Pesquisa de metapneumovirus em crianças portadoras de infecções respiratórias agudas atendidas em um hospital de urgência e emergência em Belém, Pará

• Ano de defesa: 2011
• Autor(a) principal: Rodrigues, Orlando da Gama [UNIFESP]
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
• Palavras-chave em Português: Infecções respiratórias; Metapneumovirus; Crianças; Respiratory tract infections; Children under five years old; Acute respiratory infection; Child
• Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/9933

Introdução: as infecções respiratórias agudas (IRA) virais apresentam grande relevância na morbidade e mortalidade infantil, em nível mundial. A mortalidade atinge proporções elevadas nos países em desenvolvimento. O metapneumovírus humano (MPVh), embora descrito recentemente (2001), destaca-se atualmente como um dos mais importantes agentes etiológico de doenças respiratórias agudas, principalmente em crianças abaixo de cinco anos de idade. Objetivo: avaliação clínica e pesquisa de etiologia viral (MPVh) de crianças abaixo de cinco anos de idade, portadoras de IRA, com procura espontânea ou referenciadas a um hospital de urgência e emergência em Belém, Pará. Método: estudo longitudinal prospectivo, realizado no período de março de 2008 a fevereiro de 2009. Foram avaliadas 67 amostras de secreções nasofaríngeas de 67 pacientes com IRA - 29,9% portadores de doença limitada ao trato respiratório superior (DTRS) e 70,1% com doença do trato respiratório inferior (DTRI) e DTRS - através da análise da reação em cadeia mediada pela polimerase precedida de transcrição reversa (RT - PCR), em tempo real. Resultados: nas crianças investigadas foram detectados 13 casos (19,4%) positivos para MPVh. Houve maior porcentagem de identificação viral(61,5%), nos portadores de DTRS associadas à DTRI, em relação aos portadores de DTRS (38,5%). Numa análise univariada onde foi estimado a razão de chance para cada uma das variáveis avaliadas, observa-se que sexo, dias de doença, local de moradia, renda familiar, condições de moradia, fumo, antecedente de asma na família e na criança, pneumonia na criança, condição nutricional, presença de febre, cansaço, tosse e diagnóstico não se mostraram estatisticamente associados com o MPVh (p > 0,05). Numa análise multivariada com (p < 0,1) , verifica-se que idade (p = 0,093) e prostração (p = 0,063), se mostraram estatisticamente significante no diagnóstico de MPVh. Conclusão: a porcentagem de detecção de MPVh, neste estudo, demonstra a presença deste vírus, como agente etiológico prevalente em IRA na infância. Novos estudos são necessários, com maior abrangência de vírus, com utilização de testes imunológicos rápidos, para aumentar o entendimento das doenças respiratórias virais, para elucidar os aspectos clínicos da interação de vários vírus e para identificar precocemente os casos potencialmente graves.