Habito de frutificação, manejo da poda e qualidade de fruto de mirtilo.

• Ano de defesa: 2014
• Autor(a) principal: Radünz, André Luiz
• Orientador(a): Herter, Flávio Gilberto
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Agronomia
• Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Mirtileiro; Cultivo de base ecológica; Qualidade físico-química; Qualidade fito-química; Acúmulo térmico; Blueberry; Cultivation of ecologically-based; Physico-chemical quality; Phyto- chemical quality; Heat buildup
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS AGRARIAS::AGRONOMIA
• Link de acesso: http://repositorio.ufpel.edu.br/handle/prefix/3014

Na fruticultura estudos que comtemplem o conhecimento sobre o hábito de frutificação, a fenologia e o manejo da poda tem a finalidade de fornecer informações e dados científicos a cadeia produtiva. Em especial aos agricultores, proporcionando condições destes melhorarem o manejo de seu pomar a fim de obter melhores resultados produtivos e qualitativos dos frutos. Neste sentido, o mirtileiro, espécie exótica para as condições Brasileiras, possui características que tornam seu cultivo atrativo para a inserção nas propriedades da região sul do Brasil. Diante desta possibilidade de difusão do cultivo do mirtileiro, bem como a necessidade de conhecer o comportamento da espécie para as condições climáticas do sul do Brasil. Objetivou-se avaliar o hábito produtivo, o desenvolvimento fenológico das plantas e o manejo da poda sobre as características produtivas das plantas e nos atributos qualitativos dos frutos, para as condições da mesorregião de Pelotas, RS. Para a realização da pesquisa, executou-se o experimento em uma propriedade comercial conduzida em sistema de produção de base ecológica, localizada no munícipio de Morro Redondo, RS. Foram utilizadas plantas da cultivar Climax, Bluegem e Powderblue, pertencentes ao grupo Rabbiteye, de baixa exigência em frio. As avaliações realizadas foram, comportamento fenológico, caracterização da cultura quanto ao hábito de frutificação, bem como, a aplicação dos tratamentos com diferentes épocas e intensidades de poda seca. Sendo avaliados durante a colheita, o número de frutos, teor de sólidos solúveis, o pH, a acidez, cor, a relação entre sólidos solúveis e acidez titulável total, antocianinas, fenóis totais, atividade antioxidante e a produção por planta. Os resultados demonstram que o comportamento fenológico das plantas segue um padrão de necessidade térmica para completar o ciclo (em média, 1911, 1927,4 e 2026,5 GD e 176, 177 e 184, respectivamente, para as cultivares Climax, Bluegem e Powderblue). Quanto ao hábito de frutificação foi verificado semelhança entre as cultivares e comprimentos de ramos, no que tange a proporção de gemas vegetativas por floríferas. Em média, para os longos há 10,27 gemas floríferas e para os curtos 6,33 gemas floríferas. O comportamento produtivo do ramos demonstra que quanto mais apical for a gema, maior será o número e a qualidade dos frutos. Quanto ao efeito da intensidade de poda sobre a produção das plantas, verificou-se que a poda leve causou aumento na produção comparado a poda média e normal, para as três cultivares avaliadas. Os atributos de qualidade físico-química foram, em geral, superiores na época de poda normal para as cultivares Clímax e Powderblue. De maneira geral, os dados fenológicos, de caracterização das plantas, quanto ao número e distribuição das gemas, e o efeito desta sobre os frutos, bem como o manejo da poda, associam-se para a determinação de datas mais apropriadas de realização das práticas culturais, podendo servir com indicador para otimizar a utilização da mão de obra na propriedade. Convergindo ainda, para melhorar a produção, sob os aspectos quantitativos e qualitativos dos frutos.