Influência de programas de exercício físico em ratas wistar submetidas ao modelo de epilepsia do lobo temporal induzido pela pilocarpina

• Ano de defesa: 2016
• Autor(a) principal: Campos, Diego Vannucci [UNIFESP]
• Orientador(a): Arida, Ricardo Mario [UNIFESP]
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
• Palavras-chave em Português: Epilepsia; Exercício; Fêmeas
• Palavras-chave em Inglês: Epilepsy; Exercise; Female
• Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=3907180; http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/46755

A epilepsia é considerada a condição neurológica crônica mais comum, afetando aproximadamente 1% da população mundial. Dentre todas as formas de epilepsias, merece destaque a epilepsia do lobo temporal, que atinge cerca de 40% de todos os casos de epilepsia. É considerada uma síndrome específica devido as suas altas prevalência e refratariedade ao tratamento medicamentoso. Terapias não-farmacológicas são frequentemente usadas por pessoas com epilepsia. O exercício físico raramente costumava ser citado como uma terapia complementar, ainda que os efeitos benéficos do exercício tenham sido cada vez mais documentados na literatura. Apesar destes efeitos benéficos, não existe informação consistente se estes benefícios são aplicados ao sexo feminino. Levando em consideração a população geral de pessoas com epilepsia, merece destaque o contingente feminino, por este apresentar particularidades referentes ao sexo. Considerando as poucas informações neste assunto, a proposta desse estudo foi verificar o efeito de dois programas de exercício físico (voluntário e forçado) nas fases aguda e crônica da epilepsia induzida pela pilocarpina em ratas Wistar adultas. O exercício voluntário antes do insulto aumentou a intensidade dos sintomas motores e a latência para o desenvolvimento do status epilepticus. Já a mesma modalidade de exercício em ratas com epilepsia crônica foi capaz de diminuir a frequência de crises epilépticas. Ambas modalidades de exercício diminuíram o brotamento de fibras musgosas e não alteraram a expressão proteica dos receptores não-nucleares de progesterona, estrogênio alfa e estrogênio beta na região do hipocampo. Além disso, a evolução da frequência de crises não segue o mesmo padrão em animais machos e fêmeas. Estudos adicionais são necessários para elucidar os efeitos do exercício no sexo feminino, visto que, aparentemente, as respostas à atividade física são diferentes em animais do sexo masculino e feminino.