Perímetro cefálico e capital humano: coorte de nascimentos de 1993 de Pelotas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2025
Autor(a) principal: Freire, Marina de Borba Oliveira
Orientador(a): Menezes, Ana Maria Baptista
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/15873
Resumo: O papel da inteligência ao longo da vida está bem estabelecido, com um quociente de inteligência (QI) mais alto sendo associado ao sucesso acadêmico e profissional, maior renda na vida adulta e menores taxas de morbidade e mortalidade. Estudos anteriores demonstraram que o perímetro cefálico está relacionado ao tamanho do cérebro e à aquisição de inteligência. Isso é particularmente relevante porque o perímetro cefálico é uma medida simples, econômica e de fácil aplicação, especialmente em países de baixa e média renda, onde muitas crianças estão em risco de não atingir seu potencial de desenvolvimento devido às adversidades iniciais, incluindo pobreza e problemas nutricionais. Diante disso, a presente tese teve quatro principais objetivos: 1) Avaliar a associação entre o perímetro cefálico e a inteligência, escolaridade, emprego e renda na literatura existente; 2) Investigar a associação entre o perímetro cefálico ao nascimento, o QI e a escolaridade no início da vida adulta, explorando a não linearidade dessa associação; 3) Descrever o perímetro cefálico ao nascimento e seu crescimento durante o primeiro ano de vida e 4) Examinar a relação entre o crescimento do perímetro cefálico durante o primeiro ano de vida e o QI aos 18 anos de idade, visando identificar um período crítico na infância no qual intervenções poderiam ser mais eficazes. Para atingir esses objetivos, realizamos três estudos: uma revisão sistemática com buscas na PubMed, Web of Science, PsycINFO, LILACS, CINAHL, no Repositório Institucional da OMS e no UNICEF Innocenti, bem como dois estudos originais utilizando dados da Coorte de Nascimentos de 1993 de Pelotas. Na revisão sistemática, identificamos uma grande heterogeneidade e inconsistência nas medidas de efeito entre os estudos. Embora tenhamos incluído um número relativamente grande de artigos (N=115), mais de 80% apresentaram limitações significativas, incluindo ajuste inadequado para fatores de confusão e viés de seleção. Perímetros cefálicos maiores foram geralmente associados a um aumento na inteligência e no desempenho acadêmico, mas houve evidências de não linearidade nessas associações. O efeito do perímetro cefálico parece diminuir após os dois anos de idade. Embora as evidências sejam limitadas, perímetros cefálicos maiores também parecem estar associados a melhores níveis de escolaridade e emprego. Nenhum estudo investigou a associação entre perímetro cefálico e renda. Nos artigos originais, o perímetro cefálico ao nascimento foi positivamente associado ao QI aos 18 anos e à escolaridade aos 22 anos, com maiores forças de associação observadas no extremo inferior da distribuição do perímetro cefálico. Independentemente do perímetro cefálico ao nascimento, um aumento de um desvio-padrão (DP) no crescimento relativo do perímetro cefálico durante o primeiro ano de vida foi associado a um aumento de 1,3 pontos no QI na idade adulta (IC 95%: 0,5, 2,1). Esse efeito deve-se principalmente ao crescimento relativo nos primeiros seis meses de vida, enquanto o efeito do crescimento relativo de seis a doze meses pareceu menor ou insignificante. Nossos achados oferecem uma perspectiva encorajadora para indivíduos que enfrentaram adversidades durante a gestação. Embora a associação entre perímetro cefálico ao nascimento e inteligência persista até a vida adulta, crianças que nasceram com perímetros cefálicos menores podem superar essa desvantagem. É importante ressaltar que um crescimento compensatório significativo foi observado na prática, com aumentos de 2, 3 e até 4 DP durante o primeiro ano de vida. Mais pesquisas são necessárias para identificar fatores que influenciam o crescimento do perímetro cefálico nos primeiros seis meses de vida e que possam ser utilizados para guiar intervenções na primeira infância, visando otimizar o desenvolvimento cognitivo.
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spelling 2025-05-05T23:15:35Z2025-05-05T23:15:35Z2025-03-06FREIRE, Marina B. O. Perímetro cefálico e capital humano: coorte de nascimentos de 1993 de Pelotas. Tese (Doutorado) - Programa de Pós-Graduação em Epidemiologia, Faculdade de Medicina, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2025.http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/15873O papel da inteligência ao longo da vida está bem estabelecido, com um quociente de inteligência (QI) mais alto sendo associado ao sucesso acadêmico e profissional, maior renda na vida adulta e menores taxas de morbidade e mortalidade. Estudos anteriores demonstraram que o perímetro cefálico está relacionado ao tamanho do cérebro e à aquisição de inteligência. Isso é particularmente relevante porque o perímetro cefálico é uma medida simples, econômica e de fácil aplicação, especialmente em países de baixa e média renda, onde muitas crianças estão em risco de não atingir seu potencial de desenvolvimento devido às adversidades iniciais, incluindo pobreza e problemas nutricionais. Diante disso, a presente tese teve quatro principais objetivos: 1) Avaliar a associação entre o perímetro cefálico e a inteligência, escolaridade, emprego e renda na literatura existente; 2) Investigar a associação entre o perímetro cefálico ao nascimento, o QI e a escolaridade no início da vida adulta, explorando a não linearidade dessa associação; 3) Descrever o perímetro cefálico ao nascimento e seu crescimento durante o primeiro ano de vida e 4) Examinar a relação entre o crescimento do perímetro cefálico durante o primeiro ano de vida e o QI aos 18 anos de idade, visando identificar um período crítico na infância no qual intervenções poderiam ser mais eficazes. Para atingir esses objetivos, realizamos três estudos: uma revisão sistemática com buscas na PubMed, Web of Science, PsycINFO, LILACS, CINAHL, no Repositório Institucional da OMS e no UNICEF Innocenti, bem como dois estudos originais utilizando dados da Coorte de Nascimentos de 1993 de Pelotas. Na revisão sistemática, identificamos uma grande heterogeneidade e inconsistência nas medidas de efeito entre os estudos. Embora tenhamos incluído um número relativamente grande de artigos (N=115), mais de 80% apresentaram limitações significativas, incluindo ajuste inadequado para fatores de confusão e viés de seleção. Perímetros cefálicos maiores foram geralmente associados a um aumento na inteligência e no desempenho acadêmico, mas houve evidências de não linearidade nessas associações. O efeito do perímetro cefálico parece diminuir após os dois anos de idade. Embora as evidências sejam limitadas, perímetros cefálicos maiores também parecem estar associados a melhores níveis de escolaridade e emprego. Nenhum estudo investigou a associação entre perímetro cefálico e renda. Nos artigos originais, o perímetro cefálico ao nascimento foi positivamente associado ao QI aos 18 anos e à escolaridade aos 22 anos, com maiores forças de associação observadas no extremo inferior da distribuição do perímetro cefálico. Independentemente do perímetro cefálico ao nascimento, um aumento de um desvio-padrão (DP) no crescimento relativo do perímetro cefálico durante o primeiro ano de vida foi associado a um aumento de 1,3 pontos no QI na idade adulta (IC 95%: 0,5, 2,1). Esse efeito deve-se principalmente ao crescimento relativo nos primeiros seis meses de vida, enquanto o efeito do crescimento relativo de seis a doze meses pareceu menor ou insignificante. Nossos achados oferecem uma perspectiva encorajadora para indivíduos que enfrentaram adversidades durante a gestação. Embora a associação entre perímetro cefálico ao nascimento e inteligência persista até a vida adulta, crianças que nasceram com perímetros cefálicos menores podem superar essa desvantagem. É importante ressaltar que um crescimento compensatório significativo foi observado na prática, com aumentos de 2, 3 e até 4 DP durante o primeiro ano de vida. Mais pesquisas são necessárias para identificar fatores que influenciam o crescimento do perímetro cefálico nos primeiros seis meses de vida e que possam ser utilizados para guiar intervenções na primeira infância, visando otimizar o desenvolvimento cognitivo.The role of intelligence throughout the life course is well established, with higher intelligence quotient (IQ) being associated with academic and employment success, higher income in later life, and lower morbidity and mortality rates. Previous studies have shown that head circumference can serve as a reasonable surrogate for brain volume, which may explain its association with intelligence. This is particularly relevant because head circumference is a simple, cost-effective, and easily measurable tool, especially in lowresource settings where both undernutrition and suboptimal development are more prevalent. Given this, this thesis had four primary objectives: 1) To evaluate the association between head circumference and intelligence, schooling, employment, and income in the existing literature; 2) To investigate the association between head circumference at birth, IQ, and educational attainment in young adulthood, exploring the nonlinearity of this relationship; 3) To describe children's head circumference at birth and its growth during the first year of life and 4) To examine the relationship between head circumference growth during the first year of life and IQ at 18 years of age, aiming to identify a critical period in infancy when interventions could be most effective. To achieve these objectives, we conducted three studies: a systematic review with searches on PubMed, Web of Science, PsycINFO, LILACS, CINAHL, the WHO Institutional Repository for Information Sharing, and UNICEF Innocenti, as well as two original studies using data from a population-based birth cohort launched in 1993 in Pelotas, Brazil. We identified significant heterogeneity and inconsistency in effect measures and reported data across studies. Although we included a relatively large number of articles (N=115), over 80% had significant limitations, including inadequate confounder adjustment and severe selection bias. Larger head circumferences were generally associated with increased intelligence and academic performance, but there was evidence of non-linearity in these associations. The relevance of head circumference measurements appears to diminish after two years of age. Although evidence is limited, larger head circumferences also appear to be linked to better educational attainment and employment. However, no study investigated the association between head circumference and income. In our original studies, head circumference at birth was positively associated with both IQ at 18 years and educational attainment at 22 years, with stronger associations observed at the tail of the head circumference distribution. Regardless of head circumference at birth, a one standard deviation (SD) increase in relative head circumference growth during the first year of life was associated with a 1.3-point increase in IQ in young adulthood (95% CI: 0.5, 2.1). This effect was primarily driven by relative growth in the first six months of life, whereas the effect of relative growth from six to twelve months appeared smaller or negligible. Our findings offer an encouraging perspective for individuals who faced adversities during pregnancy. Although the effect of head circumference at birth on later intelligence persists into adulthood, children born with smaller head circumferences can overcome this disadvantage. Importantly, significant catch-up growth was observed in practice, with increases of 2, 3, and even 4 SD during the first year of life. Further research is needed to identify factors influencing head growth in the first six months of life, which could help inform early childhood interventions and optimize cognitive development.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em EpidemiologiaUFPelBrasilCC BY-NC-SAinfo:eu-repo/semantics/openAccessCIENCIAS DA SAUDEMEDICINAEPIDEMIOLOGIAEpidemiologiaPerímetro cefálicoCrescimentoDesenvolvimento cerebralCapital humanoInteligênciaCogniçãoEscolaridadePrimeira infânciaRevisão sistemáticaEstudos de coorteHead circunferenceGrowthBrain developmentHuman capitalIntelligenceCognitionEducational attainmentEarly childhoodSystematic reviewCohort studiesPerímetro cefálico e capital humano: coorte de nascimentos de 1993 de PelotasHead circumference and human capital: Pelotas 1993 birth cohortinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesishttp://lattes.cnpq.br/9077544290993062http://lattes.cnpq.br/3454306274286651Silva, Bruna Gonçalves Cordeiro dahttp://lattes.cnpq.br/6334217884382382Menezes, Ana Maria BaptistaFreire, Marina de Borba Oliveirareponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELORIGINALTese Marina de Borba Oliveira Freire.pdfTese Marina de Borba Oliveira Freire.pdfapplication/pdf4427487http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/15873/1/Tese%20Marina%20de%20Borba%20Oliveira%20Freire.pdfc37d04478c93dd0b06c025f2a5e5c5eaMD51open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; 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