O capital simbólico do campo jornalístico: disputas e códigos compartilhados entre jornalistas de mídia e assessores da ALESC

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Rosso, Aline Louize Deliberali
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/176744
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2017.
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spelling O capital simbólico do campo jornalístico: disputas e códigos compartilhados entre jornalistas de mídia e assessores da ALESCSociologiaJornalismoAspectos sociológicosGoverno e imprensaAspectos sociológicosTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Sociologia Política, Florianópolis, 2017.A presente tese analisa a estrutura de posições que localiza o subcampo da assessoria de imprensa dentro do campo jornalístico brasileiro. Na história de sua concepção, o campo jornalístico privilegiou os princípios e valores advindos do subcampo midiático, mas, atualmente, grande parte da categoria atua em funções de assessoria de imprensa, na mídia ou fora dela. Pelo aparato teórico de Pierre Bourdieu se dão a problematização e a busca do objetivo da pesquisa - identificar as estratégias de legitimação que os assessores de imprensa, mais especificamente da área política, utilizam para solidificar o seu espaço no campo jornalístico. O campo jornalístico é, portanto, compreendido como um campo de lutas, cujos agentes disputam a posse dos capitais em jogo e, consequentemente, os lugares de maior prestígio (dentro e fora do campo). Entende-se que é por meio do compartilhamento desses códigos e valores que os jornalistas do subcampo não midiático (re)afirmam a sua posição de agentes do campo. Como delimitação do universo de análise, optou-se por pesquisar os jornalistas que atuam na Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (ALESC), já que dentro da Assembleia há dois tipos de assessores de imprensa: os que atuam exclusivamente para a casa (na mídia das fontes ) e os que desempenham suas atividades para os deputados ou bancadas um total de 61 profissionais. Na primeira etapa da pesquisa, foram aplicados questionários a 36 jornalistas, com a finalidade de obter dados específicos sobre o perfil dos respondentes e suas representações a respeito do trabalho na ALESC e da relação com profissionais de mídia. Os assessores de imprensa responderam questões sobre ética, ideais, autonomia e ações esperadas para o trabalho fora da mídia. Na segunda etapa, 14 profissionais participaram de entrevista semiestruturada. Eles relataram, de forma aprofundada, percepções sobre competências profissionais típicas da assessoria de imprensa; semelhanças e diferenças do trabalho dentro e fora das redações; autonomia na trajetória profissional; a visão sobre o poder que os jornalistas possuem e o reconhecimento/prestígio que eles têm (ou não) atuando fora das redações. Os assessores de imprensa demonstraram ter percepções muito homogêneas, em relação aos jornalistas de mídia, sobre a maioria dos valores e códigos listados. Contudo, em relação a um número menor de temas, há uma heterogeneidade de opiniões. Apesar das divergências, a média de importância ou concordância que os profissionais de assessoria atribuem a cada tema é muito parecida com a declarada pelos jornalistas de mídia brasileiros em outros estudos. Existem diferenças entre os profissionais que atuam na mídia das fontes dentro da ALESC e aqueles que trabalham exclusivamente para os deputados ou partidos (bancadas). A tese demonstra a existência de um compartilhamento de códigos e valores do campo jornalístico por parte dos assessores de imprensa, que também detêm certo grau de capital simbólico jornalístico. Eles são identificados como agentes jornalísticos e, por meio desse compartilhamento, legitimam o seu lugar dentro do campo. O caráter heterogêneo ou homogêneo dos compartilhamentos se identifica com as características de ambivalência do subcampo da assessoria, notadamente no campo político. Além disso, os profissionais se apropriam dos valores do campo político e os ressignificam em moldes jornalísticos para legitimarem o seu lugar na assessoria de imprensa política.<br>Abstract : This thesis analyzes the structure of positions that locate the subfield of the press agency within the Brazilian journalistic field. In the history of its conception, the journalistic field privileged the principles and values derived from the media subfield, but, currently, a great part of the category acts in press functions, in the media or outside. Pierre Bourdieu's theoretical apparatus gives rise to the problematization and the search for the objective of the research - to identify the strategies of legitimation that the press agents, more specifically of the political area, use to solidify their space in the journalistic field. The journalistic field is therefore understood as a field of struggle, whose agents dispute the possession of capital at stake and, consequently, the most prestigious places (on and off the field). It is understood that it is through the sharing of these codes and values that the journalists of the non-mediatic subfield re-affirm their position as agents of the field. As a delimitation of the universe of analysis, it was decided to research the journalists who work in the Legislative Assembly of the State of Santa Catarina (ALESC), since within the Assembly there are two types of press agents: those who work exclusively for the house and those who carry out their activities exclusively for deputies or benches - a total of 61 professionals. In the first stage of the research, questionnaires were applied to 36 journalists, with the purpose of obtaining specific data about the profile of the respondents and their representations regarding the work in ALESC and the relationship with media professionals. Press officers answered questions about ethics, ideals, autonomy, and expected actions for work outside the media. In the second stage, 14 professionals participated in a semi-structured interview. They have reported, in depth, perceptions about professional skills typical of the press office; Similarities and differences of work inside and outside essays; Autonomy in the professional trajectory; The vision about the power that journalists have and the recognition / prestige that they have (or not) acting out of essays. Media advisors have shown very homogenous perceptions regarding media reporters about some of the values and codes listed. However, in relation to other themes, there is a heterogeneity of opinions. Despite the differences, the average importance or agreement that the press agents assign to each theme is very similar to the one declared by the Brazilian media journalists in other studies. There are differences between those who work exclusively for ALESC and those who work exclusively for deputies or parties (benches). The thesis demonstrates the existence of a sharing of codes and values of the journalistic field by the press agents, who also have a certain degree of symbolic journalistic capital. They are identified as journalistic agents and, through this sharing, legitimize their place within the field. The heterogeneous or homogeneous character of the shares is identified with the ambivalence characteristics of the press agency subfield, especially in the political field. In addition, professionals take ownership of the values of the political arena and re-signify them by journalistic standards - to legitimize their place in the political press office.Mick, JacquesUniversidade Federal de Santa CatarinaRosso, Aline Louize Deliberali2017-06-27T04:17:41Z2017-06-27T04:17:41Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis304 p.| tabs.application/pdf347090https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/176744porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2017-06-27T04:17:41Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/176744Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732017-06-27T04:17:41Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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