Potencial evocado auditivo cortical com estímulo simples e complexo, avaliação motora e maturidade simbólica em usuários de implante coclear

• Ano de defesa: 2017
• Autor(a) principal: Silva, Paula Botelho Da [UNIFESP]
• Orientador(a): Gil, Daniela [UNIFESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
• Palavras-chave em Português: Implante coclear; Potenciais evocados auditivos; Desenvolvimento infantil; Linguagem infantil; Criança
• Palavras-chave em Inglês: Cochlear implant; Evoked potentials, auditory; Child development; Child language; Child
• Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6315687; https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/53012

Introdução: Desde o momento da concepção, nosso organismo apresenta uma lógica biológica, de organização, um calendário maturativo e evolutivo, sofrendo também influência da estimulação e da interação com o meio. Para o desenvolvimento adequado da linguagem, é importante e essencial que a criança desenvolva suas habilidades de função simbólica, para atingir os níveis de maior complexidade na linguagem. Os potenciais evocados auditivos vêm sendo amplamente estudados a fim de analisar o comportamento das vias auditivas diante da estimulação pelo Implante Coclear. Objetivo: Caracterizar longitudinalmente os potenciais evocados auditivos corticais, o desenvolvimento do jogo simbólico e o desenvolvimento motor em crianças deficientes auditivas, usuárias de implante coclear, comparadas a seus pares ouvintes. Método: Participaram deste estudo dez crianças de ambos os sexos, com idade entre dois e oito anos, sendo seis crianças deficientes auditivas e quatro crianças audiologicamente normais. Os deficientes auditivos eram usuários de implante coclear. Todos os indivíduos foram submetidos as avaliações da Escala de desenvolvimento motor, maturidade simbólica e potencial evocado auditivo cortical e foram avaliados em dois momentos, avaliação e reavaliação com um mínimo de quatro meses entre as avaliações. Os resultados foram analisados estatisticamente e comparadas as duas avaliações em cada grupo e entre os grupos. Resultados e conclusões: Não ocorreram diferenças estatisticamente significantes para latência e amplitude dos diferentes estímulos eliciadores do potencial evocado auditivo cortical entre avaliação e reavaliação para ambos os grupos. Na avaliação, o grupo de deficientes auditivos apresentou maiores amplitudes e latência para os estímulos eliciadores do potencial evocado auditivo cortical. Já na reavaliação, os grupos não apresentaram diferenças estatísticas. O grupo de deficientes auditivos apresentou maior amplitude e latência do potencial evocado auditivo cortical com estimulo de fala. Para o grupo de ouvintes, não houve diferença estatística entre os diferentes estímulos eliciadores. Não houve diferença estatística entre avaliação e reavaliação da maturidade simbólica entre os grupos e em cada grupo. O grupo de deficientes auditivos apresentou melhora dos padrões motores na reavaliação. O grupo de ouvintes apresentou melhores resultados na avaliação motora quando comparados com os deficientes auditivos. O grupo de deficientes auditivos apresentou correlação negativa na avaliação entre maturidade simbólica e as latências dos potenciais evocados auditivos corticais. Na reavaliação ocorreu correlação positiva entre idade cronológica e idade motora, idade cronológica e tempo de uso de IC, idade cronológica e imitação maturidade simbólica. O grupo de ouvintes não apresentou resultados significativos para nenhuma variável, tanto na avaliação, quanto na reavaliação.