Efeitos de plantas Bt de soja e milho sobre pragas não-alvo e seus inimigos naturais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silva, Gabriela Vieira
Orientador(a): Bueno, Adeney de Freitas
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/30348
Resumo: Resumo: As plantas geneticamente modificadas resistentes a insetos (plantas Bt) tem apresentado eficiência no manejo de pragas em diversas culturas no mundo, mas ainda pouco se conhece sobre seus efeitos em organismos não-alvo (pragas e inimigos naturais). No Brasil, cultiva-se o milho Bt, entre eles o Herculex, que expressa a proteína Cry1F e o PowerCore, que expressa as proteínas Cry1F, Cry1A.105 e Cry2Ab2. A soja transgênica, que expressa a proteína Cry1Ac já foi liberada e em breve deve ser comercializada. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a influência dessas plantas Bt sobre aspectos biológicos de pragas não-alvo e seus inimigos naturais. Foram avaliados os aspectos biológicos de Spodoptera eridania (Cramer, 1784), Spodoptera cosmioides (Walker, 1858) (Lepidoptera: Noctuidae) e Euschistus heros (Fabricius, 1974) (Hemiptera: Pentatomidae) alimentados com a soja Bt MON 87701 x MON 89788 e sua isolinha não Bt, além da biologia comparada dos parasitoides de ovos Telenomus remus (Nixon, 1937) e Telenomus podisi Ashmead (Hymenoptera: Platygastridae) em ovos de S. eridania e E. heros, respectivamente, oriundos de soja Bt (MON 87701 x MON 89788) e sua isolinha não Bt. Para S. cosmioides avaliou-se ainda a biologia e o consumo foliar de lagartas nos milhos Bt (Herculex e PowerCore) assim como na isolinha não Bt. De maneira geral, a soja (Bt e não Bt) se mostrou favorável ao o desenvolvimento de S. eridania e S. cosmioides, visto que os aspectos biológicos avaliados foram pouco afetados pelo consumo de soja Bt. Apenas para S. eridania observou-se a redução de dois dias na fase larval e maior longevidade dos machos adultos quando as lagartas alimentaram-se da soja Bt. Já no milho, S. cosmioides (a única espécie avaliada nessa cultura) apresentou alta mortalidade, tanto nos híbridos transgênicos como na isolinha não transgênica, o que indica que a espécie não apresenta potencial para se tornar praga nessa cultura. A biologia de E. heros não foi alterada pelo consumo de soja Bt comparativamente a sua isolinha não Bt. Com relação aos parasitoides de ovos, para T. remus, o parasitismo foi menor em ovos de S. eridania oriundos de mariposas que, em sua fase larval, se alimentaram de soja Bt. Diferentemente, nenhuma diferença foi observada na biologia de T. podisi parasitando ovos de E. heros alimentados com soja Bt e não Bt. Sendo assim, como os cultivos de plantas Bt são eficientes para as pragas-alvo, a possível redução no uso de inseticidas com a adoção dessa tecnologia, assim como efeitos negativos que a tecnologia pode trazer para alguns inimigos naturais, pode indiretamente favorecer o aumento da ocorrência das pragas não-alvo, que devem ser constantemente monitoradas para que medidas adicionais de controle sejam tomadas sempre que necessário.
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