Um Flâneur perdido na Metrópole do Século XIX : História e Literatura em Baudelaire

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2004
Autor(a) principal: Menezes, Marcos Antonio de
Orientador(a): Burmester, Ana Maria de Oliveira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/1884/26486
Resumo: Orientadora: Ana Maria de Oliveira Burmester
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spelling Menezes, Marcos Antonio deUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em HistóriaBurmester, Ana Maria de Oliveira2019-12-03T15:25:32Z2019-12-03T15:25:32Z2004https://hdl.handle.net/1884/26486Orientadora: Ana Maria de Oliveira BurmesterAutor não autorizou a divulgação do arquivo digitalTese(doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciencias Humanas, Letras e Artes, Programa de Pós-Graduaçao em História. Defesa: Curitiba, 2004Inclui bibliografia e notas bibliográficasÁrea de concentraçao: História, cultura, sociedadeResumo: O presente trabalho discute, a partir das poesias de Baudelaire reunidas em Quadros Parisienses do livro As Flores do Mal, a modernidade imposta ao espaço urbano no século XIX. Esta modernização transformou profundamente não só os lugares mas também as pessoas e as relações entre elas. Neste estudo vamos usar a edição bilíngüe - francês/português - de As Flores do Mal. Nossa leitura de Baudelaire se pautará na necessidade apontada por Fredric Jameson de se "restaurar para a superfície do texto a realidade reprimida e soterrada da (...) história". Vamos, assim, ao encontro do que foi exposto na tese VII de Walter Benjamin, Sobre o conceito da história, em que ele afirma que "nunca houve um documento da cultura que não fosse também um documento da barbárie". No primeiro capítulo, o tema da revolução é explorado via leitura das poesias A uma passante e O cisne, reunidas nos Quadros Parisienses. A Revolução de 1848 será pensada através da associação entre as imagens do quadro de Delacroix A Liberdade Conduzindo o Povo, que retrata a Revolução de 1830, e o poema A uma passante, que falaria do "trauma de 1848". No poema O cisne, o tema da revolução está presente outra vez. Por ser alegórico - talvez o mais alegórico de As Flores do Mal - e o mais marcante entre os que têm como tema a cidade, o poema oferece não só elementos para a interpretação do espaço urbano, como também para compreendermos as opções estéticas de Baudelaire. No segundo capítulo, apresento as cidades como sendo, no século XIX, o espaço que mais passou por transformações. Dessa combinação nasce uma paisagem caótica, desconcertante, descrita pela literatura da primeira metade do século XIX. Para Simmel e Benjamin, a cidade - aquela fruto da indústria e técnica do século XIX - criará um indivíduo que não mais consegue associar seu passado ao presente na elaboração do futuro. O terceiro capítulo procura entender as opções estéticas do poeta. A modernidade de Baudelaire traz em si o seu contrário: a resistência à modernidade. O "novo" do poeta é desesperado, que é justamente uma possibilidade de sentido do francês spleen. Ele se torna ambivalente a essa modernidade cuja invenção lhe é atribuída. A visão alegórica de Baudelaire transforma a cidade em ruínas. Neste trabalho, procuramos contribuir para que historiadores não tenham a interdisciplinaridade apenas como retórica, mas façam uso de fato dos novos objetos. Desse modo, incorporamos a possibilidade de a poesia de Baudelaire ser utilizada como referência para os estudos históricos à medida que ela suscita uma reflexão sobre os vários temas que emergiram, em determinado momento, no seio da sociedade - sobretudo na européia. Procuramos, também, contribuir para a história cultural, que a cada dia ganha espaço e adeptos.Abstract: The present work discusses, from the Baudelaire's poetries reunited in Flowers of Evil's (Les Fleurs du Mal) Portraits of Paris (Tableaux Parisiense), the modernity imposed to the urban space at the 19th century. This modernization deeply transformed the places and the people and also the relations between them. In this study we'll use the bilingual edition - French/Portuguese - of Flowers of Evil. Our Baudelaires's lecture will be adjusted by the necessity indicated by Fredric Jameson of "recovering to the text surface the buried and repressed reality of the (...) history". This way, we'll go, to the encouter of what was exposed in the Walter Benjamin's VII thesis, About the concept of history, where he asserts that "there was never a culture document that wasn't a barbary's document too". In the first chapter, the theme of revolution is explored via the poetries' lectures To one passerby woman (A une passante) and The swan (Le cygne) and remited in the Portraits of Paris. The Revolution of 1848 will be thought over the association among the images of the Delacroix's picture, The Liberty conducting the crowd (La Liberté guidant le peuple), that retracts the Revolution of 1830, and the poem To one passerby woman, that would speak about the "trauma of 1848". In the poem The swan, the theme of revolution is present once again. Because it's allegorical - maybe the most allegorical of Flowers of Evil - and the most marking among the texts whose themes are the city, the poem offers not just elements for an urban space interpretation, but also to understand the Baudelaire's aesthetics choices. In the second chapter, we present the cities while, at the 19th century, the space where suffered more transformations. From this combination a chaotical landscape is born, disconcerting, descripted by literature of the 19th century first half. For Simmel and Benjamin, the city - that's the fruit of the 19th century thecnics and industry - will create an individual that don't get more to associate his past at the present to elaborate the future. The third chapter seeks to understand the aesthetical choices of the poet. The Baudelaire's modernity brings inside its contrary: the resistance of modernity. The poet's "new" is desperated, what is precisely one sense possibility of the French spleen. He becomes ambivalent to this modernity whose invention is attributed to him. The allegorical vision of Baudelaire transform the city to ruins. In this work, we seek to contribute that historians get the interdisciplinarity not just as rhetoric but they make use in fact of the new objects. This way, we incorporated the possibility of the Baudelaire's poetry be used by reference to the historical studies by the measure it suscitates a reflection about the several themes that emerged, in a certain moment, from the heart of society - notely in Europe. We looked for, also, to contribute for the cultural history, that every day gets space and adepts.Résumé: Ce travail actuel discute, a partir des poésies de Baudelaire rassemblés dans les Tableaux Parisiens de Les Fleurs du Mal, la modernité imposé à l'espace urbain en siècle XIX. Cette modernisation a transformé profondément non seulement les endroits, mais également les personnes et les relations entre eux. Dans cette étude nous allons employer l'édition bilingue (français/portugais) de Les Fleurs du Mal. Notre lecture de Baudelaire sera réglé dans la nécessité dirigée pour Fredric Jameson de se "restaurer en ce qui concerne la surface du texte la réalité retenue et enterré de (...) de l'histoire". Nous allons, ainsi, au rencontre de la thèse VII de Walter Benjamin, sur le concept de l'histoire, où il affirme que "jamais il a eu un document de la culture qui n'était pas également un document de la barbarie". Dans le premier chapitre, le sujet de la révolution est explorée dans des poésies A Une Passante e Le Cygne dans les Tableaux Parisiens. On pensera la révolution de 1848 par l'association de images de tableau de Delacroix, La Liberté guidant le peuple, où on montre la révolution de 1830 et et le poème A Une Passante, qui parlerait sur le "trauma de 1848". Dans la poésie Le Cygne, le sujet de la révolution est présent une autre heure. Pour être alegorique - peut-être le plus alegorique de Les Fleurs du Mal - et le plus marquant entre lesquels a comme sujet la ville, la poésie offre non seulement des éléments pour l'interprétation de l'espace urbain, en tant qu'aussi pour comprendre les options esthétiques de Baudelaire. Dans le deuxième chapitre, je présent les villes comme représentation, au siècle XIX, de l'espace que davantage a passé pour des transformations. De cette combinaison, naît une paysage chaotique, déroutant, paysage décrit pour la littérature de la première moitié du siècle XIX. Pour Simmel et Benjamin, la ville - fruit de l'industrie et de la technique du siècle XIX - il va créer un individu que n'obtient pas associer son passé au présent dans l'élaboration du futur. Le troisième chapitre recherche comprendre les options esthétiques du poèt. La modernité de Baudelaire apporte en soi même son l'opposé: la résistance à la modernité. Le "neuf" du poèt est désespéré, c'est exactement une possibilité de senti du français spleen. Il devient ambivalent a cette modernité dont l'invention est attribuée à lui. La vision d'alegorique de Baudelaire transforme la ville en ruines. Dans ce travail, nous recherchons contribuer pour les historiens n'aient pas l'interdiscipline seulement comme rhétorique, mais nous servons du fait de nouveaux objets. De cette façon, nous résilions la possibilité de la poésie de Baudelaire être employé comme référence pour les études historiques à la mesure qu'elle excite une réflexion sur divers sujets qui avaient émergée, par un moment dans la société - au-dessus de tous dans l'européia. Nous recherchons, aussi, contribuer pour l'histoire culturelle, qui a chaque jour gagne des espaces et des adeptes.175f. : il., retrs.application/pdfDisponível em formato digital.Baudelaire, Charles Pierri - 1821-1867Literatura - História e críticaHistoria moderna - Séc. 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