Variabilidade morfológica e status taxonômico das amostras populacionais do gênero Clyomys (Rodentia: Echimyidae)
Ano de defesa: | 2002 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | , |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio de Janeiro
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia)
|
Departamento: |
Museu Nacional
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | http://hdl.handle.net/11422/3450 |
Resumo: | Duas espécies viventes têm sido tradicionalmente reconhecidas no gênero Clyomys: C. laticeps (Thomas, 1909) e C. bishopi Avila-Pires e Wutke, 1981. A primeira estaria distribuída do Chaco paraguaio ao Cerrado do Centro-Oeste do Brasil, Minas Gerais e Bahia, ao passo que a segunda estaria restrita às regiões de Cerrado de São Paulo. A população do Chaco paraguaio foi reconhecida como uma subespécie de C. laticeps com base em apenas dois espécimes e nomeada C. laticeps whartoni Moojen, 1952. O reconhecimento das populações de São Paulo como um novo táxon baseou-se no maior tamanho corporal e na coloração cinzento-amarelada destes exemplares, em contraste com a mais ruiva de C. laticeps. As duas espécies apresentam número diplóide e morfologia dos cromossomos semelhantes. O acúmulo de um maior número de exemplares e os resultados de análises citogenéticas recentes levantaram questões da real divergência entre estes as formas reconhecidas como espécies, sugerindo uma análise mais abrangente da variabilidade morfológica do gênero. Análises de variabilidade morfométrica e qualitativa do crânio foram confrontadas com descrições da morfologia fálica e do padrão de coloração da pelagem, para um total de 112 exemplares provenientes de 16 localidades foram analisados. Os resultados indicam que: 1) os critérios utilizados para nomear C. bishopi são contestáveis, pois os caracteres diagnósticos da espécie são compartilhados por outras populações fora de São Paulo; 2) não foi observado qualquer caráter morfológico que distinguisse a amostra do Paraguai como uma subespécie de C. laticeps; 3) a história biogeográfica, associada com as restrições ecológicas impostas pela vida semifossorial podem ter contribuído para a variabilidade observada na morfologia do báculo e no cariótipo entre as populações atuais; 4) o tamanho dos animais pode estar relacionado com os fatores climáticos; 5) a coloração da pelagem em Clyomys pode ser resultado de uma seleção positiva daqueles indivíduos com coloração mais críptica com o ambiente. No entanto, 6) uma estruturação morfométrica em dois agrupamentos geográficos foi revelada. Dados adicionais sobre os cariótipos e a diferenciação genética entre diferentes populações poderão fornecer melhores subsídios para inferir sobre o status taxonômico das amostras populacionais de Clyomys. |
id |
UFRJ_d1adb3282ff1917cab0a5834fa8fdccd |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:pantheon.ufrj.br:11422/3450 |
network_acronym_str |
UFRJ |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
repository_id_str |
|
spelling |
Bezerra, Alexandra Maria Ramoshttp://lattes.cnpq.br/3561492834576313http://lattes.cnpq.br/4834787257276439Bonvicino, Cibele Rodrigueshttp://lattes.cnpq.br/1977014753474964Bergallo, Helena de Godoyhttp://lattes.cnpq.br/8806985537528383Oliveira, João Alves de2018-01-12T17:23:22Z2018-01-14T02:00:54Z2002-06-27http://hdl.handle.net/11422/3450Duas espécies viventes têm sido tradicionalmente reconhecidas no gênero Clyomys: C. laticeps (Thomas, 1909) e C. bishopi Avila-Pires e Wutke, 1981. A primeira estaria distribuída do Chaco paraguaio ao Cerrado do Centro-Oeste do Brasil, Minas Gerais e Bahia, ao passo que a segunda estaria restrita às regiões de Cerrado de São Paulo. A população do Chaco paraguaio foi reconhecida como uma subespécie de C. laticeps com base em apenas dois espécimes e nomeada C. laticeps whartoni Moojen, 1952. O reconhecimento das populações de São Paulo como um novo táxon baseou-se no maior tamanho corporal e na coloração cinzento-amarelada destes exemplares, em contraste com a mais ruiva de C. laticeps. As duas espécies apresentam número diplóide e morfologia dos cromossomos semelhantes. O acúmulo de um maior número de exemplares e os resultados de análises citogenéticas recentes levantaram questões da real divergência entre estes as formas reconhecidas como espécies, sugerindo uma análise mais abrangente da variabilidade morfológica do gênero. Análises de variabilidade morfométrica e qualitativa do crânio foram confrontadas com descrições da morfologia fálica e do padrão de coloração da pelagem, para um total de 112 exemplares provenientes de 16 localidades foram analisados. Os resultados indicam que: 1) os critérios utilizados para nomear C. bishopi são contestáveis, pois os caracteres diagnósticos da espécie são compartilhados por outras populações fora de São Paulo; 2) não foi observado qualquer caráter morfológico que distinguisse a amostra do Paraguai como uma subespécie de C. laticeps; 3) a história biogeográfica, associada com as restrições ecológicas impostas pela vida semifossorial podem ter contribuído para a variabilidade observada na morfologia do báculo e no cariótipo entre as populações atuais; 4) o tamanho dos animais pode estar relacionado com os fatores climáticos; 5) a coloração da pelagem em Clyomys pode ser resultado de uma seleção positiva daqueles indivíduos com coloração mais críptica com o ambiente. No entanto, 6) uma estruturação morfométrica em dois agrupamentos geográficos foi revelada. Dados adicionais sobre os cariótipos e a diferenciação genética entre diferentes populações poderão fornecer melhores subsídios para inferir sobre o status taxonômico das amostras populacionais de Clyomys.The genus Clyomys has included two living species, C. laticeps (Thomas, 1909) and C. bishopi Avila-Pires & Wutke, 1981. The first nominal form would range from the Paraguayan Chaco to the states of Minas Gerais and Bahia throughout the Brazilian Cerrado, while the second is known only for regions of Cerrado enclaves of São Paulo state. The population of the Paraguayan Chaco was recognized as a subspecies of Clyomys laticeps on the basis of two individuals, and named C. laticeps whartoni Moojen, 1952. The samples from São Paulo were mainly distinguished by their larger body size and gray-yellowish coloration, in contrast to the smaller and predominantly rufous specimens of C. laticeps. The two species have revealed similar diploid numbers and chromosome morphology. The recent acquisition of larger series, representative of the two nominal forms, as well as the results of cytogenetic analyses of selected individuals prompted the question of the real divergence between the two recognized species, here examined in a more comprehensive analysis of the morphological variability of genus. Morphometric and qualitative analyses of skull morphology were confronted with the qualitative description of phallic morphology and pelage coloration, for a total of 112 specimens from 16 localities. The results indicate that: 1) criteria used to distinguish Clyomys bishopi are contestable, because presumptive diagnostic characters are shared with other populations from outside of São Paulo State; 2) no surveyed morphological character distinguishes the Paraguayan sample from Clyomys laticeps; 3) biogeographic history, associated with ecological restrictions imposed by the semifossorial habit of Clyomys may have contributed for the variability in bacular morphology and karyotype documented in extant populations; 4) variation in size may be related to climatic factors; 5) pelage coloration in Clyomys may have resulted from positive selection of individuals that displayed a more cryptic coloration in relation to the environment. Nevertheless, 6) a morphometric structuring of studied samples in two geographic groups was revealed. Additional karyological and genetic comparisons among different populations may provide a better framework for inferences on the taxonomical status of populational samples of Clyomys.Submitted by Alberto Vieira (martins_vieira@ibest.com.br) on 2018-01-12T17:23:21Z No. of bitstreams: 1 566977.pdf: 8045975 bytes, checksum: 6d30ac980bf68120652390c77e567cec (MD5)Made available in DSpace on 2018-01-12T17:23:22Z (GMT). No. of bitstreams: 1 566977.pdf: 8045975 bytes, checksum: 6d30ac980bf68120652390c77e567cec (MD5) Previous issue date: 2002-06-27CAPESporUniversidade Federal do Rio de JaneiroPrograma de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia)UFRJBrasilMuseu NacionalCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::MORFOLOGIA DOS GRUPOS RECENTESCerradoMorfometriaBiogeografiaRoedoresMammaliaClyomysEchimyidaeVariabilidade morfológica e status taxonômico das amostras populacionais do gênero Clyomys (Rodentia: Echimyidae)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/3450/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINAL566977.pdf566977.pdfapplication/pdf8045975http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/3450/1/566977.pdf6d30ac980bf68120652390c77e567cecMD5111422/34502020-05-27 20:16:23.73oai:pantheon.ufrj.br:11422/3450TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2020-05-27T23:16:23Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Variabilidade morfológica e status taxonômico das amostras populacionais do gênero Clyomys (Rodentia: Echimyidae) |
title |
Variabilidade morfológica e status taxonômico das amostras populacionais do gênero Clyomys (Rodentia: Echimyidae) |
spellingShingle |
Variabilidade morfológica e status taxonômico das amostras populacionais do gênero Clyomys (Rodentia: Echimyidae) Bezerra, Alexandra Maria Ramos CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::MORFOLOGIA DOS GRUPOS RECENTES Cerrado Morfometria Biogeografia Roedores Mammalia Clyomys Echimyidae |
title_short |
Variabilidade morfológica e status taxonômico das amostras populacionais do gênero Clyomys (Rodentia: Echimyidae) |
title_full |
Variabilidade morfológica e status taxonômico das amostras populacionais do gênero Clyomys (Rodentia: Echimyidae) |
title_fullStr |
Variabilidade morfológica e status taxonômico das amostras populacionais do gênero Clyomys (Rodentia: Echimyidae) |
title_full_unstemmed |
Variabilidade morfológica e status taxonômico das amostras populacionais do gênero Clyomys (Rodentia: Echimyidae) |
title_sort |
Variabilidade morfológica e status taxonômico das amostras populacionais do gênero Clyomys (Rodentia: Echimyidae) |
author |
Bezerra, Alexandra Maria Ramos |
author_facet |
Bezerra, Alexandra Maria Ramos |
author_role |
author |
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/3561492834576313 |
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/4834787257276439 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bezerra, Alexandra Maria Ramos |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Bonvicino, Cibele Rodrigues |
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/1977014753474964 |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Bergallo, Helena de Godoy |
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/8806985537528383 |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Oliveira, João Alves de |
contributor_str_mv |
Bonvicino, Cibele Rodrigues Bergallo, Helena de Godoy Oliveira, João Alves de |
dc.subject.cnpq.fl_str_mv |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::MORFOLOGIA DOS GRUPOS RECENTES |
topic |
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::ZOOLOGIA::MORFOLOGIA DOS GRUPOS RECENTES Cerrado Morfometria Biogeografia Roedores Mammalia Clyomys Echimyidae |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cerrado Morfometria Biogeografia Roedores Mammalia Clyomys Echimyidae |
description |
Duas espécies viventes têm sido tradicionalmente reconhecidas no gênero Clyomys: C. laticeps (Thomas, 1909) e C. bishopi Avila-Pires e Wutke, 1981. A primeira estaria distribuída do Chaco paraguaio ao Cerrado do Centro-Oeste do Brasil, Minas Gerais e Bahia, ao passo que a segunda estaria restrita às regiões de Cerrado de São Paulo. A população do Chaco paraguaio foi reconhecida como uma subespécie de C. laticeps com base em apenas dois espécimes e nomeada C. laticeps whartoni Moojen, 1952. O reconhecimento das populações de São Paulo como um novo táxon baseou-se no maior tamanho corporal e na coloração cinzento-amarelada destes exemplares, em contraste com a mais ruiva de C. laticeps. As duas espécies apresentam número diplóide e morfologia dos cromossomos semelhantes. O acúmulo de um maior número de exemplares e os resultados de análises citogenéticas recentes levantaram questões da real divergência entre estes as formas reconhecidas como espécies, sugerindo uma análise mais abrangente da variabilidade morfológica do gênero. Análises de variabilidade morfométrica e qualitativa do crânio foram confrontadas com descrições da morfologia fálica e do padrão de coloração da pelagem, para um total de 112 exemplares provenientes de 16 localidades foram analisados. Os resultados indicam que: 1) os critérios utilizados para nomear C. bishopi são contestáveis, pois os caracteres diagnósticos da espécie são compartilhados por outras populações fora de São Paulo; 2) não foi observado qualquer caráter morfológico que distinguisse a amostra do Paraguai como uma subespécie de C. laticeps; 3) a história biogeográfica, associada com as restrições ecológicas impostas pela vida semifossorial podem ter contribuído para a variabilidade observada na morfologia do báculo e no cariótipo entre as populações atuais; 4) o tamanho dos animais pode estar relacionado com os fatores climáticos; 5) a coloração da pelagem em Clyomys pode ser resultado de uma seleção positiva daqueles indivíduos com coloração mais críptica com o ambiente. No entanto, 6) uma estruturação morfométrica em dois agrupamentos geográficos foi revelada. Dados adicionais sobre os cariótipos e a diferenciação genética entre diferentes populações poderão fornecer melhores subsídios para inferir sobre o status taxonômico das amostras populacionais de Clyomys. |
publishDate |
2002 |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2002-06-27 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2018-01-12T17:23:22Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2018-01-14T02:00:54Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/11422/3450 |
url |
http://hdl.handle.net/11422/3450 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Zoologia) |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFRJ |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
Museu Nacional |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal do Rio de Janeiro |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFRJ instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) instacron:UFRJ |
instname_str |
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
instacron_str |
UFRJ |
institution |
UFRJ |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFRJ |
collection |
Repositório Institucional da UFRJ |
bitstream.url.fl_str_mv |
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/3450/2/license.txt http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/3450/1/566977.pdf |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255 6d30ac980bf68120652390c77e567cec |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1766886472880750592 |