Respostas vasculares mediadas pelo óxido nítrico: efeitos de agentes oxidantes na hiporeatividade à fenilefrina e no relaxamento induzido por tióis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Terluk, Márcia Ribeiro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Florianópolis, SC
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/102433
Resumo: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia.
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spelling Respostas vasculares mediadas pelo óxido nítrico: efeitos de agentes oxidantes na hiporeatividade à fenilefrina e no relaxamento induzido por tióisFarmacologiaOxido NítricoFenilefrinaTioisTese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Farmacologia.O choque séptico é uma síndrome caracterizada pela presença de hipotensão, hiporeatividade a vasoconstritores e hipoperfusão. Em parte, estes eventos vasculares estão associados a vários mecanismos moleculares que envolvem a expressão da óxido nítrico (NO) sintase induzida (iNOS), síntese de NO, ativação da enzima guanilato ciclase solúvel e canais de K+ e, a formação de S-nitrosotióis. O presente estudo demonstra que a exposição in vitro de anéis de aorta torácica de rato à doadores de NO, S-nitroso-N-acetil-DL-penicilamina (SNAP) e trinitrato de glicerila, induziu hiporeatividade à fenilefrina de longa duração. Em vasos com e sem endotélio, o aumento da intensidade da hiporeatividade à fenilefrina foi dependente do aumento da concentração do SNAP. A ausência da camada endotelial potencializa a hiporeatividade à fenilefrina produzida pelo NO, caracterizando um efeito protetor vascular do endotélio, não associado à produção de ânion superóxido (O2-), angiotensina II, endotelina (via receptores ET-A), produtos derivados das enzimas ciclooxigenase (COX), lipooxigenase, citocromo P-450 e NO sintase endotelial (eNOS). O ácido 5,5'-ditio-bis-(2-nitrobenzóico), DTNB (um agente oxidante que não permeia a membrana celular), previne e reverte a hiporeatividade à fenilefrina de longa duração mediada pelo SNAP e, na ausência do endotélio, o DTNB demonstrou maior eficácia em prevenir o efeito do NO. Estes achados evidenciam a participação de específicos grupamentos sulfidrilas presentes nas proteínas das membranas celulares, e em especial na musculatura lisa vascular. Em vasos com endotélio, a prevenção da hiporeatividade à fenilefrina causada pelo SNAP também foi verificada com outro agente oxidante, a diamida, mas não com o uso de agente redutor como o ditiotreitol (DTT) em anéis sem endotélio. A adição de L-cisteína e N-acetilcisteína, tióis de baixo peso molecular, promoveu marcante relaxamento de longa duração em vasos pré-incubados com SNAP, sugerindo que a hiporeatividade e o vasorelaxamento são eventos relacionados a S-nitrosação de resíduos de cisteína e a mobilização de NO. As várias adições de L-cisteína reverteram a hiporeatividade à fenilefrina em vasos com endotélio pré-incubados com SNAP. O efeito oxidante do DTNB bloqueou o relaxamento promovido pela ativação de canais de K+ sensíveis ao Ca2+ de alta condutância (BKCa) mediado pelo NS1619, sugerindo que o DTNB inibe os eventos vasculares causados pelo NO, hiporeatividade e relaxamento, em parte, via BKCa. Entretanto, o DTNB não foi capaz de modificar o vasorelaxamento causado pelo 8-bromoguanosina 3',5'-monofosfato cíclico (8-Br-GMPc, um análogo de GMPc) e pela acetilcolina, e ainda, não promoveu relaxamento em vasos pré-incubados com SNAP. Em vasos pré-contraídos com endotelina-1 (ET-1), o relaxamento para L-cisteína associado ao SNAP foi prevenido através da exposição vascular ao DTNB. Em contraste, o SNAP não foi eficaz de causar hiporeatividade endotelinérgica de longa duração. Em experimentos ex vivo, o DTNB foi eficiente em reverter a hiporeatividade à fenilefrina em vasos de animais tratados com LPS. Além disso, o co-tratamento de animais com LPS e DTNB, 4 e 6 horas após a endotoxina, também aboliu totalmente a hiporeatividade à fenilefrina, em vasos sem endotélio. O DTNB previne e reverte a hiporeatividade à fenilefrina induzida pelo SNAP in vivo. Em camundongos, a administração de Escherichia coli (E. coli) causou mortalidade na ordem de 60 %, e o DTNB administrado 30 min antes da E. coli ou, a cada 12 horas após a administração da bactéria, reduziu a mortalidade em 20 e 30 %, respectivamente. O vasorelaxamento mediado pela L-cisteína, em anéis de aorta pré-incubados com o SNAP, depende da ativação da guanilato ciclase solúvel e da abertura de subtipos de canais de K+, sensíveis a alta concentração de K+, mas insensíveis ao tetraetilamônio (TEA), 4-aminopiridina, glibenclamina, clotrimazol e caribdotoxina.Florianópolis, SCAssreuy, JamilUniversidade Federal de Santa CatarinaTerluk, Márcia Ribeiro2013-07-16T00:56:31Z2013-07-16T00:56:31Z20052005info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis1 v.| grafs., tabs.application/pdf226452http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/102433porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-01-19T02:31:36Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/102433Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732014-01-19T02:31:36Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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