Análise do perfil dos visitantes das Ilhas do Superagui e do Mel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Niefer, Inge Andrea
Orientador(a): Silva, João Carlos Garzel Leodoro da, 1961-
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/1884/25404
Resumo: Os objetivos deste trabalho foram analisar os visitantes de duas unidades de conservação e seus entornos no Estado do Paraná: o Parque Nacional do Superagüi e a Estação Ecológica Ilha do Mel. Para este fim foi aplicado um questionário com 37 perguntas qualitativas e quantitativas. O questionário consistiu de cinco partes: características sociodemográficas; características de viagem; consciência e atitudes ambientais; atividades preferidas e motivação; e percepção do destino. Os dados foram coletados através de entrevistas pessoais que na média levaram de 20 a 30 minutos. Aplicaram-se 327 questionários em Superagüi, no período de dezembro de 1998 a maio de 2000, e 392 na Hha do Mel, no período de abril de 2000 a junho de 2000. Verificou-se que há diferenças significativas entre os visitantes das duas ilhas, isto em praticamente todas as características pesquisadas. O público da Ilha do Mel é significativamente mais jovem, o que influi em várias outras variáveis, tais como: estado civil; grau de escolaridade; e situação empregatícia. Entre os visitantes da Ilha do Mel, 84% a conheceram através de amigos/conhecidos/família, enquanto em Superagüi somente 67%. A Ilha do Mel, por ser destino turístico há mais tempo e pelo acesso mais fácil, recebe um número maior de pessoas com visitas repetidas. Turismo foi objetivo de viagem para uma parcela maior dos visitantes da Ilha do Mel, em compensação foram verificados mais pesquisadores em Superagüi. Em relação à consciência ambiental, constatou-se, mesmo podendo ser considerado alta nas duas ilhas, que a dos visitantes da Ilha do Mel foi inferior do que em Superagüi. Um menor número de respondentes na Ilha do Mel sabia que o lugar visitado é uma unidade de conservação. O valor da taxa de visitação que os usuários estão dispostos a pagar era significativamente menor, como também a disposição a seguir as regras a favor da conservação da natureza. O interesse em assuntos socioambientais era significativamente mais alto entre os visitantes de Superagüi. Também estavam dispostos a pagar mais para o uso de técnicas ambientalmente saudáveis do que os entrevistados na Ilha do Mel. O interesse em praticar as 25 atividades turísticas foi significativamente diferente nos dois lugares. A comparação da atitude dos visitantes frente aos problemas mostrou que uma parte dos entrevistados em Superagüi se incomoda muito menos com problemas ligados à infra-estrutura que diminuem o conforto durante a estada. Entre os visitantes de Superagüi houve uma preocupação acentuada com a melhoria da qualidade de vida da comunidade receptora, fato não percebido na Ilha do Mel. Em termos de motivação, mostrou-se que os visitantes de Superagüi têm maior apreço aos valores naturais e culturais e à fuga do estresse da cidade do que os da Ilha do Mel. Foi também realizada uma segmentação por benefícios, mostrando que é possível identificar segmentos entre os visitantes do mesmo local. Em Superagüi foram identificados os seguintes aglomerados (clusters): 1) os indiferentes; 2) os aventureiros não sociáveis; 3) os aventureiros sociáveis; 4) os entusiastas; e 5) os naturalistas não sociáveis. Já na Ilha do Mel identificou-se cinco aglomerados (clusters) diferentes: 1) os aventureiros sociáveis; 2) os naturalistas puros; 3) os entusiastas; 4) os indiferentes; e 5) os naturalistas culturais. Palavras-chave: ecoturismo, turismo sustentável, perfil dos visitantes, unidade de conservação, ilhas, conservação, marketing ambiental, segmentação por benefícios, k-médias.
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Verificou-se que há diferenças significativas entre os visitantes das duas ilhas, isto em praticamente todas as características pesquisadas. O público da Ilha do Mel é significativamente mais jovem, o que influi em várias outras variáveis, tais como: estado civil; grau de escolaridade; e situação empregatícia. Entre os visitantes da Ilha do Mel, 84% a conheceram através de amigos/conhecidos/família, enquanto em Superagüi somente 67%. A Ilha do Mel, por ser destino turístico há mais tempo e pelo acesso mais fácil, recebe um número maior de pessoas com visitas repetidas. Turismo foi objetivo de viagem para uma parcela maior dos visitantes da Ilha do Mel, em compensação foram verificados mais pesquisadores em Superagüi. Em relação à consciência ambiental, constatou-se, mesmo podendo ser considerado alta nas duas ilhas, que a dos visitantes da Ilha do Mel foi inferior do que em Superagüi. Um menor número de respondentes na Ilha do Mel sabia que o lugar visitado é uma unidade de conservação. O valor da taxa de visitação que os usuários estão dispostos a pagar era significativamente menor, como também a disposição a seguir as regras a favor da conservação da natureza. O interesse em assuntos socioambientais era significativamente mais alto entre os visitantes de Superagüi. Também estavam dispostos a pagar mais para o uso de técnicas ambientalmente saudáveis do que os entrevistados na Ilha do Mel. O interesse em praticar as 25 atividades turísticas foi significativamente diferente nos dois lugares. A comparação da atitude dos visitantes frente aos problemas mostrou que uma parte dos entrevistados em Superagüi se incomoda muito menos com problemas ligados à infra-estrutura que diminuem o conforto durante a estada. Entre os visitantes de Superagüi houve uma preocupação acentuada com a melhoria da qualidade de vida da comunidade receptora, fato não percebido na Ilha do Mel. Em termos de motivação, mostrou-se que os visitantes de Superagüi têm maior apreço aos valores naturais e culturais e à fuga do estresse da cidade do que os da Ilha do Mel. Foi também realizada uma segmentação por benefícios, mostrando que é possível identificar segmentos entre os visitantes do mesmo local. Em Superagüi foram identificados os seguintes aglomerados (clusters): 1) os indiferentes; 2) os aventureiros não sociáveis; 3) os aventureiros sociáveis; 4) os entusiastas; e 5) os naturalistas não sociáveis. Já na Ilha do Mel identificou-se cinco aglomerados (clusters) diferentes: 1) os aventureiros sociáveis; 2) os naturalistas puros; 3) os entusiastas; 4) os indiferentes; e 5) os naturalistas culturais. 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