Associação entre o declínio cognitivo e níveis reduzidos de proteína-C reativa sérica em idosos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Figueiró, Thamara Hübler
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/191605
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2017.
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spelling Associação entre o declínio cognitivo e níveis reduzidos de proteína-C reativa sérica em idososCiências médicasIdososCogniçãoProteínasDissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas, Florianópolis, 2017.O envelhecimento relaciona-se a um estado de imunossenescência associado a inflamação de baixo grau que é relacionado a diversas doenças, dentre elas o declínio cognitivo. Assim, conhecer o impacto do declínio cognitivo nos níveis de marcadores inflamatórios, como a proteína C-reativa (PCR), pode auxiliar na identificação do perfil inflamatório em um grupo específico de idosos. O presente estudo investigou a distribuição de PCR, a incidência de declínio cognitivo clinicamente significativo e a associação entre essas variáveis em pessoas de 60 anos ou mais residentes no município de Florianópolis-SC. Realizou-se um estudo longitudinal com 533 idosos participantes da pesquisa de base populacional denominada EpiFloripa Idoso, utilizando-se dados avaliados na linha de base do estudo (2009/2010), no seguimento (2013/2014) e na etapa dos exames clínicos (2014/2015). A proteína C-reativa foi mensurada em 554 participantes permanecendo neste estudo apenas as pessoas com níveis menores e iguais a 10 mg/L. Para avaliar a correlação com outras variáveis independentes a PCR foi transformada em seu logaritmo natural, e seus quartis foram utilizados para estimar a associação deste marcador infamatório com o declínio cognitivo. A perda de quatro pontos ou mais no Mini-Exame do Estado Mental (MEEM) entre a linha de base (2009-2010) e o seguimento do estudo (2013-2014) foi considerada como um declínio cognitivo clinicamente significativo. Foram desenvolvidos dois modelos de regressão logística multinomial para estimar a associação do declínio cognitivo como a variável de exposição e os quartis de PCR como desfecho do estudo. Observou-se que os 533 participantes possuíam em média 67,8 (DP=6,3) anos de idade e 8,6 (DP=5,8) anos de estudos. A incidência de declínio cognitivo clinicamente significativo entre a linha de base e o seguimento do estudo foi de 10,1%, com variação média de -6,39 (IC95%= -7,29;-5,48) pontos entre as duas avaliações. A mediana de PCR na amostra foi de 1,66 mg/L, com valores variando de 0,18 a 9,94 mg/L. O logaritmo natural de PCR apresentou correlação negativa com os escores do MEEM da primeira avaliação e com anos de estudo. Quando avaliadas características dos participantes segundo os quartis de PCR observaram-se que a proporção de hipertensos foi maior conforme aumentaram os níveis de PCR (p para tendência= 0,047), enquanto o contrário ocorreu com a aterosclerose, com menores proporções em quartis mais elevados (p para tendência= 0,042). Os valores médios do Índice de Massa Corporal (p para tendência <0,001) e triglicerídeos (p para tendência= 0,001) foram maiores em níveis mais elevados deste marcador inflamatório. Identificou-se que pessoas com declínio cognitivo eram em média mais velhos e apresentaram menos anos de estudo quando comparados com o grupo sem declínio cognitivo. Pessoas com declínio cognitivo apresentavam um risco de 2,91 (IC95%= 1,25-6,76) vezes maior de permanecer no segundo quartil de PCR (0,84 a 1,66 mg/L) quando comparado a idosos que não sofreram declínio no primeiro quartil. Após ajuste para fatores de risco cardiovascular, este risco passou para 3,08 (IC95%= 1,32-7,18) vezes neste mesmo quartil; não se observou associação nos demais quartis de PCR. Os resultados sugerem que o declínio cognitivo clinicamente significativo está associado a um nível intermediário de PCR, representado neste estudo pelo segundo quartil de PCR. Assim, é possível que os baixos níveis deste marcador inflamatório reflitam o processo de declínio cognitivo significativo e contínuo que ocorre previamente ao diagnóstico demencial, bem como uma possível redução do potencial inflamatório associado ao envelhecimento.<br>Abstract : Aging is related to a state of immunosenescence associated with a low-grade inflammation condition that is connected to various diseases, among them is cognitive decline. Thus, knowing the impact of cognitive decline on levels of inflammatory markers, such as C-reactive protein (CRP), can help in the identification of the inflammatory profiling of a specific group of elderly individuals. This study investigates the distribution of CRP, the incidence of clinically significant cognitive decline and the connection between these variables in people aged 60 and over in Florianópolis, SC. A longitudinal study of 533 elderly participants was conducted in the population-based EpiFloripa Ageing Cohort Study , using data evaluated from the baseline study (2009/2010), follow-up study (2013-2014) and the clinical examination stage (2014/2015). CRP was measured in 554 participants, with only those having levels less or equal to 10 mg/L remaining in this study. To evaluate the correlation with other independent variables the CRP was transformed into its natural logarithm and its quartiles were used to estimate the relationship of this inflammatory marker with cognitive decline. The loss of four or more points in the Mini Mental State Examination (MMSE), between the baseline (2009-2010) and follow-up (2013-2014) of the study, was considered as a clinically significant cognitive decline. Two models of multinomial logistic regression were developed to estimate the association between cognitive decline as the exposure variable and the CRP quartiles as the study outcome. It was noted that the 533 participants had, on average, 67.8 (SD= 6.3) years of age and 8.6 (SD= 5.8) years of schooling. The incidence of clinically significant cognitive decline between the baseline and follow-up of the study was 10,1%, with an average variation of -6,39 (IC95%= -7.29; -5.48) points between the two evaluations. The median CRP in the sample was 1.66 mg/L, with values ranging from 0.18 to 9.94 mg/L. The natural logarithm of the CRP showed a negative correlation with the first evaluation of the MMSE and years of study. When the characteristics of the participants, according to the quartiles of the CRP, it was noted that the proportion of hypertension was higher as CRP levels increased (p for tendency = 0.047), while the opposite occurred with atherosclerosis, with lower proportions in the higher quartiles (p for trend= 0.042). The mean values of the Body Mass Index (p for tendency < 0,001) and triglycerides (p for tendency= 0,001) were greater in higher levels of this inflammatory marker. It was identified that people with cognitive decline were on average older and had less years of schooling, when compared with the group without cognitive decline. Individuals with cognitive decline had a risk of 2.91 (IC95%= 1,25-6,76) times greater to remain in the second quartile of CRP (0,84 a 1,66 mg/L), when compared to the elderly who did not decline in the first quartile. After adjustment for cardiovascular risk factors, this risk changed to 3.08 (IC95%= 1,32-7,18) times in this same quartile; no association was observed in the other quartiles of CRP. The results suggest that significant cognitive decline is related to an intermediate level of CRP, represented in this study by the second quartile of CRP. Thus, it is possible that the low levels of this inflammatory marker reflect the process of significant and continuous cognitive decline, which occurs prior to the dementia diagnosis, as well as a possible reduction of the inflammatory potential connected with aging.d'Orsi, EleonoraUniversidade Federal de Santa CatarinaFigueiró, Thamara Hübler2018-11-29T03:03:07Z2018-11-29T03:03:07Z2017info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesis171 p.| il., gráfs. tabs.application/pdf346754https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/191605porreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccess2018-11-29T03:03:07Zoai:repositorio.ufsc.br:123456789/191605Repositório InstitucionalPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732018-11-29T03:03:07Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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