Notificação de vitaminas e minerais para fins comerciais em rótulos de alimentos industrializados direcionados a crianças comercializados no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Martins, Amanda Corrêa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227129
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2021.
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spelling Notificação de vitaminas e minerais para fins comerciais em rótulos de alimentos industrializados direcionados a crianças comercializados no BrasilNutriçãoInformação NutricionalAlimentosCriançasMicronutrientesDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Nutrição, Florianópolis, 2021.A notificação de vitaminas e minerais por meio da Informação Nutricional Complementar (INC) é uma prática frequente em rótulos de alimentos industrializados direcionados a crianças, sendo estes alimentos, muitas vezes, considerados pouco saudáveis. Estudos apontam que as INCs podem estimular a escolha destes alimentos, visto que remetem ao consumidor a ideia de terem melhor qualidade nutricional. Alegações sobre a presença de vitaminas e minerais em alimentos industrializados pode afetar negativamente a ingestão de frutas, verduras, legumes, carnes, leite e derivados, desencorajando padrões alimentares mais saudáveis. É possível que o próprio alimento, por sua natureza ou os seus ingredientes, tenha vitaminas e minerais em sua composição e essa informação estará disponível na Tabela de Informação Nutricional. Caso atenda aos critérios de quantidade estabelecidos pela legislação, esses micronutrientes podem ser também notificados por INC (fonte, alto conteúdo ou aumentado). Por outro lado, os fabricantes também podem adicionar vitaminas e minerais sintéticos aos alimentos industrializados, o que só é possível identificar por meio da Lista de Ingredientes. Independentemente disso, as quantidades de cada micronutriente estarão notificadas na Tabela de Informação Nutricional e ainda, nesse caso, também podem ser feitas INCs no painel principal do rótulo. Ou seja, a estratégia de marketing de destaque de micronutrientes por meio de INC pode ocorrer para alimentos que têm vitaminas e minerais de forma intrínseca ou por meio dos seus ingredientes, e/ou especificamente pela adição para fins comerciais. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho foi investigar como a adição de vitaminas e minerais para fins comerciais é apresentada em rótulos de alimentos industrializados direcionados a crianças comercializados no Brasil. Para tanto foram analisados todos os 535 alimentos direcionados a crianças disponíveis para venda em um supermercado de uma grande rede de Florianópolis entre outubro e dezembro de 2013. Os alimentos foram divididos em 8 grupos definidos pela RDC nº 359/2003. A frequência de notificação dos micronutrientes foi analisada na Tabela de Informação Nutricional, na Lista de Ingredientes e na INC. Na Tabela de Informação Nutricional, foram observadas maiores frequências de Vitamina A (31,8%), B3 (23,9%) e D (21,3%), e entre os minerais, ferro (34,4%), cálcio (34,2%) e zinco (14,6%). Na Lista de Ingredientes, local do rótulo onde foi possível identificar a adição de vitaminas e minerais para fins comerciais, as maiores frequências observadas foram de vitamina A (16,6%), C (15,3%) e B2 (14,2%) e dos minerais ferro (14,2%), zinco (9,4%) e cálcio (3,0%). Nas INCs, terceiro local do rótulo analisado, as maiores frequências observadas foram de vitamina C (11,2%) , A (9,7%) e B6 (8,6%), e ferro (15,1%), cálcio (12,0%) e zinco (9,0%), sendo este o local que apresentou as menores frequências de notificação de vitaminas e minerais, o que já era esperado considerando os critérios mais específicos para apresentação desse tipo de informação. Destaca-se o grupo 4 (leites e derivados) por apresentar o maior número de micronutrientes notificados na Lista de Ingredientes. Este, juntamente com o grupo 7 (açúcares e produtos com energia proveniente de carboidratos e gorduras) apresentaram as maiores frequências de cada micronutriente na Lista de Ingredientes. Verificou-se, pela análise das informações de vitaminas e minerais notificadas nas INCs que, os minerais cálcio, ferro, fósforo e zinco foram adicionados para fins comericias. Entre as vitaminas, apenas a vitamina B7 não foi adicionada para fim comercial. A análise entre os grupos destacou maior frequência de notificação na Tabela de Informação Nutricional. Os achados deste trabalho mostraram ser frequente a notificação de vitaminas e minerais para fins comerciais nos alimentos industrializados direcionados a crianças. As principais vitaminas notificadas nos três lugares do rótulo analisados foram vitamina A, complexo B, vitamina C e D e entre os minerais, cálcio, ferro e zinco. Espera-se que os achados desse estudo possam contribuir com os esforços para controlar a publicidade de alimentos direcionada às crianças por meio de políticas públicas que desestimulem o consumo destes alimentos. E assim, seja estimulado o consumo de vitaminas e minerais por fontes naturais. Ressalta-se ainda que, as questões levantadas neste trabalho podem contribuir no aprimoramento da regulação da rotulagem de alimentos no Brasil.Abstract: Notification of vitamins and minerals by the Nutrient Claims (NC) is a frequent practice on labels of industrialized foods marketed at children, often considered unhealthy foods. Studies indicate that such information can stimulate the choice of these foods, since they send the consumer an idea of having better nutritional quality. Claims about the presence of vitamins and minerals in processed foods can negatively affect the intake of fruits, vegetables, meats, milk, and dairy products, discouraging healthier eating patterns. It is possible that the food itself, naturally or its ingredients, has vitamins and minerals in its composition and this information is available in the Nutrition Information Table. If they reach the criteria of quantity added by law, these micronutrients can also be notified by NC (source, high content or increased). Still, manufacturers can also deliberately add synthetic vitamins and minerals to industrialized foods, which can only be identified through the Ingredients List. Regardless, the amounts of each micronutrient will be notified in the Nutrition Information Table and in that case, NC can also be made on the front of pack. That is, this marketing strategy through NC can occur for foods that have vitamins and minerals intrinsically or through its ingredients, and/or specifically by addition for commercial purposes. In this sense, this study aimed investigate how the addition of vitamins and minerals for commercial purposes is presented on labels of industrialized foods marketed at children in Brazil. To this end, all 535 foods targeted at children available for sale in a supermarket in a large chain in Florianópolis were analyzed between October and December 2013. The foods were divided into 8 groups defined by RDC nº 359/2003. The prevalence of notification of micronutrients was analyzed in the Nutritional Information Table, Ingredients List, and the NC. In the Nutritional Information Table higher frequencies of Vitamin A (31,8%), B3 (23,9%) and D (21,3%) were observed, and among minerals, iron (34,4%), calcium (34,2%), and zinc (14,6%). In the Ingredients List, the place of the label where it was possible to identify the addition of vitamins and minerals for commercial purposes, the highest frequencies observed were vitamin A (16,6%), C (15,3%) and B2 (14,2%) and the minerals iron (15,1%), calcium (12,0%), and zinc (9,0%). In the NCs, the third place on the analyzed label, the highest frequencies observed were vitamin C (11,2%), A (9,7%) and B6 (8,6%), and iron (15,1%), calcium (12,0%) and zinc (9,0%), this was the place that had the lowest notification prevalence, which was expected considering the most common criteria specific for presenting type of information. Group 4 (milks and dairy products) stands out for having the highest number of micronutrients reported in the Ingredients List. This, together with group 7 (sugars and products with energy from carbohydrates and fats) presented the highest frequencies of each micronutrient in the Ingredients List. It was verified, by analyzing the information of vitamins and minerals notified in the INC that the minerals calcium, iron, phosphorus, and zinc were added for consumer purposes. Among the vitamins, only vitamin B7 was not added to the Ingredients List of any foods and was not added for commercial purposes. The analysis between the groups highlighted a higher frequency of notification naturally in the Nutritional Information Table than in the List of Ingredients for commercial purposes. This study showed that the notification of vitamins and minerals for commercial purposes in industrialized foods marketed at children is frequent. The main vitamins notified in the three analyzed places were vitamin A, complex B, vitamin C and D and among minerals, calcium, iron and zinc. Expected that the results obtained here can contribute to efforts to control food advertising directed at children through public policies that discourage the consumption of these foods. Also, encourage the consumption of vitamins and minerals by natural sources. It is also noteworthy that the issues raised in this work can contribute to improving the regulation of food labeling in Brazil.Uggioni, Paula LazzarinRodrigues, Vanessa MelloUniversidade Federal de Santa CatarinaMartins, Amanda Corrêa2021-08-23T14:07:50Z2021-08-23T14:07:50Z2021info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis123 p.| il., gráfs., tabs.application/pdf371783https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/227129porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2021-08-23T14:07:50Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/227129Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732021-08-23T14:07:50Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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