Geomorfologia e arquitetura interna do vale inciso do rio açu na bacia potiguar imersa (NE Brasil)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Gomes, Moab Praxedes
Orientador(a): Vital, Helenice
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geodinâmica e Geofísica
Departamento: Centro de Ciências Exatas e da Terra
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/27205
Resumo: O arcabouço tectono-sedimentar de uma bacia marginal contém traços da história marinha e continental de certa porção do planeta Terra. A evolução de margens passivas, especificamente sobre plataformas continentais, tem sido intensamente estudada neste último século, devido o interesse científico e econômico. Adicionalmente, os últimos avanços das tecnologias de investigação dos estudos marinhos mudaram de descritivos para quantitativos e baseados em conjuntos de dados de diferentes fontes. Esta Tese apresenta a integração de dados multidisciplinares (imagens LandSat, gravimetria, altimetria, batimetria monofeixe, sonografia, sísmica rasa, sedimentologia, correntes e observações através de mergulho SCUBA) que permitiu a análise da expressão geomorfológica da Plataforma Continental norte do estado Rio Grande do Norte (NE, Brasil) e sua correlação com as suas últimas fases de sedimentação no contexto tectonosedimentar da Bacia Potiguar imersa, incluindo as flutuações glacioeustásicas no Quaternário, exposição subaérea pré-Holoceno, o estabelecimento de correntes plataformais no Holoceno, e a reativação tectônica de falhas pré-Cenozóicas. Essa plataforma continental é rasa e estreita, podendo ser dividida em interna, média e externa, e abriga diversas feições geomorfológicas. Sobre ela encontra-se o vale inciso do Rio Açu, elemento chave no último registro estratigráfico transgressivo da plataforma. A morfologia do vale inciso do Rio Açu se alinha com o eixo central da Bacia Potiguar e é fortemente influenciada pela tectônica no contexto do Domínio da Margem Equatorial Atlântica, tendo controlado seu preenchimento sedimentar durante a transgressão, os processos hidrodinâmicos plataformais e a dispersão dos sedimentos carbonáticos e siliciclásticos em períodos de mar alto. Campos de recifes, com colônias coralinas, foram encontrados submersos entre 20 e 40 m, o que permitiu inferências sobre sedimentação mista das épocas Pleistocênica e Holocênica. Esses resultados contribuem para o estudo das condições paleo-ambientais do Quaternário, de análogos de reservatórios, de modelos deposicionais marinhos rasos tropicais e de alta energia, exploração de hidrocarbonetos, geotecnia, navegação e ambiental.
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A evolução de margens passivas, especificamente sobre plataformas continentais, tem sido intensamente estudada neste último século, devido o interesse científico e econômico. Adicionalmente, os últimos avanços das tecnologias de investigação dos estudos marinhos mudaram de descritivos para quantitativos e baseados em conjuntos de dados de diferentes fontes. Esta Tese apresenta a integração de dados multidisciplinares (imagens LandSat, gravimetria, altimetria, batimetria monofeixe, sonografia, sísmica rasa, sedimentologia, correntes e observações através de mergulho SCUBA) que permitiu a análise da expressão geomorfológica da Plataforma Continental norte do estado Rio Grande do Norte (NE, Brasil) e sua correlação com as suas últimas fases de sedimentação no contexto tectonosedimentar da Bacia Potiguar imersa, incluindo as flutuações glacioeustásicas no Quaternário, exposição subaérea pré-Holoceno, o estabelecimento de correntes plataformais no Holoceno, e a reativação tectônica de falhas pré-Cenozóicas. Essa plataforma continental é rasa e estreita, podendo ser dividida em interna, média e externa, e abriga diversas feições geomorfológicas. Sobre ela encontra-se o vale inciso do Rio Açu, elemento chave no último registro estratigráfico transgressivo da plataforma. A morfologia do vale inciso do Rio Açu se alinha com o eixo central da Bacia Potiguar e é fortemente influenciada pela tectônica no contexto do Domínio da Margem Equatorial Atlântica, tendo controlado seu preenchimento sedimentar durante a transgressão, os processos hidrodinâmicos plataformais e a dispersão dos sedimentos carbonáticos e siliciclásticos em períodos de mar alto. Campos de recifes, com colônias coralinas, foram encontrados submersos entre 20 e 40 m, o que permitiu inferências sobre sedimentação mista das épocas Pleistocênica e Holocênica. Esses resultados contribuem para o estudo das condições paleo-ambientais do Quaternário, de análogos de reservatórios, de modelos deposicionais marinhos rasos tropicais e de alta energia, exploração de hidrocarbonetos, geotecnia, navegação e ambiental.The tectonic-sedimentary framework of a marginal basin contains traces of the marine and continental history of certain portion of planet Earth. The evolution of passive margins, specifically on continental shelves, has been intensively studied over the last century, because of the economic and scientific interests. Moreover, the recent methodological and technical advances in field data collection and analysis have transformed shallow marine studies from descriptive to quantitative and based on integration of different datasets. This Thesis presents the integration of multidisciplinary data (Landsat images, gravimetry, altimetry, singlebeam bathymetry, sonography, shallow seismic, sedimentology, current measurements and observations by SCUBA diving) which allowed the analysis of geomorphological expression of the northern Continental Shelf of the Rio Grande Norte state (NE-Brazil) and its correlation with their last phases of sedimentation in the context of the submerged Potiguar Basin, including sea-level fluctuations in the Quaternary, pre-Holocene subaerial exposure, the establishment of the Holocene currents on continental shelf, and pre-Cenozoic tectonic fault reactivation. This shelf is shallow, narrow and can be divided into inner, middle and outer shelf, and displays several geomorphological features. Its geometry and morphology is controlled by neotectonics. On it, there is an incised valley of the Rio Acu, a key element in the last stratigraphic record of Holocene transgression. The morphology of the Açu incised valley aligns with the central axis of Potiguar Basin and is strongly influenced by neotectonics in the context of the Domain Equatorial Atlantic Margin. The incised valley-fill was controlled by the morphology during transgression, as well as the morphology constraints the hydrodynamic processes and dispersal of siliciclastic and carbonate sediments during periods of highstand. Patch reefs, with coraline algae colonies were found between 20 and 40 m water depth. It allowed inferences about the mixed sedimentation in the Pleistocene and Holocene. These results contribute to the study of paleo-environmental conditions of the Quaternary, analogues reservoirs, shallow marine depositional models of high-energy tropical shelf, hydrocarbon exploration, geotechnical, environmental matters, navigation and others.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)Universidade Federal do Rio Grande do NortePrograma de Pós-Graduação em Geodinâmica e GeofísicaUFRNBrasilCentro de Ciências Exatas e da TerraCNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::GEOCIENCIAS::GEOMORFOLOGIAPlataforma continental norteVale do incisoBacia potiguarGeomorfologia e arquitetura interna do vale inciso do rio açu na bacia potiguar imersa (NE Brasil)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNinfo:eu-repo/semantics/openAccessTEXTGeomorfologiaArquitetura_Gomes_2012.pdf.txtGeomorfologiaArquitetura_Gomes_2012.pdf.txtExtracted texttext/plain326089https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27205/3/GeomorfologiaArquitetura_Gomes_2012.pdf.txta2c8884802e82135a00172af19617786MD53THUMBNAILGeomorfologiaArquitetura_Gomes_2012.pdf.jpgGeomorfologiaArquitetura_Gomes_2012.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1334https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27205/4/GeomorfologiaArquitetura_Gomes_2012.pdf.jpg0125e776e667f2b592fa7e6f7b9833ecMD54ORIGINALGeomorfologiaArquitetura_Gomes_2012.pdfGeomorfologiaArquitetura_Gomes_2012.pdfapplication/pdf18567656https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27205/1/GeomorfologiaArquitetura_Gomes_2012.pdf7e3940ac81825b18bf2b7aa228a0b862MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81484https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/27205/2/license.txte9597aa2854d128fd968be5edc8a28d9MD52123456789/272052019-06-23 02:18:23.342oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/27205Tk9OLUVYQ0xVU0lWRSBESVNUUklCVVRJT04gTElDRU5TRQoKCkJ5IHNpZ25pbmcgYW5kIGRlbGl2ZXJpbmcgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBNci4gKGF1dGhvciBvciBjb3B5cmlnaHQgaG9sZGVyKToKCgphKSBHcmFudHMgdGhlIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIFJpbyBHcmFuZGUgZG8gTm9ydGUgdGhlIG5vbi1leGNsdXNpdmUgcmlnaHQgb2YKcmVwcm9kdWNlLCBjb252ZXJ0IChhcyBkZWZpbmVkIGJlbG93KSwgY29tbXVuaWNhdGUgYW5kIC8gb3IKZGlzdHJpYnV0ZSB0aGUgZGVsaXZlcmVkIGRvY3VtZW50IChpbmNsdWRpbmcgYWJzdHJhY3QgLyBhYnN0cmFjdCkgaW4KZGlnaXRhbCBvciBwcmludGVkIGZvcm1hdCBhbmQgaW4gYW55IG1lZGl1bS4KCmIpIERlY2xhcmVzIHRoYXQgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBpdHMgb3JpZ2luYWwgd29yaywgYW5kIHRoYXQKeW91IGhhdmUgdGhlIHJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSByaWdodHMgY29udGFpbmVkIGluIHRoaXMgbGljZW5zZS4gRGVjbGFyZXMKdGhhdCB0aGUgZGVsaXZlcnkgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50IGRvZXMgbm90IGluZnJpbmdlLCBhcyBmYXIgYXMgaXQgaXMKdGhlIHJpZ2h0cyBvZiBhbnkgb3RoZXIgcGVyc29uIG9yIGVudGl0eS4KCmMpIElmIHRoZSBkb2N1bWVudCBkZWxpdmVyZWQgY29udGFpbnMgbWF0ZXJpYWwgd2hpY2ggZG9lcyBub3QKcmlnaHRzLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBvYnRhaW5lZCBhdXRob3JpemF0aW9uIGZyb20gdGhlIGhvbGRlciBvZiB0aGUKY29weXJpZ2h0IHRvIGdyYW50IHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlIHRoZSByaWdodHMgcmVxdWlyZWQgYnkgdGhpcyBsaWNlbnNlLCBhbmQgdGhhdCB0aGlzIG1hdGVyaWFsIHdob3NlIHJpZ2h0cyBhcmUgb2YKdGhpcmQgcGFydGllcyBpcyBjbGVhcmx5IGlkZW50aWZpZWQgYW5kIHJlY29nbml6ZWQgaW4gdGhlIHRleHQgb3IKY29udGVudCBvZiB0aGUgZG9jdW1lbnQgZGVsaXZlcmVkLgoKSWYgdGhlIGRvY3VtZW50IHN1Ym1pdHRlZCBpcyBiYXNlZCBvbiBmdW5kZWQgb3Igc3VwcG9ydGVkIHdvcmsKYnkgYW5vdGhlciBpbnN0aXR1dGlvbiBvdGhlciB0aGFuIHRoZSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gR3JhbmRlIGRvIE5vcnRlLCBkZWNsYXJlcyB0aGF0IGl0IGhhcyBmdWxmaWxsZWQgYW55IG9ibGlnYXRpb25zIHJlcXVpcmVkIGJ5IHRoZSByZXNwZWN0aXZlIGFncmVlbWVudCBvciBhZ3JlZW1lbnQuCgpUaGUgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZG8gUmlvIEdyYW5kZSBkbyBOb3J0ZSB3aWxsIGNsZWFybHkgaWRlbnRpZnkgaXRzIG5hbWUgKHMpIGFzIHRoZSBhdXRob3IgKHMpIG9yIGhvbGRlciAocykgb2YgdGhlIGRvY3VtZW50J3MgcmlnaHRzCmRlbGl2ZXJlZCwgYW5kIHdpbGwgbm90IG1ha2UgYW55IGNoYW5nZXMsIG90aGVyIHRoYW4gdGhvc2UgcGVybWl0dGVkIGJ5CnRoaXMgbGljZW5zZQo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-06-23T05:18:23Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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