O processo de carcinização como um mediador ao dimorfismo sexual e variações morfométricas clinais: ecogeografia em decapoda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Moraes, Sávio Arcanjo Santos Nascimento de
Orientador(a): Freire, Fulvio Aurelio de Morais
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIA
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/46128
Resumo: Decapoda podem ter uma variedade de formas corporais, alongadas para exímia natação, assimétricos, ou simétricos comprimidos com carapaça rígida. Estas denominadas como: ‘Shrimp-like’, ‘Lobster-like’, ‘Squat-lobster-like’, ‘Pagurus-like’ e ‘Crab-like’, que representam morfótipos convergentes em diferentes linhagens filogenéticas. Tal processo é conhecido como Carcinização, série de modificações associados a ocupação de nichos vagos bentônicos em cenário pretérito. Processos de convergência adaptativa dentro de um táxon são pouco investigados, e seus mecanismos em macroescala, como as regras de Rensch (a correlação do dimorfismo sexual de tamanho) e Bergmann (relação positiva entre tamanho médio corporal e latitude). Assim, por meio de modelos regressivos com dados obtidos por uma revisão sistemática e dados coletados (avaliados pela ferramenta de morfometria geométrica: Centroid Size, Form e Shape) descrever/entender as regras ecomorfológicas. Além disso, foi avaliada a variação da forma corporal para comparação interpopulacional entre as espécies de mesmo morfótipos. As famílias revisadas de Crablike mostraram que a relação tamanho de machos e fêmeas seguiu a neutralidade da regra de Rensch. A magnitude do dimorfismo sexual (DS) de tamanho e tamanho de fêmeas mostrou neutralidade da regra de Rensch. Entre tamanho Médio da população e latitude, houve tendência em corroborar com a regra de Bergmann. E na relação DS de tamanho e latitude foi visualizada neutralidade. As informações que envolvem magnitude como variável resposta (Centroid DS, Shape DS e Form DS) mostraram resultados semelhantes tanto em modelos gerais como nas tendências para cada morfótipo, o inverso proposto da regra de Bergmann. Os ectotérmicos possuem uma limitação metabólica baseada no balanço tamanho corporal, amplitude da taxa metabólica e a taxa térmica ótima. A interação Rensch-Bergmann é uma abordagem clinal de Rensch. Isto sugere que alguns traços variam de maneira sistemática com a latitude, sendo a regra de Rensch visualizada em seu grau de magnitude entre as populações e sua tendência geral nas espécies ou linhagens em questão. No geral, foram evidenciadas tendências a direções distintas, mas o sinal entre os morfótipos nem sempre foi conclusivo. As variações do morfo-espaço demostraram que os morfótipos tem tendências a unificação das variações morfométricas. Os deslocamentos vetoriais das ‘homologias evolutivas’ mostram uma ação nem sempre em mesmo sentido, mas a variação é perceptível entre eixos e nas mesmas estruturas para cada grupo.
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Estas denominadas como: ‘Shrimp-like’, ‘Lobster-like’, ‘Squat-lobster-like’, ‘Pagurus-like’ e ‘Crab-like’, que representam morfótipos convergentes em diferentes linhagens filogenéticas. Tal processo é conhecido como Carcinização, série de modificações associados a ocupação de nichos vagos bentônicos em cenário pretérito. Processos de convergência adaptativa dentro de um táxon são pouco investigados, e seus mecanismos em macroescala, como as regras de Rensch (a correlação do dimorfismo sexual de tamanho) e Bergmann (relação positiva entre tamanho médio corporal e latitude). Assim, por meio de modelos regressivos com dados obtidos por uma revisão sistemática e dados coletados (avaliados pela ferramenta de morfometria geométrica: Centroid Size, Form e Shape) descrever/entender as regras ecomorfológicas. Além disso, foi avaliada a variação da forma corporal para comparação interpopulacional entre as espécies de mesmo morfótipos. As famílias revisadas de Crablike mostraram que a relação tamanho de machos e fêmeas seguiu a neutralidade da regra de Rensch. A magnitude do dimorfismo sexual (DS) de tamanho e tamanho de fêmeas mostrou neutralidade da regra de Rensch. Entre tamanho Médio da população e latitude, houve tendência em corroborar com a regra de Bergmann. E na relação DS de tamanho e latitude foi visualizada neutralidade. As informações que envolvem magnitude como variável resposta (Centroid DS, Shape DS e Form DS) mostraram resultados semelhantes tanto em modelos gerais como nas tendências para cada morfótipo, o inverso proposto da regra de Bergmann. Os ectotérmicos possuem uma limitação metabólica baseada no balanço tamanho corporal, amplitude da taxa metabólica e a taxa térmica ótima. A interação Rensch-Bergmann é uma abordagem clinal de Rensch. Isto sugere que alguns traços variam de maneira sistemática com a latitude, sendo a regra de Rensch visualizada em seu grau de magnitude entre as populações e sua tendência geral nas espécies ou linhagens em questão. No geral, foram evidenciadas tendências a direções distintas, mas o sinal entre os morfótipos nem sempre foi conclusivo. As variações do morfo-espaço demostraram que os morfótipos tem tendências a unificação das variações morfométricas. Os deslocamentos vetoriais das ‘homologias evolutivas’ mostram uma ação nem sempre em mesmo sentido, mas a variação é perceptível entre eixos e nas mesmas estruturas para cada grupo.Decapoda can have a variety of body shapes, elongated for superb swimming, asymmetrical, or symmetrically compressed with a hard shell. These are named as: ‘Shrimp-like’, ‘Lobster-like’, ‘Squat-lobster-like’, ‘Pagurus-like’ and ‘Crab-like’, which represent convergent morphotypes in different phylogenetic lineages. This process is known as Carcinization, a series of modifications associated with the occupation of vacant benthic niches in a past scenario. Adaptive convergence processes within the taxa are poorly investigated, and their macroscale mechanisms, such as the Rensch (the correlation of sexual size dimorphism) and Bergmann (positive relationship between mean body size and latitude). Thus, through regressive models with data obtained from a systematic review and collected data (evaluated by the geometric morphometry tool – the information: Centroid Size, Form and Shape) describe/understand the ecomorphological rules. In addition, the variation in body shape was evaluated for interpopulation comparison between species of the same morphotypes. The revised Crab-like families showed a male-female size ratio following the neutrality of Rensch's Rule. The magnitude of sexual dimorphism (SD) of size and size of females showed neutrality of the Rensch Rule. Between Average population size and latitude, there was a tendency to corroborate the Bergmann Rule. And in the DS relation of size and latitude, neutrality was visualized. Information involving magnitude as a response variable (Centroid SD, Shape SD and Form SD) showed similar results both in general models and in trends for each morphotype, the proposed inverse of the Bergmann Rule. Ectotherms have a metabolic limitation based on balance body size, metabolic rate amplitude and optimal thermal rate. The Rensch-Bergmann interaction is a clinal approach to the Rensch’s rule. This suggests that some traits vary systematically with latitude, with Rensch's Rule being visualized in its degree of magnitude among populations and its general trend in the species or lineages in question. Overall, trends in different directions were evidenced, but the sign between morphotypes was not always conclusive. The morpho-space variations showed that morphotypes tend to unify morphometric variations. The vector displacement energies of the 'evolutionary homologies' show an action not always in the same direction, but its variation was noticeable between the axes and in the same structures for each group.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECOLOGIAUFRNBrasilAlometriaMacroecologiaCrustaceaFenótipoCoordenadas de procrustesFitness sexualLatitudeO processo de carcinização como um mediador ao dimorfismo sexual e variações morfométricas clinais: ecogeografia em decapodainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALProcessocarcinizacaomediador_Moraes_2021.pdfapplication/pdf4529263https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/46128/1/Processocarcinizacaomediador_Moraes_2021.pdf02f4edd5507af0b76a19624e6892be29MD51123456789/461282022-05-02 12:21:53.399oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/46128Repositório InstitucionalPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/repositorio@bczm.ufrn.bropendoar:2022-05-02T15:21:53Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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