Alcaloides do gênero crotalaria: isolamento, elucidação estrutural, síntese de derivados e potencial biológico.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Negreiros Neto, Themistocles Da Silva
Orientador(a): Giordani, Raquel Brandt
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Programa de pós-graduação em ciências farmacêuticas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26062
Resumo: As espécies do gênero Crotalaria estão distribuídas de forma abundante em zonas tropicais, principalmente na Argentina e no Brasil, devido a sua alta capacidade de adaptação aos mais variados ambientes. No Rio Grande do Norte são encontradas duas espécies de Crotalaria: Crotalaria retusa e Crotalaria pallida. Este trabalho visa à obtenção de extratos enriquecidos em alcaloides assim como o isolamento e caracterização dos mesmos. A partir destes isolados busca-se aproveitar o núcleo base para síntese de novas moléculas bioativas. Os extratos foram preparados por maceração exaustiva com etanol:água (96:4, v/v) e submetidos à extração ácido-base para obtenção de frações enriquecidas em alcaloides. Foram obtidas frações com rendimento satisfatório, o que permitiu o fracionamento e isolamento de alcaloides pirrolizidínicos, dentre eles a monocrotalina, extraída de C. retusa, que foi utilizada para síntese de derivados, e a pallidina, um novo alcaloide extraído de C. pallida. A monocrotalina deu origem a dois derivados semi-sintéticos: retronecina e azida-retronecina. A atividade frente a T. vaginalis foi avaliada e os resultados apontam para o potencial da monocrotalina em inibir o crescimento do parasito em 80% a 1 mg/ml de forma seletiva, uma vez que não é citotóxico frente a células epiteliais vaginais e não é hemolítico. Por outro lado, o derivado retronecina não apresentou atividade anti-tricomonas enquanto o derivado azida mostrou-se mais ativo que a monocrotalina, matando 85 % dos parasitos a 1 mg/ml. Pallidina apresenta características estruturais importantes que a diferem dos alcaloides pirrolizidínicos previamente isolados. Ainda, esse alcaloide foi avaliado frente à atividade antibiofilme e demonstrou a capacidade de inibir mais de 50 % da formação de biofilme de Staphylococcus epidermidis sem apresentar atividade biocida na concentração de 1mg/mL, características desejáveis uma vez que o mecanismo de ação em fatores de virulência contribuem para a não indução de resistência microbiana. Finalmente, sugere-se os alcaloides pirrolizidínicos como sendo promissores protótipos para novos fármacos, especialmente de uso tópico para evitar a hepatotoxicidade, e também, indica-se as condições edafoclimáticas do Rio Grande do Norte como favoráveis para obtenção de novos esqueletos químicos.
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No Rio Grande do Norte são encontradas duas espécies de Crotalaria: Crotalaria retusa e Crotalaria pallida. Este trabalho visa à obtenção de extratos enriquecidos em alcaloides assim como o isolamento e caracterização dos mesmos. A partir destes isolados busca-se aproveitar o núcleo base para síntese de novas moléculas bioativas. Os extratos foram preparados por maceração exaustiva com etanol:água (96:4, v/v) e submetidos à extração ácido-base para obtenção de frações enriquecidas em alcaloides. Foram obtidas frações com rendimento satisfatório, o que permitiu o fracionamento e isolamento de alcaloides pirrolizidínicos, dentre eles a monocrotalina, extraída de C. retusa, que foi utilizada para síntese de derivados, e a pallidina, um novo alcaloide extraído de C. pallida. A monocrotalina deu origem a dois derivados semi-sintéticos: retronecina e azida-retronecina. A atividade frente a T. vaginalis foi avaliada e os resultados apontam para o potencial da monocrotalina em inibir o crescimento do parasito em 80% a 1 mg/ml de forma seletiva, uma vez que não é citotóxico frente a células epiteliais vaginais e não é hemolítico. Por outro lado, o derivado retronecina não apresentou atividade anti-tricomonas enquanto o derivado azida mostrou-se mais ativo que a monocrotalina, matando 85 % dos parasitos a 1 mg/ml. Pallidina apresenta características estruturais importantes que a diferem dos alcaloides pirrolizidínicos previamente isolados. Ainda, esse alcaloide foi avaliado frente à atividade antibiofilme e demonstrou a capacidade de inibir mais de 50 % da formação de biofilme de Staphylococcus epidermidis sem apresentar atividade biocida na concentração de 1mg/mL, características desejáveis uma vez que o mecanismo de ação em fatores de virulência contribuem para a não indução de resistência microbiana. Finalmente, sugere-se os alcaloides pirrolizidínicos como sendo promissores protótipos para novos fármacos, especialmente de uso tópico para evitar a hepatotoxicidade, e também, indica-se as condições edafoclimáticas do Rio Grande do Norte como favoráveis para obtenção de novos esqueletos químicos.Crotalaria is widespread in tropical areas mainly in Argentina and Brazil. Two species of Crotalaria: Crotalaria retusa and Crotalaria pallida could be found in Rio Grande do Norte, Brazil. The aim of this study is to obtain extracts containing alkaloids as well as the isolation and structural characterization of these metabolites. In addition, the potential of the pyrrolizidine alkaloids obtained was evaluated regarding biological properties and synthesis of derivatives. The extracts were prepared by exhaustive maceration with ethanol 96%. The crude extract was subjected to an acid-base extraction to obtain alkaloids-enriched fractions. Additional purification procedures afforded monocrotaline from C. retusa and pallidine from C. pallida. Monocrotaline was submitted to synthesis of two derivatives: retronecine and azide-retronecine. The activity against T. vaginalis was evaluated and the results indicated inhibition on parasite growth of 80% at 1 mg/mL neither cytotoxicity against vaginal epithelial cells nor hemolytic activity. On the other hand, retronecine showed no anti-T. vaginalis activity while azide-retronecine was more active than monocrotaline by killing 85% of the parasites at 1 mg/mL. Pallidine is an uncommon pyrrolizidine alkaloid that has important structural features. Furthermore, pallidine was evaluated against antibiofilm activity and demonstrated the ability to inhibit more than 50% of Staphylococcus epidermidis biofilm formation at 1mg/mL, without providing biocidal activity. It is an outstanding start point to develop new antibiofilm strategies. Finally, the pyrrolizidine alkaloids are suggested as promising prototypes for new drugs as well as our results suggests that the edaphoclimatic conditions of Rio Grande do Norte could affect the biosynthesis of these alkaloids and facilitate the occurrence of new chemical skeletons.poralcaloides pirrolizidínicosCrotalaria retusaCrotalaria pallidamonocrotalinapallidinaT. vaginalissíntese de derivados.Alcaloides do gênero crotalaria: isolamento, elucidação estrutural, síntese de derivados e potencial biológico.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisUFRNBrasilPrograma de pós-graduação em ciências farmacêuticasinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNTEXTAlcaloidesGeneroCrotalaria_NegreirosNeto_2015.pdf.txtAlcaloidesGeneroCrotalaria_NegreirosNeto_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain147826https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26062/2/AlcaloidesGeneroCrotalaria_NegreirosNeto_2015.pdf.txt0966bd602619a35b4ea146b245482087MD52THUMBNAILAlcaloidesGeneroCrotalaria_NegreirosNeto_2015.pdf.jpgAlcaloidesGeneroCrotalaria_NegreirosNeto_2015.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2576https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26062/3/AlcaloidesGeneroCrotalaria_NegreirosNeto_2015.pdf.jpge7d6e44fae643ede32f2f782559fc66eMD53ORIGINALAlcaloidesGeneroCrotalaria_NegreirosNeto_2015.pdfapplication/pdf2179143https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/26062/1/AlcaloidesGeneroCrotalaria_NegreirosNeto_2015.pdf353a193a5bfb9211075d316fbc36574eMD51123456789/260622019-01-30 10:38:26.883oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/26062Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-01-30T13:38:26Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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