Fatores pré, peri e pós-natais associados à erupção dos dentes deciduos: estudo longitudinal em uma coorte de nascidos vivos e estudo de revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Silveira, Ethieli Rodrigues da
Orientador(a): Azevedo, Marina Sousa
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Odontologia
Departamento: Faculdade de Odontologia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4272
Resumo: A erupção dos dentes decídos está intimamente ligada com o crescimento e desenvolvimento infantil. Este processo compreende toda a movimentação do elemento dentário, desde a sua posição intraóssea até a oclusão, sendo marcado por questões biológicas, genéticas e ambientais. Diversos fatores vêm sendo citados na literatura como influentes no desenvolvimento da dentição primária, como questões socioeconômicas e demográficas, características maternas e características do bebê, como as medidas antropométricas ao nascimento. Os resultados encontrados na literatura acerca deste tema ainda são conflitantes e poucos estudos, clínicos ou de revisão, apresentam qualidade metodológica satisfatória. Sendo assim, esta tese teve o objetivo de investigar os fatores associados para o número de dentes aos 12 meses de idade. Três artigos a partir deste tema foram desenvolvidos. O primeiro estudo investigou os fatores pre, peri e pós-natais associados ao número de dentes aos 12 meses de idade em crianças participantes da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015. Foi realizado acompanhamento longitudinal das crianças e mães no pré-natal, perinatal e quando a criança tinha 3 e 12 meses de idade. O desfecho investigado foi o número de dentes aos 12 meses de idade e as variáveis exploratórias incluíram hábitos e características maternas, medidas antropométricas de crianças e mães, informações socioeconômicas e demográficas. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e exame clínico da mãe e da criança em todas as fases do acompanhamento. Na análise dos dados foram utilizados modelos de regressão de Poisson bruto e ajustado. O segundo estudo foi uma revisão sistemática que investigou a associação entre medidas antropométricas ao nascimento e número de dentes aos 12 meses de idade. Para tal, o relato foi realizado segundo as recomendações do PRISMA. Após a busca em cinco bases de dados, foram realizadas a exclusão de duplicatas, seguida pela seleção dos artigos por título e resumo conforme os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. A segunda parte da seleção incluiu a leitura dos artigos na íntegra. A avaliação do risco de viés foi realizada utilizando a ferramenta Newcastle-Ottawa Quality Assessment Form for Cohort Studies. O terceiro artigo realizou a validação do relato materno sobre do número de dentes das crianças aos 12 meses idade em uma amostra dos participantes da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015. Para ser incluída neste estudo, a criança deveria ter entre de 11 e 14 meses de idade. A coleta de dados foi realizada nos domicílios, através de entrevista com as mães e exame bucal das crianças. As mães relataram o número de dentes no arco superior e inferior das crianças, e o resultado foi comparado com o número de dentes observados nos exames odontológicos. O nível de concordância entre os dois métodos foi estimado pela concordância observada e pela estatística Kappa. Análises bivariadas foram realizadas para identificar a influência de fatores sociodemográficos no nível de concordância. No primeiro estudo, participaram 4.014 crianças. O número médio de dentes erupcionados foi de 5,5. Após ajustes, estiveram associadas com o desfecho as variáveis cor da pele (p = 0,007), tabagismo materno (p <0,001), ganho de peso durante o período gestacional (p = 0,014), idade gestacional (p <0,001), sexo da criança(p <0,001), medidas antropompetricas ao nascimento, peso (p = 0,021), comprimento (p = 0,003) e perímetro cefálico (p = 0,051) e medidas antropométricas aos 12 meses, peso (p <0,001), comprimento / altura (p = 0,008) e perímetro cefálico (p <0,001). No segundo estudo da tese, 37 artigos sobre o tema, até junho de 2018 foram incluídos; mas apenas dois estudos preencheram os critérios de inclusão. Os resultados da revisão são conflitantes, mas indicam que crianças mais longas ao nascimento apresentam um maior número de dentes aos 12 meses de idade. No entanto, existe uma heterogeneidade alta entre os estudos disponíveis e um gap da literatura neste tema. O terceiro, estudo de validação, obsevou que o relato materno apresentou alto nível de concordância com o exame clínico (p <0,001). Informações sociodemográficas não influenciaram a concordância. Sendo assim, os achados da presente tese demonstram que crianças cujas mães têm cor da pele não branca, fumantes e com ganho de peso excessivo durante o período gestacional apresentam maior número de dentes aos 12 meses de idade. Assim como crianças com período gestacional mais longo, do sexo feminino e com maiores medidas antropométricas ao nascimento e aos 12 meses de idade. O relato materno sobre o número de dentes decíduos aos 12 meses é uma ferramenta válida e confiável para emprego em futuros estudos. E, por fim, mais estudos longitudinais devem ser realizados para ampliar o conhecimento dos fatores associados ao número de dentes aos 12 meses de idade.
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spelling 2019-03-26T15:07:46Z2019-03-26T15:07:46Z2018-09-19SILVEIRA, Ethieli Rodrigues. Fatores pré, peri e pós-natais associados à erupção dos dentes deciduos: estudo longitudinal em uma coorte de nascidos vivos e estudo de revisão sistemática. 2018. 295p. Tese (Doutorado em Odontologia) – Programa de Pós-Graduação em Odontologia. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2018.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4272A erupção dos dentes decídos está intimamente ligada com o crescimento e desenvolvimento infantil. Este processo compreende toda a movimentação do elemento dentário, desde a sua posição intraóssea até a oclusão, sendo marcado por questões biológicas, genéticas e ambientais. Diversos fatores vêm sendo citados na literatura como influentes no desenvolvimento da dentição primária, como questões socioeconômicas e demográficas, características maternas e características do bebê, como as medidas antropométricas ao nascimento. Os resultados encontrados na literatura acerca deste tema ainda são conflitantes e poucos estudos, clínicos ou de revisão, apresentam qualidade metodológica satisfatória. Sendo assim, esta tese teve o objetivo de investigar os fatores associados para o número de dentes aos 12 meses de idade. Três artigos a partir deste tema foram desenvolvidos. O primeiro estudo investigou os fatores pre, peri e pós-natais associados ao número de dentes aos 12 meses de idade em crianças participantes da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015. Foi realizado acompanhamento longitudinal das crianças e mães no pré-natal, perinatal e quando a criança tinha 3 e 12 meses de idade. O desfecho investigado foi o número de dentes aos 12 meses de idade e as variáveis exploratórias incluíram hábitos e características maternas, medidas antropométricas de crianças e mães, informações socioeconômicas e demográficas. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e exame clínico da mãe e da criança em todas as fases do acompanhamento. Na análise dos dados foram utilizados modelos de regressão de Poisson bruto e ajustado. O segundo estudo foi uma revisão sistemática que investigou a associação entre medidas antropométricas ao nascimento e número de dentes aos 12 meses de idade. Para tal, o relato foi realizado segundo as recomendações do PRISMA. Após a busca em cinco bases de dados, foram realizadas a exclusão de duplicatas, seguida pela seleção dos artigos por título e resumo conforme os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. A segunda parte da seleção incluiu a leitura dos artigos na íntegra. A avaliação do risco de viés foi realizada utilizando a ferramenta Newcastle-Ottawa Quality Assessment Form for Cohort Studies. O terceiro artigo realizou a validação do relato materno sobre do número de dentes das crianças aos 12 meses idade em uma amostra dos participantes da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015. Para ser incluída neste estudo, a criança deveria ter entre de 11 e 14 meses de idade. A coleta de dados foi realizada nos domicílios, através de entrevista com as mães e exame bucal das crianças. As mães relataram o número de dentes no arco superior e inferior das crianças, e o resultado foi comparado com o número de dentes observados nos exames odontológicos. O nível de concordância entre os dois métodos foi estimado pela concordância observada e pela estatística Kappa. Análises bivariadas foram realizadas para identificar a influência de fatores sociodemográficos no nível de concordância. No primeiro estudo, participaram 4.014 crianças. O número médio de dentes erupcionados foi de 5,5. Após ajustes, estiveram associadas com o desfecho as variáveis cor da pele (p = 0,007), tabagismo materno (p <0,001), ganho de peso durante o período gestacional (p = 0,014), idade gestacional (p <0,001), sexo da criança(p <0,001), medidas antropompetricas ao nascimento, peso (p = 0,021), comprimento (p = 0,003) e perímetro cefálico (p = 0,051) e medidas antropométricas aos 12 meses, peso (p <0,001), comprimento / altura (p = 0,008) e perímetro cefálico (p <0,001). No segundo estudo da tese, 37 artigos sobre o tema, até junho de 2018 foram incluídos; mas apenas dois estudos preencheram os critérios de inclusão. Os resultados da revisão são conflitantes, mas indicam que crianças mais longas ao nascimento apresentam um maior número de dentes aos 12 meses de idade. No entanto, existe uma heterogeneidade alta entre os estudos disponíveis e um gap da literatura neste tema. O terceiro, estudo de validação, obsevou que o relato materno apresentou alto nível de concordância com o exame clínico (p <0,001). Informações sociodemográficas não influenciaram a concordância. Sendo assim, os achados da presente tese demonstram que crianças cujas mães têm cor da pele não branca, fumantes e com ganho de peso excessivo durante o período gestacional apresentam maior número de dentes aos 12 meses de idade. Assim como crianças com período gestacional mais longo, do sexo feminino e com maiores medidas antropométricas ao nascimento e aos 12 meses de idade. O relato materno sobre o número de dentes decíduos aos 12 meses é uma ferramenta válida e confiável para emprego em futuros estudos. E, por fim, mais estudos longitudinais devem ser realizados para ampliar o conhecimento dos fatores associados ao número de dentes aos 12 meses de idade.Deciduous tooth eruption is closely related to infant growth and development. This process comprises all the movement of the dental element, from its intraosseous position to occlusion, being marked by biological, genetic and environmental issues. Several factors have been cited in the literature as related to development of primary dentition, such as socioeconomic and demographic issues, maternal characteristics and characteristics of the children, such as anthropometric measurements. The results found in the literature on this subject are still conflicting and few studies, clinical or review, present satisfactory methodological quality. Therefore, this thesis aimed to investigate the factors associated to the number of teeth at 12 months of age. Three papers were developed. The first study investigated the pre, peri and postnatal factors associated with the number of teeth at 12 months of age in children participating in the Pelotas Birth Cohort of 2015. A longitudinal follow-up of the children and mothers in prenatal, perinatal and when the child was 3 and 12 months old. The outcome investigated was the number of teeth at 12 months of age and the exploratory variables included maternal habits and characteristics, anthropometric measurements of children and mothers, socioeconomic and demographic information. Data were collected through interviews and clinical examination of the mother and child at all stages of follow-up. In the data analysis, crude and adjusted Poisson regression models were used. The second study was a systematic review that investigated the association between anthropometric measurements at birth and number of teeth at 12 months of age. For this, the review was carried out according to PRISMA recommendations. After the search in five databases, the duplicates were excluded, followed by the selection of articles by title and abstract according to the established inclusion and exclusion criteria. The second part of selection included reading full articles. The bias risk assessment was performed using the Newcastle-Ottawa Quality Assessment Form for Cohort Studies. The third article validated the maternal report on the number of children's teeth at 12 months of age in a sample of participants from the Pelotas Birth Cohort of 2015. To be included in this study, the child should be between 11 and 14 months old of age. Data collection was performed in the households, through an interview with the mothers and oral examination of the children. The mothers reported the number of teeth in the upper and lower child arch, and the result was compared to the number of teeth observed in the dental examinations. The level of agreement between the two methods was estimated by the observed agreement and the Kappa statistic. Bivariate analyzes were performed to identify the influence of sociodemographic factors on the level of agreement. In the first study, 4,014 children participated. The mean number of erupted teeth was 5.5. After adjustments, remained associated with the outcome maternal skin-color (p=0.007), maternal smoking habit (p<0.001), weight during gestational period p=0.014), gestational age (p<0.001), gender of children (p<0.001), children Weight (p=0.021), Length (p=0.003) and Head circumference (p=0.051) at birth, children Weight (p<0.001), Length/height (p=0.008) and Head circumference (p<0.001) at 12-months-old. In the study validating the maternal report, a high level of agreement was observed, kappa values and intraclass correlation coefficients were high for both arches (p <0.001). Sociodemographic information did not influence agreement. In the second study, the systematic review found 37 articles until June 2018; but only two studies met the inclusion criteria. The results of the review are conflicting, but indicate that longer children at birth have a higher number of teeth at 12 months of age. The findings of the present thesis show that children whose mothers have non-white skin color, smokers and with excessive weight gain during the gestational period, as well as children with a longer gestational period, female and with greater anthropometric measurements at birth and 12 months old. The two studies included in the systematic review found a relationship between birth leight and the number of erupted deciduous teeth, however there is a high heterogeneity between the available studies and a gap in the literature on this theme. In the thirdy study, the maternal report on the number of deciduous teeth erupted in their children showed a high correlation with clinical examination in children at 12 months of age. Thus, maternal reporting is a valid and usefull tool to population-based studies. Finally, more longitudinal studies should be performed to increase the knowledge of the factors associated with the number of teeth at 12 months of age.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em OdontologiaUFPelBrasilFaculdade de OdontologiaCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::ODONTOLOGIA::ODONTOPEDIATRIASaúde bucalErupção DentáriaDente DecíduoLactenteRecém-NascidoDesenvolvimento InfantilFatores pré, peri e pós-natais associados à erupção dos dentes deciduos: estudo longitudinal em uma coorte de nascidos vivos e estudo de revisão sistemáticaPre, peri and postnatal factors associated with eruption of deciduous teeth: longitudinal study in a cohort of live births and systematic review studyinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://lattes.cnpq.br/0942247542590867Cademartori, Mariana GonzalezAzevedo, Marina SousaSilveira, Ethieli Rodrigues dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTDissertação_Ethieli Silveira.pdf.txtDissertação_Ethieli Silveira.pdf.txtExtracted texttext/plain471349http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4272/6/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ethieli%20Silveira.pdf.txt93b45b0371e7fccab9af5bb8f6d3847eMD56open accessTHUMBNAILDissertação_Ethieli Silveira.pdf.jpgDissertação_Ethieli Silveira.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1228http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4272/7/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ethieli%20Silveira.pdf.jpgff2a420bd42d435c58b9151e9c3f63a0MD57open accessORIGINALDissertação_Ethieli Silveira.pdfDissertação_Ethieli Silveira.pdfapplication/pdf4762748http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4272/1/Disserta%c3%a7%c3%a3o_Ethieli%20Silveira.pdf446a810941f198ce2b4a14fbae20ba46MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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Recém-Nascido
Desenvolvimento Infantil
description A erupção dos dentes decídos está intimamente ligada com o crescimento e desenvolvimento infantil. Este processo compreende toda a movimentação do elemento dentário, desde a sua posição intraóssea até a oclusão, sendo marcado por questões biológicas, genéticas e ambientais. Diversos fatores vêm sendo citados na literatura como influentes no desenvolvimento da dentição primária, como questões socioeconômicas e demográficas, características maternas e características do bebê, como as medidas antropométricas ao nascimento. Os resultados encontrados na literatura acerca deste tema ainda são conflitantes e poucos estudos, clínicos ou de revisão, apresentam qualidade metodológica satisfatória. Sendo assim, esta tese teve o objetivo de investigar os fatores associados para o número de dentes aos 12 meses de idade. Três artigos a partir deste tema foram desenvolvidos. O primeiro estudo investigou os fatores pre, peri e pós-natais associados ao número de dentes aos 12 meses de idade em crianças participantes da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015. Foi realizado acompanhamento longitudinal das crianças e mães no pré-natal, perinatal e quando a criança tinha 3 e 12 meses de idade. O desfecho investigado foi o número de dentes aos 12 meses de idade e as variáveis exploratórias incluíram hábitos e características maternas, medidas antropométricas de crianças e mães, informações socioeconômicas e demográficas. Os dados foram coletados por meio de entrevistas e exame clínico da mãe e da criança em todas as fases do acompanhamento. Na análise dos dados foram utilizados modelos de regressão de Poisson bruto e ajustado. O segundo estudo foi uma revisão sistemática que investigou a associação entre medidas antropométricas ao nascimento e número de dentes aos 12 meses de idade. Para tal, o relato foi realizado segundo as recomendações do PRISMA. Após a busca em cinco bases de dados, foram realizadas a exclusão de duplicatas, seguida pela seleção dos artigos por título e resumo conforme os critérios de inclusão e exclusão estabelecidos. A segunda parte da seleção incluiu a leitura dos artigos na íntegra. A avaliação do risco de viés foi realizada utilizando a ferramenta Newcastle-Ottawa Quality Assessment Form for Cohort Studies. O terceiro artigo realizou a validação do relato materno sobre do número de dentes das crianças aos 12 meses idade em uma amostra dos participantes da Coorte de Nascimentos de Pelotas de 2015. Para ser incluída neste estudo, a criança deveria ter entre de 11 e 14 meses de idade. A coleta de dados foi realizada nos domicílios, através de entrevista com as mães e exame bucal das crianças. As mães relataram o número de dentes no arco superior e inferior das crianças, e o resultado foi comparado com o número de dentes observados nos exames odontológicos. O nível de concordância entre os dois métodos foi estimado pela concordância observada e pela estatística Kappa. Análises bivariadas foram realizadas para identificar a influência de fatores sociodemográficos no nível de concordância. No primeiro estudo, participaram 4.014 crianças. O número médio de dentes erupcionados foi de 5,5. Após ajustes, estiveram associadas com o desfecho as variáveis cor da pele (p = 0,007), tabagismo materno (p <0,001), ganho de peso durante o período gestacional (p = 0,014), idade gestacional (p <0,001), sexo da criança(p <0,001), medidas antropompetricas ao nascimento, peso (p = 0,021), comprimento (p = 0,003) e perímetro cefálico (p = 0,051) e medidas antropométricas aos 12 meses, peso (p <0,001), comprimento / altura (p = 0,008) e perímetro cefálico (p <0,001). No segundo estudo da tese, 37 artigos sobre o tema, até junho de 2018 foram incluídos; mas apenas dois estudos preencheram os critérios de inclusão. Os resultados da revisão são conflitantes, mas indicam que crianças mais longas ao nascimento apresentam um maior número de dentes aos 12 meses de idade. No entanto, existe uma heterogeneidade alta entre os estudos disponíveis e um gap da literatura neste tema. O terceiro, estudo de validação, obsevou que o relato materno apresentou alto nível de concordância com o exame clínico (p <0,001). Informações sociodemográficas não influenciaram a concordância. Sendo assim, os achados da presente tese demonstram que crianças cujas mães têm cor da pele não branca, fumantes e com ganho de peso excessivo durante o período gestacional apresentam maior número de dentes aos 12 meses de idade. Assim como crianças com período gestacional mais longo, do sexo feminino e com maiores medidas antropométricas ao nascimento e aos 12 meses de idade. O relato materno sobre o número de dentes decíduos aos 12 meses é uma ferramenta válida e confiável para emprego em futuros estudos. E, por fim, mais estudos longitudinais devem ser realizados para ampliar o conhecimento dos fatores associados ao número de dentes aos 12 meses de idade.
publishDate 2018
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