A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: Um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes.
Ano de defesa: | 2018 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia
|
Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5311 |
Resumo: | Esta pesquisa busca analisar como raça, classe e gênero são compreendidas pelo poder judiciário nos processos de feminicídios ocorridos em Pelotas/RS entre os anos de 2012 a 2015, com o intuito de investigar a forma como esses aspectos se apresentam nas demandas e entender quais os mecanismos utilizados pelo judiciário para julgar esses crimes. As doze ações tramitaram na 1ª Vara Criminal do Júri e Vara das Execuções Penais de Pelotas. Quanto ao gênero, no embate entre defesa e acusação, há um esforço dos operadores do direito em criar um “perfil” para a vítima e compreender o motivo que a levou à morte, se ela era uma “mãe responsável”, “mulher direita” ou era “drogada” ou “infiel”. Quanto aos agressores, notou-se que o choque tenta criar uma imagem de um “réu bom” e um “réu ruim”. Identificou-se, ainda, que a maioria das mulheres assassinadas nesse período foi morta por pessoas com quem tinham relações familiares, por companheiros ou ex-companheiros, motivados por ciúme ou inconformidade pelo final do relacionamento. A maioria das vítimas sofria agressões anteriores ou tinham medidas protetivas. A raça é evidenciada através da autodenominação feita no inquérito policial e durante o processo não há qualquer menção sobre o assunto, o que permitiu identificar apenas uma vítima e um réu declarados como pardos; o restante eram brancos. A maioria dos acusados e das vítimas pertenciam a classes menos favorecidas. Notou-se que o procedimento em que o réu tem melhores condições financeiras é melhor “conduzido” e a forma com que se referem ao acusado se difere dos demais. Sendo assim, notou-se que o judiciário filtra as questões as quais quer julgar e deixa de questionar acontecimentos que circundam as causas. O direito “enquadra” os acontecimentos as leis em um processo eminentemente procedimental. A partir do que fora apurado nesta pesquisa, concluiu-se que, por motivos diversos, o sistema de justiça criminal e o Estado não conseguem assegurar a vida das mulheres, nem mesmo aquelas cuja a própria justiça lhes garantira proteção. |
id |
UFPL_4be62dd42fc8a5142621e45c6fed7a0e |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/5311 |
network_acronym_str |
UFPL |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
repository_id_str |
|
spelling |
2020-05-13T16:47:59Z2020-05-112020-05-13T16:47:59Z2018-08-27SILVA, Carolina Freitas de Oliveira. A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes. 2018, 125 f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Sociologia) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Instituto de Filosofia, Sociologia e Política, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2018.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5311Esta pesquisa busca analisar como raça, classe e gênero são compreendidas pelo poder judiciário nos processos de feminicídios ocorridos em Pelotas/RS entre os anos de 2012 a 2015, com o intuito de investigar a forma como esses aspectos se apresentam nas demandas e entender quais os mecanismos utilizados pelo judiciário para julgar esses crimes. As doze ações tramitaram na 1ª Vara Criminal do Júri e Vara das Execuções Penais de Pelotas. Quanto ao gênero, no embate entre defesa e acusação, há um esforço dos operadores do direito em criar um “perfil” para a vítima e compreender o motivo que a levou à morte, se ela era uma “mãe responsável”, “mulher direita” ou era “drogada” ou “infiel”. Quanto aos agressores, notou-se que o choque tenta criar uma imagem de um “réu bom” e um “réu ruim”. Identificou-se, ainda, que a maioria das mulheres assassinadas nesse período foi morta por pessoas com quem tinham relações familiares, por companheiros ou ex-companheiros, motivados por ciúme ou inconformidade pelo final do relacionamento. A maioria das vítimas sofria agressões anteriores ou tinham medidas protetivas. A raça é evidenciada através da autodenominação feita no inquérito policial e durante o processo não há qualquer menção sobre o assunto, o que permitiu identificar apenas uma vítima e um réu declarados como pardos; o restante eram brancos. A maioria dos acusados e das vítimas pertenciam a classes menos favorecidas. Notou-se que o procedimento em que o réu tem melhores condições financeiras é melhor “conduzido” e a forma com que se referem ao acusado se difere dos demais. Sendo assim, notou-se que o judiciário filtra as questões as quais quer julgar e deixa de questionar acontecimentos que circundam as causas. O direito “enquadra” os acontecimentos as leis em um processo eminentemente procedimental. A partir do que fora apurado nesta pesquisa, concluiu-se que, por motivos diversos, o sistema de justiça criminal e o Estado não conseguem assegurar a vida das mulheres, nem mesmo aquelas cuja a própria justiça lhes garantira proteção.This research means to analyze how race, class and gender are understood by the judiciary in the processes of feminicides occurred in Pelotas/RS between the years of 2012 and 2015, in order to investigate the way these aspects are presented in the demands and understand the mechanisms used by the judiciary to prosecute those crimes. The twelve lawsuits were filed in the 1st Criminal Court of the Jury and Court of Penal Executions of Pelotas. As for gender, in the struggle between defense and prosecution there is an effort by law-makers to create a "profile" for the victim and to understand the motive that led to her death, whether she was a "responsible mother", "right woman" or was "drugged" or "unfaithful." As for the aggressors, it was noted that the shock attempts to create an image of a "good defendant" and a "bad defendant." It was also identified that most of the women murdered in this period were killed by people with whom they had family relations, by partners or former partners, motivated by jealousy or non-compliance due to the termination of the relationship. Most of the victims suffered previous aggressions or had protective measures. The race is expressed through the self-identification made in the police investigation and during the process there is no mention on the subject, which allowed to identify only one victim and a defendant declared as brown; the rest were white. The majority of the accused and the victims belonged to the less favored classes. It was noted that the procedure where the defendant has better financial conditions is better "conducted" and the way in which they refer to the accused differs from the others. Thus, it was noted that the judiciary filters the issues it wants to judge and fails to question events that surround the causes. Law "fits" the events in laws in an eminently procedural process. From what has been found in this research, it has been concluded that, for various reasons, the criminal justice system and the state can not ensure the lives of women, not even those whose own justice guaranteed them protection.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em SociologiaUFPelBrasilInstituto de Filosofia, Sociologia e PoliticaCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIASociologiaFeminicídioPelotas (RS)Poder JudiciárioGêneroClasse e raçaSociologyFeminicideJudiciaryGenderClass and raceA justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: Um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes.Justice and feminicide in Pelotas-RS: a study of class, race and gender in these crimes.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/7734647568633265http://lattes.cnpq.br/7994446298778464Freitas, Amílcar Cardoso Vilaça dehttp://lattes.cnpq.br/3263690246028982Spolle, Marcus ViníciusSilva, Carolina Freitas de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTCAROLINA FREITAS DE OLIVEIRA SILVA_Dissertacao.pdf.txtCAROLINA FREITAS DE OLIVEIRA SILVA_Dissertacao.pdf.txtExtracted texttext/plain266578http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/6/CAROLINA%20FREITAS%20DE%20OLIVEIRA%20SILVA_Dissertacao.pdf.txt3575d0bc5b0930b1a9dcd5ae58d9d145MD56open accessTHUMBNAILCAROLINA FREITAS DE OLIVEIRA SILVA_Dissertacao.pdf.jpgCAROLINA FREITAS DE OLIVEIRA SILVA_Dissertacao.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1299http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/7/CAROLINA%20FREITAS%20DE%20OLIVEIRA%20SILVA_Dissertacao.pdf.jpg42971562f9b4e926633a708ad59ba050MD57open accessORIGINALCAROLINA FREITAS DE OLIVEIRA SILVA_Dissertacao.pdfCAROLINA FREITAS DE OLIVEIRA SILVA_Dissertacao.pdfapplication/pdf1786996http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/1/CAROLINA%20FREITAS%20DE%20OLIVEIRA%20SILVA_Dissertacao.pdfaf01c0a4d15e3a3f1fca95ba1c0d5c82MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; charset=utf-849http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/2/license_url4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2fMD52open accesslicense_textlicense_texttext/html; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/3/license_textd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD53open accesslicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-80http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/4/license_rdfd41d8cd98f00b204e9800998ecf8427eMD54open accessLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81866http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/5/license.txt43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9bMD55open accessprefix/53112023-07-13 04:58:29.205open accessoai:guaiaca.ufpel.edu.br:prefix/5311TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEKCkNvbSBhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqiAobyBhdXRvciAoZXMpIG91IG8gdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIApJbnN0aXR1Y2lvbmFsIG8gZGlyZWl0byBuw6NvLWV4Y2x1c2l2byBkZSByZXByb2R1emlyLCAgdHJhZHV6aXIgKGNvbmZvcm1lIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBhIApzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIApmb3JtYXRvcyDDoXVkaW8gb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIG8gRGVwb3NpdGEgcG9kZSwgc2VtIGFsdGVyYXIgbyBjb250ZcO6ZG8sIHRyYW5zcG9yIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBwYXJhIHF1YWxxdWVyIG1laW8gb3UgZm9ybWF0byAKcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIERlcG9zaXRhIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIAplIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gw6kgb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgdm9jw6ogdGVtIG8gcG9kZXIgZGUgY29uY2VkZXIgb3MgZGlyZWl0b3MgY29udGlkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EuIApWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgCmRlIG5pbmd1w6ltLgoKQ2FzbyBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gY29udGVuaGEgbWF0ZXJpYWwgcXVlIHZvY8OqIG7Do28gcG9zc3VpIGEgdGl0dWxhcmlkYWRlIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgdm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgCm9idGV2ZSBhIHBlcm1pc3PDo28gaXJyZXN0cml0YSBkbyBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgcGFyYSBjb25jZWRlciBhbyBEZXBvc2l0YSBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgCm5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLCBlIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGRlIHByb3ByaWVkYWRlIGRlIHRlcmNlaXJvcyBlc3TDoSBjbGFyYW1lbnRlIGlkZW50aWZpY2FkbyBlIHJlY29uaGVjaWRvIG5vIHRleHRvIApvdSBubyBjb250ZcO6ZG8gZGEgcHVibGljYcOnw6NvIG9yYSBkZXBvc2l0YWRhLgoKQ0FTTyBBIFBVQkxJQ0HDh8ODTyBPUkEgREVQT1NJVEFEQSBURU5IQSBTSURPIFJFU1VMVEFETyBERSBVTSBQQVRST0PDjU5JTyBPVSBBUE9JTyBERSBVTUEgQUfDik5DSUEgREUgRk9NRU5UTyBPVSBPVVRSTyAKT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgCkVYSUdJREFTIFBPUiBDT05UUkFUTyBPVSBBQ09SRE8uCgpPIERlcG9zaXRhIHNlIGNvbXByb21ldGUgYSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8gc2V1IG5vbWUgKHMpIG91IG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBkZXRlbnRvcihlcykgZG9zIGRpcmVpdG9zIAphdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufpel.edu.br/oai/requestrippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.bropendoar:2023-07-13T07:58:29Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: Um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes. |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Justice and feminicide in Pelotas-RS: a study of class, race and gender in these crimes. |
title |
A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: Um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes. |
spellingShingle |
A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: Um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes. Silva, Carolina Freitas de Oliveira CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA Sociologia Feminicídio Pelotas (RS) Poder Judiciário Gênero Classe e raça Sociology Feminicide Judiciary Gender Class and race |
title_short |
A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: Um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes. |
title_full |
A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: Um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes. |
title_fullStr |
A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: Um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes. |
title_full_unstemmed |
A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: Um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes. |
title_sort |
A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: Um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes. |
author |
Silva, Carolina Freitas de Oliveira |
author_facet |
Silva, Carolina Freitas de Oliveira |
author_role |
author |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7734647568633265 |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/7994446298778464 |
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv |
Freitas, Amílcar Cardoso Vilaça de |
dc.contributor.advisor-co1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3263690246028982 |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Spolle, Marcus Vinícius |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Carolina Freitas de Oliveira |
contributor_str_mv |
Freitas, Amílcar Cardoso Vilaça de Spolle, Marcus Vinícius |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA |
topic |
CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::SOCIOLOGIA Sociologia Feminicídio Pelotas (RS) Poder Judiciário Gênero Classe e raça Sociology Feminicide Judiciary Gender Class and race |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Sociologia Feminicídio Pelotas (RS) Poder Judiciário Gênero Classe e raça Sociology Feminicide Judiciary Gender Class and race |
description |
Esta pesquisa busca analisar como raça, classe e gênero são compreendidas pelo poder judiciário nos processos de feminicídios ocorridos em Pelotas/RS entre os anos de 2012 a 2015, com o intuito de investigar a forma como esses aspectos se apresentam nas demandas e entender quais os mecanismos utilizados pelo judiciário para julgar esses crimes. As doze ações tramitaram na 1ª Vara Criminal do Júri e Vara das Execuções Penais de Pelotas. Quanto ao gênero, no embate entre defesa e acusação, há um esforço dos operadores do direito em criar um “perfil” para a vítima e compreender o motivo que a levou à morte, se ela era uma “mãe responsável”, “mulher direita” ou era “drogada” ou “infiel”. Quanto aos agressores, notou-se que o choque tenta criar uma imagem de um “réu bom” e um “réu ruim”. Identificou-se, ainda, que a maioria das mulheres assassinadas nesse período foi morta por pessoas com quem tinham relações familiares, por companheiros ou ex-companheiros, motivados por ciúme ou inconformidade pelo final do relacionamento. A maioria das vítimas sofria agressões anteriores ou tinham medidas protetivas. A raça é evidenciada através da autodenominação feita no inquérito policial e durante o processo não há qualquer menção sobre o assunto, o que permitiu identificar apenas uma vítima e um réu declarados como pardos; o restante eram brancos. A maioria dos acusados e das vítimas pertenciam a classes menos favorecidas. Notou-se que o procedimento em que o réu tem melhores condições financeiras é melhor “conduzido” e a forma com que se referem ao acusado se difere dos demais. Sendo assim, notou-se que o judiciário filtra as questões as quais quer julgar e deixa de questionar acontecimentos que circundam as causas. O direito “enquadra” os acontecimentos as leis em um processo eminentemente procedimental. A partir do que fora apurado nesta pesquisa, concluiu-se que, por motivos diversos, o sistema de justiça criminal e o Estado não conseguem assegurar a vida das mulheres, nem mesmo aquelas cuja a própria justiça lhes garantira proteção. |
publishDate |
2018 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2018-08-27 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2020-05-13T16:47:59Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2020-05-11 2020-05-13T16:47:59Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.citation.fl_str_mv |
SILVA, Carolina Freitas de Oliveira. A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes. 2018, 125 f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Sociologia) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Instituto de Filosofia, Sociologia e Política, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2018. |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5311 |
identifier_str_mv |
SILVA, Carolina Freitas de Oliveira. A justiça e os feminicídios em Pelotas-RS: um estudo sobre classe, raça e gênero nesses crimes. 2018, 125 f. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Sociologia) - Programa de Pós-Graduação em Sociologia, Instituto de Filosofia, Sociologia e Política, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2018. |
url |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5311 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pelotas |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Sociologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFPel |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Pelotas |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca instname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) instacron:UFPEL |
instname_str |
Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) |
instacron_str |
UFPEL |
institution |
UFPEL |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
collection |
Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/6/CAROLINA%20FREITAS%20DE%20OLIVEIRA%20SILVA_Dissertacao.pdf.txt http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/7/CAROLINA%20FREITAS%20DE%20OLIVEIRA%20SILVA_Dissertacao.pdf.jpg http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/1/CAROLINA%20FREITAS%20DE%20OLIVEIRA%20SILVA_Dissertacao.pdf http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/2/license_url http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/3/license_text http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/4/license_rdf http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/5311/5/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
3575d0bc5b0930b1a9dcd5ae58d9d145 42971562f9b4e926633a708ad59ba050 af01c0a4d15e3a3f1fca95ba1c0d5c82 4afdbb8c545fd630ea7db775da747b2f d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e 43cd690d6a359e86c1fe3d5b7cba0c9b |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFPel - Guaiaca - Universidade Federal de Pelotas (UFPEL) |
repository.mail.fl_str_mv |
rippel@ufpel.edu.br || repositorio@ufpel.edu.br || aline.batista@ufpel.edu.br |
_version_ |
1797770020536713216 |