Intubação orotraqueal no período neonatal e o desenvolvimento de defeito no esmalte de dentes decíduos em crianças prematuras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Melo, Norma Suely Falcão de Oliveira, 1955-
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/27545
Resumo: Resumo: Este estudo teve como objetivo avaliar a relação entre intubação orotraqueal durante o período neonatal e defeitos do esmalte em dentes decíduos de crianças prematuras. Foi um estudo observacional, prospectivo, analítico e com amostragem de conveniência. Foram incluídas na amostra crianças com idade gestacional menor de 37 semanas, com idade entre 2 e 4 anos e com todos os incisivos decíduos. Por meio de um exame bucal foram identificados os defeitos do esmalte baseados no índice de Modified Developmental Defects of Enamel (índice DDE). Foram selecionadas 157 crianças com média de peso de nascimento de 1656,3 ± 627,8 g, idade gestacional de 31,7 ± 2,7 semanas e idade cronológica ao exame de 2,2 ± 0,6 anos de idade. A causa principal do nascimento prematuro foi o trabalho de parto prematuro de causa idiopática. O parto prematuro ocorreu independente do fato das mães (96,8%) terem realizado o acompanhamento pré-natal. As crianças intubadas apresentaram peso de nascimento e idade gestacional significativamente menores quando comparadas às crianças não intubadas. A frequência de defeito do esmalte foi maior (86,3%) entre as crianças intubadas quando comparadas as crianças não intubadas (13,7%). As crianças com defeitos do esmalte apresentaram frequências significativamente maiores de apneia, síndrome do desconforto respiratório, sepse e hemorragia intraventricular. Não houve diferença estatistica significativa entre a frequência de uso de antimicrobianos quando comparadas as crianças com defeitos do esmalte (32,4%) com as crianças com esmalte normal (67,6%). Entre as crianças intubadas, as com defeito do esmalte apresentaram uma mediana de tempo de intubação de 3,5 dias, a qual se mostrou significativamente maior que nas crianças intubadas sem defeito do esmalte, que foi de 2 dias (p=0,01). A análise estatística revelou que a probabilidade de defeito do esmalte mostrou-se inversamente proporcional à idade gestacional. Considerando apenas o grupo de crianças intubadas no período neonatal (n=77), não se observou relação entre defeito do esmalte e idade gestacional, mas relação com tempo de intubação (p < 0,001). Nas 51 crianças com defeito do esmalte a frequência de hipoplasia de esmalte foi maior (70,5%) do que a associação entre hipoplasia e hipomineralização de esmalte (18,2%) e nos casos de hipomineralização de esmalte isolada (11,3%). Nas crianças intubadas, a hipoplasia afetou principalmente o incisivo central superior esquerdo, incisivo lateral superior esquerdo e incisivo central superior direito. A hipoplasia associada a hipomineralização de esmalte foi mais prevalente nas crianças prematuras não intubadas no período neonatal. Conclusão: O defeito do esmalte em dentes decíduos anteriores em crianças prematuras intubadas no período neonatal mostrou-se associado à intubação orotraqueal e ao tempo de intubação.
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