Zoneamento ambiental do Parque Estadual do Camaquã-RS: subsídios ao plano de manejo
Ano de defesa: | 2017 |
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Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Geografia
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Instituto de Ciências Humanas
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País: |
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Resumo: | O Parque Estadual do Camaquã é uma unidade de conservação integral do Estado do Rio Grande do Sul, situada entre os municípios de São Lourenço do Sul e Camaquã e criada através do decreto de Lei Estadual 23.798 de 12 de março de 1975 com o objetivo de proteção das matas e banhados da Pacheca e do delta intra-lagunar do rio Camaquã. Após 42 anos, desde o decreto de sua criação, o parque não conta com um plano de manejo ou regularização fundiária, constando apenas em listas oficiais, mas sem ter sua implementação efetivada. Devido à pressão ambiental desencadeada pelas atividades antrópicas vinculadas principalmente às práticas agropecuárias, a necessidade de proteção é urgente, uma vez que o mesmo abriga biodiversidade de transição entre os biomas pampa e mata atlântica, além de possuir um delta intra-lagunar de representatividade regional e grande beleza cênica. Diante destas questões, este trabalho foi desenvolvido com o objetivo de realizar o zoneamento ambiental do Parque Estadual do Camaquã a fim de subsidiar o plano de manejo desta unidade de conservação. Para alcançar o objetivo proposto foi realizada a integração das informações espaciais resultantes da elaboração de dois mapas geomorfológicos e dois mapas de coberturas e usos da terra (ambos referentes aos cenários de 1964 e 2012), além de dados locais e regionais compilados na forma de diagnóstico ambiental. Por meio do diagnóstico ambiental foi possível constatar a fragilidade dos elementos físico-ambientais presentes no parque, bem como compreender o histórico do processo de ocupação regional e local. Já por meio dos mapas geomorfológicos e de cobertura e uso da terra foi possível evidenciar a predominância de superfícies de planície flúvio-lacustre e paleocordões arenosos sustentando coberturas florestais e formações sobre influência flúvio-lacustre, bem como usos da terra voltados às práticas agropastoris que descaracterizaram as coberturas e feições geomorfológicas da área. A partir destes resultados foram delimitadas e espacializadas unidades homogêneas conforme as proposições do roteiro metodológico para o planejamento de unidades de conservação organizado pelo IBAMA (2002) sendo identificadas, delimitadas e analisadas as seguintes zonas: zonas intangíveis, zonas primitivas, zonas de recuperação, zona de uso intensivo e zona de sobreposição indígena. As zonas intangíveis correspondem a 40% do total da área do parque, fator positivo para as ações de preservação ambiental em uma unidade de conservação integral, porém as zonas de recuperação ocupam 34% da área do parque, denotando conflitos espaciais entre as práticas de uso da terra e a conservação da natureza. As zonas primitivas ocupam 17% do parque e possuem um caráter muito dinâmico, comportando as porções sob influência da frente deltaica e as áreas dos pontais do Vitoriano e do Quilombo, pontos com forte influência da dinâmica lagunar. A zona de uso intensivo corresponde a 1% do parque e abrange a vila de Santo Antônio, por fim a zona de sobreposição indígena ocupa 8% da área do parque e se refere à sobreposição dos limites do Parque Estadual do Camaquã com a Reserva Indígena Iguaporã. |
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2019-09-02T12:43:05Z2019-08-292019-09-02T12:43:05Z2017-05-17LOPES, Ândrea Lenise de Oliveira. Zoneamento Ambiental do Parque Estadual do Camaquã/RS: Subsídios ao Plano de Manejo. 2017, 166f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Programa de Pós-graduação em Geografia, Instituto de Ciências Humanas, Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, 2017.http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4727O Parque Estadual do Camaquã é uma unidade de conservação integral do Estado do Rio Grande do Sul, situada entre os municípios de São Lourenço do Sul e Camaquã e criada através do decreto de Lei Estadual 23.798 de 12 de março de 1975 com o objetivo de proteção das matas e banhados da Pacheca e do delta intra-lagunar do rio Camaquã. Após 42 anos, desde o decreto de sua criação, o parque não conta com um plano de manejo ou regularização fundiária, constando apenas em listas oficiais, mas sem ter sua implementação efetivada. 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The park was created by a decree under State Law 23.798 from March 12th 1975, which aims to protect Pacheca’s forests, wetlands, and the Camaquã River intra-lagoon delta. After forty-two years since the issuance of its creation decree, the park’s management plan and land property regularization are found only in official documents, without ever having their implementation performed. The anthropic activity, mainly associated to agricultural practices, has created pressure over the environment, which generates an urgent need for protection since the Park maintains the transitional biodiversity between the Pampa and Atlantic Forest biome, and has a regionally representative intra-lagoon delta of great scenic beauty. Hence, the current work had as an objective the execution of the Camaquã State Park environmental zoning, in order to subsidize this conservation unit’s management plan. The objective was achieved by the integration of spatial information resulting from the preparation of two geomorphology maps, two land cover and land use maps (pertaining the 1964 and 2012 scenarios), and also regional and local compiled data in an environmental diagnosis format. The environmental diagnosis allowed determining the fragility of the physico-environmental elements occurring within the park, as well as to comprehend the regional and local historical occupation process. The geomorphology, land cover and land use maps highlighted predominantly fluvio-lacustrine plain surfaces and sand paleocordons supporting forest land covers, formations under fluvio-lacustrine influence, and agricultural land uses that altered the area’s land cover and geomorphological features. Based on these results, homogeneous units were delineated and spatialized according to the guidelines’ propositions organized by IBAMA (2002) for the planning of conservation units. The following zones were identified, delineated and analyzed: intangible zones, primitive zones, recovery zones, intense use zones and indigenous overlaying zones. The intangible zones are equivalent to 40% of the Park’s total area, showing a positive factor for environmental preservation efforts at a full conservation unit, whereas the recovery zones comprise 34% of the Park’s area, and evidence spatial conflicts between land use practices and the environmental conservation. With very dynamic characteristics, the primitive zones are equivalent to 17% of the Park, and include portions under deltaic front influence, and the Pontal do Vitoriano and Pontal do Quilombo areas that are strongly influenced by the lagoon dynamics. The intense use zone equals to 1% of the Park and includes the Santo Antônio village, while the indigenous overlaying zone is equivalent to 8% of the Park`s area and indicates the overlaying of the Camaquã State Park and the Iguaporã Indigenous Reserve limits.Sem bolsaporUniversidade Federal de PelotasPrograma de Pós-Graduação em GeografiaUFPelBrasilInstituto de Ciências HumanasCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::GEOGRAFIAUnidade de conservação da naturezaAmbientes deltaicosAnálise geomorfológicaOcupação do espaçoPlanejamento ambientalConservation unitDeltaic environmentsGeomorphological analysisOccupation of spaceEnvironmental planningZoneamento ambiental do Parque Estadual do Camaquã-RS: subsídios ao plano de manejoEnvironmental zoning of the Camaquã State Park / RS: subsidies to the management planinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://lattes.cnpq.br/1078137018750448http://lattes.cnpq.br/0532593883570233Trentin, Gracielihttp://lattes.cnpq.br/9302766263624633Simon, Adriano Luís HeckLopes, Ândrea Lenise de Oliveirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFPel - Guaiacainstname:Universidade Federal de Pelotas (UFPEL)instacron:UFPELTEXTÂndrea_Lenise_Oliveira_Lopes_Dissertação.pdf.txtÂndrea_Lenise_Oliveira_Lopes_Dissertação.pdf.txtExtracted texttext/plain308963http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4727/6/%c3%82ndrea_Lenise_Oliveira_Lopes_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.txt9b66bda4179534b22ac327a5bac11d78MD56open accessTHUMBNAILÂndrea_Lenise_Oliveira_Lopes_Dissertação.pdf.jpgÂndrea_Lenise_Oliveira_Lopes_Dissertação.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1229http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4727/7/%c3%82ndrea_Lenise_Oliveira_Lopes_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf.jpg1f8cac720d69e60a774a6927a2ea7f0bMD57open accessORIGINALÂndrea_Lenise_Oliveira_Lopes_Dissertação.pdfÂndrea_Lenise_Oliveira_Lopes_Dissertação.pdfapplication/pdf6883836http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/bitstream/prefix/4727/1/%c3%82ndrea_Lenise_Oliveira_Lopes_Disserta%c3%a7%c3%a3o.pdf05c9c60617619341fbcdea67ec9c88f1MD51open accessCC-LICENSElicense_urllicense_urltext/plain; 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