Comunicação popular e insurgente da Boa Esperança: entre território, memória e histórias de vida em "Lagoas do norte para quem?"
Ano de defesa: | 2023 |
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Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal do Rio Grande do Norte
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: | |
Área do conhecimento CNPq: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55369 |
Resumo: | A pesquisa teve como objetivo analisar a comunicação insurgente e popular junto aos saberes e práticas dos atingidos do Programa Lagoas do Norte em defesa do direito à cidade, em Teresina-PI. Mapeamos a comunicação junto aos atingidos/as pelo Programa Lagoas do Norte juntos de todos processos comunicativos. O recorte territorial foi na avenida Boa Esperança; e de lá vem a ação da história/memória da comunidade e descrevemos os fundamentos das sabedorias comunitárias. Nos serviu de aporte teórico a abordagem transmetodológica (EFENDY, 2016), construimos um método-caminhada que se vale da conversidade (FLEURI, 2019); a Produção Horizontal do Conhecimento (BERKIN, 2019); a Cartografia Social (ACSERALD, 2010) e Cartografia sentimental (ROLNIK, 1989). A produção de dados, tece diálogos com a oralidade e as histórias de vida, propondo um processo participativo comunitário para composição do mosaico das memórias locais. Neste percurso, caminhamos com autores que confrontam a colonialidade do saber/poder como Bispo dos Santos (2015); Quijano (2013); Villanueva (2017;2018); Krenak (2019); Ramose (1999); Mignolo (2019); Rodrigues (2021); Cusicanqui (2018), além da educação popular freireana. Com estes referentes encontramos a quadruple potência comunicativa que se apresenta por meio da mobilização, informação, educação popular e auto-organização, a qual chamamos de circularidade das confluências comunicativas. As conclusões desvelam uma comunicação que insurge das epistemes e antologias ancestrais guardadas pela comunidade, e que nos convidam à comunicação integral, holística e ativa, desde as filosofias do Bem Viver e Ubuntu. Essa tese fortalece a comunidade, a pesquisa em comunicação e a academia, pois permite tecer teoricamente na ciência do comum (SODRÉ, 2015): que é comunicar, sentir, ouvir e estar sempre atento a todos os ruídos nos movimentos da vida que pulsa. O comum é a vida falada e vivida da enunciação coletiva, onde há sempre o eco de inúmeras vozes que demandam espaço para dizer a palavra coletiva. |
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Santos, Sarah Fontenellehttps://orcid.org/0000-0003-4021-5260http://lattes.cnpq.br/8353584563493158http://lattes.cnpq.br/2258546985285753Borges, Jóina FreitasCosta, Luciana MirandaMedeiros, Lucineide BarrosVeloso, Maria do Socorro FurtadoPavan, Maria Ângela2023-11-17T00:16:42Z2023-11-17T00:16:42Z2023-02-27SANTOS, Sarah Fontenelle. Comunicação popular e insurgente da Boa Esperança: entre território, memória e histórias de vida em "Lagoas do norte para quem?". Orientadora: Dra. Maria Ângela Pavan. 2023. 264f. Tese (Doutorado em Estudos da Mídia) - Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2023.https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55369A pesquisa teve como objetivo analisar a comunicação insurgente e popular junto aos saberes e práticas dos atingidos do Programa Lagoas do Norte em defesa do direito à cidade, em Teresina-PI. Mapeamos a comunicação junto aos atingidos/as pelo Programa Lagoas do Norte juntos de todos processos comunicativos. O recorte territorial foi na avenida Boa Esperança; e de lá vem a ação da história/memória da comunidade e descrevemos os fundamentos das sabedorias comunitárias. Nos serviu de aporte teórico a abordagem transmetodológica (EFENDY, 2016), construimos um método-caminhada que se vale da conversidade (FLEURI, 2019); a Produção Horizontal do Conhecimento (BERKIN, 2019); a Cartografia Social (ACSERALD, 2010) e Cartografia sentimental (ROLNIK, 1989). A produção de dados, tece diálogos com a oralidade e as histórias de vida, propondo um processo participativo comunitário para composição do mosaico das memórias locais. Neste percurso, caminhamos com autores que confrontam a colonialidade do saber/poder como Bispo dos Santos (2015); Quijano (2013); Villanueva (2017;2018); Krenak (2019); Ramose (1999); Mignolo (2019); Rodrigues (2021); Cusicanqui (2018), além da educação popular freireana. Com estes referentes encontramos a quadruple potência comunicativa que se apresenta por meio da mobilização, informação, educação popular e auto-organização, a qual chamamos de circularidade das confluências comunicativas. As conclusões desvelam uma comunicação que insurge das epistemes e antologias ancestrais guardadas pela comunidade, e que nos convidam à comunicação integral, holística e ativa, desde as filosofias do Bem Viver e Ubuntu. Essa tese fortalece a comunidade, a pesquisa em comunicação e a academia, pois permite tecer teoricamente na ciência do comum (SODRÉ, 2015): que é comunicar, sentir, ouvir e estar sempre atento a todos os ruídos nos movimentos da vida que pulsa. O comum é a vida falada e vivida da enunciação coletiva, onde há sempre o eco de inúmeras vozes que demandam espaço para dizer a palavra coletiva.This research aimed to analyze insurgent and popular communication within the knowledge and practices of the affected individuals of the Lagoas do Norte Program in defense of the right to the city in Teresina-PI. We mapped communication within the affected individuals of the Lagoas do Norte Program and all communicative processes. The territorial focus was on Boa Esperança Avenue, from where the community's history/memory action originates, and we described the foundations of community wisdom. Theoretical support was provided by the transmethodological approach (EFENDY, 2016). We developed a method-walk that employs conversivity (FLEURI, 2019), Horizontal Knowledge Production (BERKIN, 2019), Social Cartography (ACSERALD, 2010), and Sentimental Cartography (ROLNIK, 1989). Data production engages with orality and life stories, proposing a participatory community process to compose the mosaic of local memories. Along this journey, we walked with authors who confront the coloniality of knowledge/power such as Bispo dos Santos (2015), Quijano (2013), Villanueva (2017;2018), Krenak (2019), Ramose (1999), Mignolo (2019), Rodrigues (2021), Cusicanqui (2018), and Freirean popular education. With these references, we discovered the quadruple communicative power that manifests through mobilization, information, popular education, and self-organization, which we call the circularity of communicative convergences. The conclusions unveil a communication that emerges from the ancestral epistemes and anthologies preserved by the community, inviting us to comprehensive, holistic, and active communication, rooted in the philosophies of Well Living and Ubuntu. This thesis strengthens the community, communication research, and academia, as it allows us to theoretically weave in the science of the common (SODRÉ, 2015): which is to communicate, feel, listen, and always be attentive to all the noises in the movements of pulsating life. The common is the spoken and lived life of collective enunciation, where there is always the echo of countless voices demanding space to utter the collective word.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESConselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPqUniversidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIAUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAOComunicação popular insurgenteAnticolonialidadeTerritórioComunicação popular e insurgente da Boa Esperança: entre território, memória e histórias de vida em "Lagoas do norte para quem?"info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALComunicacaopopularinsurgente_Santos_2023.pdfapplication/pdf8765971https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/55369/1/Comunicacaopopularinsurgente_Santos_2023.pdf7f813f18dcf57b76771ff00aaa052f3eMD51123456789/553692023-11-16 21:17:15.432oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/55369Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2023-11-17T00:17:15Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false |
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