanto o tirano ocupa o contrário desta figura, pois nunca consegue abandonar seu vazio, pois só consome objetos afastados do ser, garantindo assim, sua infelicidade e insaciabilidade.
id UFPL_28044dc383bd74f414e9e4c6d44b78fb
oai_identifier_str oai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/5327
network_acronym_str UFPL
network_name_str Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
repository_id_str
spelling 2020-05-13T16:56:07Z2020-05-122020-05-13T16:56:07Z2015-09-24PALMA, Matheus Giacomini. Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo. 2015. 109 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5327O objetivo do trabalho consiste em uma exegese do conceito de alma presente na filosofia de Platão. Estudar a alma nesse autor é adentrar em suas concepções psicológicas, as quais são divididas entre imortalidade, tripartição e suas relações com o desejo. A imortalidade da alma é fundamentada a partir do fenômeno cíclico que ela atinge entre a vida e a morte, isto é, entre uma encarnação e outra. Enquanto não está encarnada, ela apresenta um caráter cognitivo o qual permite que ela contemple as Formas que podem ser rememoradas durante a encarnação, o que possibilita o fenômeno do sujeito compreender que algo é igual, belo e tudo aquilo que participa daquilo que é imutável. Como as Formas são necessariamente a causa de tudo aquilo que não pertence ao mundo inteligível, a alma carrega em sua formação a Forma da Vida, a qual não pode admitir ao mesmo tempo a morte, o que garante o status de sua imortalidade. O conceito de alma adquire uma nova formulação no livro IV da República, pois se antes ele possuía a característica de unidade racional, no diálogo posterior ao Fédon, ela ganha a característica de ser tripartite. O elemento racional, o irascível e o apetitivo consistem em as três partes da alma, as quais são fundamentais para analogia política. Com o abandono do caráter unitário da alma, o corpo é desresponsabilizado por qualquer causa do desejo, pois o desejar racional ou o apetitivo são atribuições somente da alma. A alma do sujeito que contém a virtude da justiça permite que cada parte da alma funcione de acordo com sua natureza, ou seja, o elemento racional no comando, tendo como aliado a parte irascível, que juntas comandam a maior parte da alma, o elemento apetitivo. Com a refinação do conceito de alma, cada parte promove impulsos no sujeito para que busque o prazer respectivo de cada uma. O prazer da parte racional consiste no aprender, a do irascível nas honras e no apetitivo desde os prazeres da comida, bebida e sexo, como também aqueles inaceitáveis perante a lei. Todo o desejo é um vazio e a tentativa da obtenção de prazer consiste em um movimento de repleção que somente aquele que busca o prazer na sabedoria atinge uma espécie de plenitude. Os desejos provenientes das partes apetitiva e irascível consistem em objetos de prazeres falsos, pois esses não pertencem ao mundo inteligível, constituindo somente simulacros. Com a analogia política, o autor demonstra as consequências daquele que se direciona para o caminho da virtude ou do vício. O filósofo é o mais feliz de todos porque é o único capaz de preencher o vazio do seu desejo com o que é real, enquanto o tirano ocupa o contrário desta figura, pois nunca consegue abandonar seu vazio, pois só consome objetos afastados do ser, garantindo assim, sua infelicidade e insaciabilidade.This study aimed to consists an exegesis of the concept of soul present in the philosophy of Plato. Study the soul in this author is enter in their psychological conceptions, which are divided into immortality, triparartition and their relations with the desire. The immortality of the soul is grounded from cyclical phenomenon that it hits between life and death, that is, from one incarnation to another. While it is embodied, it presents a cognitive character, which allows it to contemplate the Forms that can be recollected during incarnation. This enables the phenomenon of the subject understand that something is equal, beautiful and everything that participates of what is immutable. As the Forms are necessarily the cause of everything that does not belong to the intelligible world, the soul carries the Form of Life. This can not be allowed while death, which guarantees the status of their immortality. The concept of soul acquires a new formulation in Book IV of the Republic. If before she had the characteristic of rational unit in the subsequent dialogue Phaedo, now she gains the characteristic of being tripartite. The rational element, the irascible and appetitive consist of the three soul parts, which are based from the political analogy. With the abandonment of the unitary character of the soul, the body is not responsible for any cause of desire because the rational desire or the appetitive belong only in the soul. The soul of the subject who has the virtue of justice allows each part of the soul to function according to their nature, i.e. the rational element in the command, in alliance with the irascible part, which together command the bulk of the soul, the element appetitive. With refining the concept of soul, each part promotes impulses in the subject to seek their pleasure of each. The pleasure of the rational part is the learning, the irascible in the honors and the appetitive in the pleasures of food, drink and sex, as well as those unacceptable under the law. All desire is an empty and attempting obtaining pleasure consists of a repletion of movement that only he who seeks pleasure in wisdom reaches a kind of fullness. Desires from the irascible and appetitive parts consist of objects of false pleasures, because they do not belong to the intelligible world, constituting only simulacra. With the political analogy that the author demonstrates the consequences of that which directs every kind of desire. The philosopher is the happiest of all because it is the only one able to fill the void of his desire to what is real. While the tyrant occupies the opposite of this figure because it can never abandon his empty. Therefore, he consumes objects away of being, thus ensuring their unhappiness and insatiability.porUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em FilosofiaUFPelBrasilInstituto de Filosofia, Sociologia e PoliticaCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAFilosofiaAlmaImortalidadeTripartiçãoDesejoFelicidadePhilosophySoulImmortalityTripartitionDesireHappinessPsicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo.Platonic Psychology: immortality, tripartition and the consequences of desire.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/0680281901292811http://lattes.cnpq.br/5127708328452389Hobuss, João Francisco NascimentoPalma, Matheus Giacominiinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTMatheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdf.txtMatheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdf.txtExtracted texttext/plain278607http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/6/Matheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdf.txtccab49d653cf92376d0cb4f9e1fff857MD56open accessTHUMBNAILMatheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdf.jpgMatheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1658http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/7/Matheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdf.jpg710adcb47c3331866ab85dc2b5192612MD57open accessORIGINALMatheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdfMatheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdfapplication/pdf1164355http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/1/Matheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdf6fbb53476c45b738bd50acd0ac3b0d05MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55open accessprefix/53272023-07-13 03:15:46.77open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/5327TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-13T06:15:46Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo.
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Platonic Psychology: immortality, tripartition and the consequences of desire.
title Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo.
spellingShingle Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo.
Palma, Matheus Giacomini
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Filosofia
Alma
Imortalidade
Tripartição
Desejo
Felicidade
Philosophy
Soul
Immortality
Tripartition
Desire
Happiness
title_short Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo.
title_full Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo.
title_fullStr Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo.
title_full_unstemmed Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo.
title_sort Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo.
author Palma, Matheus Giacomini
author_facet Palma, Matheus Giacomini
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/0680281901292811
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5127708328452389
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Hobuss, João Francisco Nascimento
dc.contributor.author.fl_str_mv Palma, Matheus Giacomini
contributor_str_mv Hobuss, João Francisco Nascimento
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
topic CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Filosofia
Alma
Imortalidade
Tripartição
Desejo
Felicidade
Philosophy
Soul
Immortality
Tripartition
Desire
Happiness
dc.subject.por.fl_str_mv Filosofia
Alma
Imortalidade
Tripartição
Desejo
Felicidade
Philosophy
Soul
Immortality
Tripartition
Desire
Happiness
description O objetivo do trabalho consiste em uma exegese do conceito de alma presente na filosofia de Platão. Estudar a alma nesse autor é adentrar em suas concepções psicológicas, as quais são divididas entre imortalidade, tripartição e suas relações com o desejo. A imortalidade da alma é fundamentada a partir do fenômeno cíclico que ela atinge entre a vida e a morte, isto é, entre uma encarnação e outra. Enquanto não está encarnada, ela apresenta um caráter cognitivo o qual permite que ela contemple as Formas que podem ser rememoradas durante a encarnação, o que possibilita o fenômeno do sujeito compreender que algo é igual, belo e tudo aquilo que participa daquilo que é imutável. Como as Formas são necessariamente a causa de tudo aquilo que não pertence ao mundo inteligível, a alma carrega em sua formação a Forma da Vida, a qual não pode admitir ao mesmo tempo a morte, o que garante o status de sua imortalidade. O conceito de alma adquire uma nova formulação no livro IV da República, pois se antes ele possuía a característica de unidade racional, no diálogo posterior ao Fédon, ela ganha a característica de ser tripartite. O elemento racional, o irascível e o apetitivo consistem em as três partes da alma, as quais são fundamentais para analogia política. Com o abandono do caráter unitário da alma, o corpo é desresponsabilizado por qualquer causa do desejo, pois o desejar racional ou o apetitivo são atribuições somente da alma. A alma do sujeito que contém a virtude da justiça permite que cada parte da alma funcione de acordo com sua natureza, ou seja, o elemento racional no comando, tendo como aliado a parte irascível, que juntas comandam a maior parte da alma, o elemento apetitivo. Com a refinação do conceito de alma, cada parte promove impulsos no sujeito para que busque o prazer respectivo de cada uma. O prazer da parte racional consiste no aprender, a do irascível nas honras e no apetitivo desde os prazeres da comida, bebida e sexo, como também aqueles inaceitáveis perante a lei. Todo o desejo é um vazio e a tentativa da obtenção de prazer consiste em um movimento de repleção que somente aquele que busca o prazer na sabedoria atinge uma espécie de plenitude. Os desejos provenientes das partes apetitiva e irascível consistem em objetos de prazeres falsos, pois esses não pertencem ao mundo inteligível, constituindo somente simulacros. Com a analogia política, o autor demonstra as consequências daquele que se direciona para o caminho da virtude ou do vício. O filósofo é o mais feliz de todos porque é o único capaz de preencher o vazio do seu desejo com o que é real, enquanto o tirano ocupa o contrário desta figura, pois nunca consegue abandonar seu vazio, pois só consome objetos afastados do ser, garantindo assim, sua infelicidade e insaciabilidade.
publishDate 2015
dc.date.issued.fl_str_mv 2015-09-24
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2020-05-13T16:56:07Z
dc.date.available.fl_str_mv 2020-05-12
2020-05-13T16:56:07Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv PALMA, Matheus Giacomini. Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo. 2015. 109 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5327
identifier_str_mv PALMA, Matheus Giacomini. Psicologia platônica: imortalidade, tripartição e as consequências do desejo. 2015. 109 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Programa de Pós-Graduação em Filosofia. Instituto de Filosofia, Sociologia e Política. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2015.
url http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5327
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Filosofia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPel
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pelotas
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron:UFPEL
instname_str Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
instacron_str UFPEL
institution UFPEL
reponame_str Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
collection Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca
bitstream.url.fl_str_mv http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/6/Matheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdf.txt
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/7/Matheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdf.jpg
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/1/Matheus_Giacomini_Palma_Dissertacao.pdf
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/2/license_url
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/3/license_text
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/4/license_rdf
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5327/5/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv ccab49d653cf92376d0cb4f9e1fff857
710adcb47c3331866ab85dc2b5192612
6fbb53476c45b738bd50acd0ac3b0d05
4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e
43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)
repository.mail.fl_str_mv rippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.br
_version_ 1797769982858231808