Elas que narram: uma análise dos comentários no Twitter sobre a narração de mulheres no Campeonato Brasileiro de 2021

• Ano de defesa: 2023
• Autor(a) principal: Oliveira, Paulina Giovana de
• Orientador(a): Pereira, Livia Cirne de Azevedo
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
• Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ESTUDOS DA MÍDIA
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Narração esportiva; Mulheres; Violência de gênero; Análise de redes sociais; Estudos da mídia
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::COMUNICACAO
• Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/55235

Durante séculos, as diferenças entre gênero foram evidenciadas por um determinismo biológico. De forma que foram estabelecidos socialmente os ditos "papéis sociais” que mulheres e homens deveriam desempenhar, além dos espaços que poderiam ocupar. No jornalismo esportivo, a participação masculina ainda é massiva, mas as mulheres vêm conquistando espaço em locais que antes eram ocupados majoritariamente por homens, como é o caso da narração esportiva. Portanto, a presente pesquisa busca analisar como perfis do Twitter se manifestam sobre a participação de mulheres na narração de jogos do Campeonato Brasileiro de Futebol (Brasileirão) de 2021. Para isso, foi necessário dividir o estudo em dois percursos metodológicos. Primeiro, um levantamento bibliográfico e uma revisão integrativa sobre gênero e participação das jornalistas nas transmissões esportivas. Depois, por meio da análise temática e da análise de redes sociais (ARS), a partir das hashtags #brasileiraonosportv #brasileiraonopremiere e #seriebnopremiere #seriebnosportv, foram coletados 4246 comentários, de maio a dezembro de 2021, nas datas em que foram transmitidos os jogos narrados por Renata Silveira e Natália Lara. O estudo reúne, como resultado das análises, os comentários postados por usuários do Twitter distribuídos em 4 categorias que agrupam discursos preconceituosos e violentos contra as narradoras, sobretudo por atuarem em funções nas quais não estão acostumados a presenciarem, pois eram desempenhadas predominantemente por homens.