Efeitos da administração aguda e crônica de topiramato sobre as respostas comportamentais de ratos naive e abstinentes ao etanol

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ayres, Décio Dutra Junqueira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOS
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/22899
Resumo: O topiramato é um agente antiepiléptico que tem se mostrado promissor no tratamento da enxaqueca, controle da obesidade e em diversos transtornos psiquiátricos, incluindo o transtorno bipolar. Estudos clínicos apontam o uso do topiramato para alívio da impulsividade comportamental associada ao consumo abusivo, fissura e sintomas psíquicos decorrentes da retirada do etanol. Considerando o perfil farmacocinético, farmacodinâmico e a alta tolerabilidade do topiramato na clínica comparada aos ansiolíticos e antidepressivos disponíveis, é de grande interesse investigar o potencial ansiolítico e antidepressivo deste fármaco em ratos naive e abstinentes ao etanol. No presente estudo, foi investigado se o tratamento agudo e crônico com topiramato altera comportamentos relacionados à ansiedade, à depressão, e aos decorrentes da retirada do etanol após consumo crônico forçado. Ratos Wistar adultos machos foram tratados com topiramato (10 e 40 mg/Kg/mL) ou solução salina, por gavagem, 60 minutos antes dos testes do labirinto em cruz elevado (LCE), campo aberto (CA) e teste de natação forçada (TNF). Observou-se que tanto a administração aguda quanto a administração crônica do topiramato (40 mg/Kg/mL) promoveu ação ansiolítica em animais naive e ação antidepressiva, após tratamento agudo, sem alteração da atividade locomotora. Em outra série experimental, ratos foram submetidos a concentrações crescentes de etanol (2-6%) durante 21 dias, como única fonte de dieta líquida, enquanto que o grupo controle recebeu água ad libitum. Após a exposição crônica, o etanol foi substituído por água e os animais foram avaliados no LCE, CA, rota-rod, reconhecimento de objetos e TNF. Os ratos expostos cronicamente ao etanol exibiram comportamento ansiogênico, 72 h após a retirada da droga. Além disso, déficits de memória e comportamento do tipo depressivo, sem alteração na atividade locomotora e coordenação motora, foram observados em ratos abstinentes em longo prazo. Em uma terceira etapa desta pesquisa, foi avaliado o efeito da administração aguda e crônica de topiramato (40 mg/Kg/mL) no LCE, CA e TNF em ratos abstinentes (a curto e longo prazo) ou não abstinentes a exposição forçada com etanol por 21 dias. A administração aguda e crônica com topiramato (40 mg/Kg/mL) reverteu o comportamento ansiogênico de ratos abstinentes em curto e longo prazo, sem afetar a locomoção. No entanto, a administração crônica de topiramato não contrabalanceou o comportamento do tipo depressivo de ratos abstinentes ao etanol. Em conclusão, o topiramato induziu um efeito ansiolítico após a administração aguda e crônica em ratos naive e abstinentes ao etanol. Também foi visto que, a administração aguda do topiramato provoca ação do tipo antidepressiva em ratos naive, porém este efeito se dissipa após tratamento crônico. O modelo animal aqui proposto para estudar o efeito da retirada do etanol simula os comportamentos ansiogênicos e depressivos encontrados em humanos. Neste modelo, o topiramato não foi bem sucedido em aliviar o comportamento tipo depressivo de ratos abstinentes. Contudo, topiramato parece ser uma opção terapêutica relevante para o tratamento da ansiedade, inclusive aquela provocada pela retirada do etanol.
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Considerando o perfil farmacocinético, farmacodinâmico e a alta tolerabilidade do topiramato na clínica comparada aos ansiolíticos e antidepressivos disponíveis, é de grande interesse investigar o potencial ansiolítico e antidepressivo deste fármaco em ratos naive e abstinentes ao etanol. No presente estudo, foi investigado se o tratamento agudo e crônico com topiramato altera comportamentos relacionados à ansiedade, à depressão, e aos decorrentes da retirada do etanol após consumo crônico forçado. Ratos Wistar adultos machos foram tratados com topiramato (10 e 40 mg/Kg/mL) ou solução salina, por gavagem, 60 minutos antes dos testes do labirinto em cruz elevado (LCE), campo aberto (CA) e teste de natação forçada (TNF). Observou-se que tanto a administração aguda quanto a administração crônica do topiramato (40 mg/Kg/mL) promoveu ação ansiolítica em animais naive e ação antidepressiva, após tratamento agudo, sem alteração da atividade locomotora. Em outra série experimental, ratos foram submetidos a concentrações crescentes de etanol (2-6%) durante 21 dias, como única fonte de dieta líquida, enquanto que o grupo controle recebeu água ad libitum. Após a exposição crônica, o etanol foi substituído por água e os animais foram avaliados no LCE, CA, rota-rod, reconhecimento de objetos e TNF. Os ratos expostos cronicamente ao etanol exibiram comportamento ansiogênico, 72 h após a retirada da droga. Além disso, déficits de memória e comportamento do tipo depressivo, sem alteração na atividade locomotora e coordenação motora, foram observados em ratos abstinentes em longo prazo. Em uma terceira etapa desta pesquisa, foi avaliado o efeito da administração aguda e crônica de topiramato (40 mg/Kg/mL) no LCE, CA e TNF em ratos abstinentes (a curto e longo prazo) ou não abstinentes a exposição forçada com etanol por 21 dias. A administração aguda e crônica com topiramato (40 mg/Kg/mL) reverteu o comportamento ansiogênico de ratos abstinentes em curto e longo prazo, sem afetar a locomoção. No entanto, a administração crônica de topiramato não contrabalanceou o comportamento do tipo depressivo de ratos abstinentes ao etanol. Em conclusão, o topiramato induziu um efeito ansiolítico após a administração aguda e crônica em ratos naive e abstinentes ao etanol. Também foi visto que, a administração aguda do topiramato provoca ação do tipo antidepressiva em ratos naive, porém este efeito se dissipa após tratamento crônico. O modelo animal aqui proposto para estudar o efeito da retirada do etanol simula os comportamentos ansiogênicos e depressivos encontrados em humanos. Neste modelo, o topiramato não foi bem sucedido em aliviar o comportamento tipo depressivo de ratos abstinentes. Contudo, topiramato parece ser uma opção terapêutica relevante para o tratamento da ansiedade, inclusive aquela provocada pela retirada do etanol.Topiramate is an antiepileptic agent that has shown promise in treating migraine, obesity control and several psychiatric disorders, including bipolar disorder. Clinical studies report the use of topiramate for relief of behavioral impulsivity associated with abuse, cracking and psychological symptoms resulting from ethanol withdrawal. Considering its pharmacokinetic and pharmacodynamic properties and its high tolerability compared to the available clinical anxiolytics and antidepressants, it is interesting to investigate the anxiolytic and antidepressant potential of this drug in naive and ethanol abstinent rats.The present study investigated the effects of acute and chronic treatment with topiramate in behaviors related to anxiety, depression, and ethanol withdrawal after forced chronic consumption. Adult male Wistar rats were treated with topiramate (10 and 40 mg/kg/ml) or saline by gavage 60 minutes prior to the elevated plus maze tests (EPM), open field (OF) and forced swimming test (FST). It was observed that acute and chronic administration of topiramate (40 mg/kg/ml) promoted anxiolytic actions in naive animals and antidepressant effects after acute administration without impairment of locomotor activity. In another experimental series, rats were submetted to increasing concentrations of ethanol (2-6 %) for 21 days as the only source of liquid diet while the control group received water ad libitum. After chronic exposure, the ethanol was replaced by water, and the animals were evaluated in the EPM, OF, rota-rod, object recognition and FST. The rats chronically exposed to ethanol exhibited anxiogenic-like behavior 72 h after withdrawal. Furthermore, memory deficits and depressive-like behavior without alteration in locomotor activity and coordination were observed in protracted abstinent rats. In a third moment of this study, we evaluated the effect of acute and chronic administration of topiramate (40 mg/kg/ml) in the EPM, OF and FST in naïve and in early and protracted abstinent rats. Acute and chronic administration of topiramate (40 mg/kg/ml) induced anxiolytic-like effects in early and protracted abstinent rats, without affecting locomotion. By contrast, the chronic administration of topiramate did not counteract the depressive-related behavior of ethanol abstinent rats. Indeed, the acute administration of topiramate induces antidepressant-like effects in naive rats, but it dissipates after chronic treatment. In conclusion, topiramate showed anxiolytic effects after acute and chronic treatment in naive and abstinent rats. Additionally, acute topiramate induced antidepressive-like behavior in naïve rats, but this effect dissipates after chronic administration. The animal model herein proposed to study the ethanol abstinence induced anxiogenic- and depressive-like behaviors, similar to that found in humans through withdrawal. In this animal model, topiramate did not reverse the depressant-like effects of ethanol withdrawal. Finally, topiramate seems to be an interesting therapeutic approach for the treatment of anxiety, including that caused by ethanol abstinence.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)porCNPQ::CIENCIAS DA SAUDE: DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOSTopiramatoAbstinência ao etanolAnsiedadeTranstorno de humorRatoEfeitos da administração aguda e crônica de topiramato sobre as respostas comportamentais de ratos naive e abstinentes ao etanolinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisPROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO E INOVAÇÃO TECNOLÓGICA EM MEDICAMENTOSUFRNBrasilinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALEfeitosAdministraçãoAguda_Ayres_2015.pdfEfeitosAdministraçãoAguda_Ayres_2015.pdfapplication/pdf1381868https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22899/1/EfeitosAdministra%c3%a7%c3%a3oAguda_Ayres_2015.pdf2ecd2d9d1e38ad3bd00e32658decb88bMD51TEXTDecioDutraJunqueiraAyres_TESE..pdf.txtDecioDutraJunqueiraAyres_TESE..pdf.txtExtracted texttext/plain178000https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22899/4/DecioDutraJunqueiraAyres_TESE..pdf.txtc7818fe4dc39fc3b912385f53667fa1aMD54EfeitosAdministraçãoAguda_Ayres_2015.pdf.txtEfeitosAdministraçãoAguda_Ayres_2015.pdf.txtExtracted texttext/plain177399https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22899/6/EfeitosAdministra%c3%a7%c3%a3oAguda_Ayres_2015.pdf.txt21c79f4d381170182dee9086655163b0MD56THUMBNAILDecioDutraJunqueiraAyres_TESE..pdf.jpgDecioDutraJunqueiraAyres_TESE..pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg2273https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22899/5/DecioDutraJunqueiraAyres_TESE..pdf.jpg27bed11d933ec2e8f4ce77bb037e07fbMD55EfeitosAdministraçãoAguda_Ayres_2015.pdf.jpgEfeitosAdministraçãoAguda_Ayres_2015.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1227https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/22899/7/EfeitosAdministra%c3%a7%c3%a3oAguda_Ayres_2015.pdf.jpg65798b483096129b0ca9df06d3a099d2MD57123456789/228992019-05-26 02:51:53.333oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/22899Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2019-05-26T05:51:53Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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