Carthamus tinctorius L.: armazenamento de sementes, viabilidade do óleo para biodisel e da torta para alimentação animal

• Ano de defesa: 2013
• Autor(a) principal: Pereira, Gabrielle Macedo
• Orientador(a): Lichston, Juliana Espada
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal do Rio Grande do Norte
• Programa de Pós-Graduação: Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente
• Departamento: Centro de Biociências
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Cártamo; Oleaginosas; Biocombustíveis; Estocagem.; Perfil lipídico; Coproduto; Suplemento proteico
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::BIOLOGIA GERAL
• Link de acesso: https://repositorio.ufrn.br/jspui/handle/123456789/26929

A crise ambiental que se vivencia hoje tem influenciado uma mudança de paradigmas no desenvolvimento humano. Nesse contexto, uma das principais temáticas é a substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis, como o biodiesel (combustível proveniente da biomassa). Uma oleaginosa promissora para produção de biodiesel é o cártamo (Carthamus tinctorius L.). O cártamo pode ser uma alternativa para as regiões semiáridas do Brasil, em virtude da sua resistência à seca, às altas temperaturas, à baixa umidade relativa do ar, e a solos salinos; além de possuir um teor de óleo, em suas sementes, de 30 a 45%. Assim, os objetivos deste trabalho foram: investigar a qualidade morfofisiológica das sementes de cártamo submetidas a diferentes períodos de armazenamento, em dois tipos de embalagens (garrafa “pet” e sacos de polietileno transparentes), durante seis meses e em temperatura natural; bem como, avaliar a viabilidade da reserva oleífera das sementes de cártamo para a produção de biodiesel, e a composição bromatológica do resíduo da extração de óleo (torta) para alimentação animal. As análises histológicas, os testes de condutividade elétrica, teor de umidade e porcentagem de germinação foram realizados no início do experimento (0 meses) e a cada 30 dias, por seis meses. Não houve diferenças histológicas nas sementes de C. tinctorius armazenadas nos dois tipos de embalagens e tampouco nos meses do experimento. As sementes armazenadas em garrafa “pet” apresentaram maior qualidade fisiológica que as armazenadas em saco de polietileno. Para as análises químicas realizou-se a extração do óleo das sementes de cártamo com n-hexano, que foi analisado em Cromatografia de Camada Delgada e espectrômetro de UV-visível. Ademais, foi feito uma avaliação da composição nutricional do resíduo dessa extração. O óleo de C. tinctorius apresentou um perfil graxo adequado para produção de biodiesel. A sua torta (resíduo) possui características nutricionais que a qualifica como potencial fonte de proteína em dieta animal. Carthamus tinctorius L. possui características que favorecem sua utilização para produção de biodiesel suplementação na dieta animal, além do grande agregado da espécie.