Pacarrete é forte como um mandacaru: protagonismo feminino, cinema e sertão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Alves, Ítala Raiane Trajano
Orientador(a): Andrade Júnior, Lourival
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - CERES
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/handle/123456789/57312
Resumo: Pensar as representações do sertão a partir do protagonismo feminino a luz do filme Pacarrete (Allan Deberton, 2019) nos levou a começar essa busca por entender de que formas o sertão passou a ser transposto para as telas do cinema nacional começando pela fase do Cinema Novo. Embora o sertão nordestino tenha dado as caras desde sempre, pois, produzir cinema fazia parte da idealização de um país modernizado e que acompanhava as novas tendências mundiais. Foi nas décadas de 1950 e 1960 que as imagens cristalizadas do sertão foram construídas tendo como inspiração o romance regionalista de 1930. Com o fim do Cinema Novo, a temática do sertão aparece cada vez menos no cinema para retornar junto com a retomada na década de 1990. Dessa vez, o sertão da seca, do atraso e dos coronéis dá lugar a um sertão lúdico, localizado em algum lugar entre o passado e o contemporâneo. Já não há uma narrativa única. O sertão se multiplicou. Assim, cada vez que esse sertão é lido e dito no cinema, ele aparece de uma nova perspectiva. São filmes com jeito de novelas e seriados da televisão, Road Movies, melodramas, filmes alegres e desesperançosos. Narrativas concentradas em apenas um personagem e suas angústias. Na contemporaneidade o sertão do Cinema Novo aparece ainda como inspiração, mas sem uma preocupação de manter aquela forma de representar e muitas vezes numa tentativa de construir uma narrativa que supere a anteriormente construída. Em Russas, no sertão cearense, uma bailarina aposentada dança e nos convida para essa festa que é o seu sertão de cores, luzes e movimento. O lançamento do filme desencadeou uma onda de produções audiovisuais e a cidade de Russas- CE passa a ser palco de diferentes curtas que, assim como Pacarrete, nos ajudaram a pensar sobre o protagonismo feminino nos filmes de sertão na contemporaneidade.
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Embora o sertão nordestino tenha dado as caras desde sempre, pois, produzir cinema fazia parte da idealização de um país modernizado e que acompanhava as novas tendências mundiais. Foi nas décadas de 1950 e 1960 que as imagens cristalizadas do sertão foram construídas tendo como inspiração o romance regionalista de 1930. Com o fim do Cinema Novo, a temática do sertão aparece cada vez menos no cinema para retornar junto com a retomada na década de 1990. Dessa vez, o sertão da seca, do atraso e dos coronéis dá lugar a um sertão lúdico, localizado em algum lugar entre o passado e o contemporâneo. Já não há uma narrativa única. O sertão se multiplicou. Assim, cada vez que esse sertão é lido e dito no cinema, ele aparece de uma nova perspectiva. São filmes com jeito de novelas e seriados da televisão, Road Movies, melodramas, filmes alegres e desesperançosos. Narrativas concentradas em apenas um personagem e suas angústias. Na contemporaneidade o sertão do Cinema Novo aparece ainda como inspiração, mas sem uma preocupação de manter aquela forma de representar e muitas vezes numa tentativa de construir uma narrativa que supere a anteriormente construída. Em Russas, no sertão cearense, uma bailarina aposentada dança e nos convida para essa festa que é o seu sertão de cores, luzes e movimento. O lançamento do filme desencadeou uma onda de produções audiovisuais e a cidade de Russas- CE passa a ser palco de diferentes curtas que, assim como Pacarrete, nos ajudaram a pensar sobre o protagonismo feminino nos filmes de sertão na contemporaneidade.Thinking about representations of the sertão from the perspective of female protagonism in the light of the film Pacarrete (Allan Deberton, 2019) led us to begin this search by understanding in what ways the sertão began to be transposed to the national cinema screens, starting with the Cinema Novo phase . Although the northeastern hinterland has always been present, producing cinema was part of the idealization of a modernized country that followed the new world trends. It was in the 1950s and 1960s that the crystallized images of the sertão were constructed, inspired by the regionalist novel of 1930. With the end of Cinema Novo, the theme of the sertão appears less and less in cinema to return along with the resumption in the 1960s. 1990. This time, the hinterland of drought, backwardness and colonels gives way to a playful hinterland, located somewhere between the past and the contemporary. There is no longer a single narrative. The hinterland multiplied. Thus, every time this sertão is read and said in the cinema, it appears from a new perspective. They are films that look like soap operas and television series, Road Movies, melodramas, happy and hopeless films. Narratives focused on just one character and their anguish. In contemporary times, the sertão of Cinema Novo still appears as an inspiration, but without a concern to maintain that way of representing and often in an attempt to build a narrative that surpasses the previously constructed one. In Russas, in the hinterland of Ceará, a retired ballerina dances and invites us to this party that is her hinterland of colors, lights and movement. The release of the film triggered a wave of audiovisual productions and the city of Russas-CE became the stage for different short films that, like Pacarrete, helped us to think about the female role in contemporary backwoods films.Universidade Federal do Rio Grande do NortePROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM HISTÓRIA - CERESUFRNBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIAPacarreteProtagonismo femininoSertões contemporâneosPacarrete é forte como um mandacaru: protagonismo feminino, cinema e sertãoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFRNinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)instacron:UFRNORIGINALPacarretefortemandacaru_Alves_2023.pdfapplication/pdf3280015https://repositorio.ufrn.br/bitstream/123456789/57312/1/Pacarretefortemandacaru_Alves_2023.pdfbcdc46fca2e80ad4b6bb7383eefd4121MD51123456789/573122024-01-18 17:44:35.372oai:https://repositorio.ufrn.br:123456789/57312Repositório de PublicaçõesPUBhttp://repositorio.ufrn.br/oai/opendoar:2024-01-18T20:44:35Repositório Institucional da UFRN - Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN)false
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