Biologia reprodutiva e estrutura de duas populações de Coscinasterias tenuispina (Lamarck, 1816) (Echinodermata: Asteroidea) na região do Cabo Frio, Rio de Janeiro

• Ano de defesa: 2002
• Autor(a) principal: Alves, Samantha Lee Salgueiro
• Orientador(a): Ventura, Carlos Renato Rezende
• Banca de defesa: Fernandes, Flávio da Costa , Paiva, Paulo Cesar
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio de Janeiro
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia)
• Departamento: Museu Nacional
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Coscinasteris tenuispina; Cabo Frio (RJ); Estrelas-do-mar
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::ZOOLOGIA APLICADA::CONTROLE POPULACIONAL DE ANIMAIS
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11422/3446

A reprodução sexuada e assexuada do asteróide fissíparo Coscinasterias tenuispina foi estuda em duas populações da região do Cabo Frio, Rio de Janeiro entre agosto de 1999 e dezembro de 2000. Uma população encontrava-se na região de infralitoral da Prainha, Arraial do Cabo, enquanto a outra localizava-se na região de entre-marés da Praia da Ferradura, Búzios. Os índices gonadais de ambas as populações revelaram um baixo potencial reprodutivo, e a análise histológica das gônadas registrou que a liberação dos gametas ocorreu durante todo o ano. Não foi observada uma relação inversa entre o índice gonadal e o índice dos cecos pilóricos. A liberação contínua de gametas sugere que larvas sejam formadas durante todo o ano. Contudo, foi registrada uma baixa frequência de indivíduos pequenos (≤ 3mm) em uns poucos meses na Prainha e os mesmos não foram encontrados na Praia da Ferradura. A reprodução assexuada foi estimada com base na frequência de indivíduos recentemente fissionados (com sinais claros de fissão ou com o raio do maior braço em regeneração medindo até ≤ 25 % do raio do maior braço intacto). A frequência de indivíduos recentemente fissionados não apresentou um ciclo anual e não foi inferior a 20% em nenhum dos meses amostrados, o que sugere que a fissão tenha ocorrido durante todo o período de estudo em ambas as populações. O baixo assentamento larval e a alta taxa de fissão sugerem que estas populações sejam mantidas principalmente pela reprodução assexuada.