Experiência de um centro de referência de São Paulo no acompanhamento de pacientes com hepatite C crônica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Luzeiro, Camila [UNIFESP]
Orientador(a): Castelo Filho, Adauto [UNIFESP]
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6312245
https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/53163
Resumo: Introdução: Em 2015 aproximadamente 71 milhões de pessoas viviam com o vírus  da hepatite C (HCV) em todo o mundo e ocorreram 1,75 milhão de novas infecções  por HCV naquele ano. Daqueles com infecção crônica pelo HCV, somente cerca de  20% evoluirão para fibrose hepática avançada. O objetivo do tratamento da hepatite  C  crônica  é  controlar  a  progressão  da  doença  hepática, diminuir  as  complicações  advindas da progressão da fibrose e manifestações extra hepáticas. As opções para  tratamento de infecção crônica pelo HCV vêm se tornando mais eficazes nos últimos  anos. Objetivo: Descrever características epidemiológicas, virológicas de pacientes  portadores de Hepatite C crônica acompanhados no Ambulatório de Hepatites Virais da Disciplina de Infectologia da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP (NUPAIG) e  resposta  aos  tratamentos  instituídos.  Métodos:  Estudo  epidemiológico  observacional longitudinal do tipo retrospectivo ­ estudo de coorte histórica de base  populacional. O estudo revisou prontuários dos pacientes atendidos no ambulatório,  que  iniciaram  seguimento  entre  20  de  julho  de  2010  e  23  dezembro  de  2016.  Resultados: Total  de  1027  prontuários  de  pacientes  anti­HCV  reagentes foram  revisados, 514  mulheres  e  513  homens,  com  idade  média  de  50  anos.  Houve  predomínio  do  genótipo  1b.  Observou­se  perda  de  seguimento  ambulatorial  de  34,9%  (358)  dos pacientes  antes  de  iniciar  tratamento.  Iniciaram  tratamento  com  interferon  peguilado+ribavirina  254  pacientes,  com  inibidores  de  protease  de  primeira  geração  (IP)  71  pacientes,  com  antivirais  de  ação  direta  de  segunda  geração  (DAA)  255  pacientes.  A taxa  de  RVS  com  esquema  Peg­IFN+RBV  foi  47,6%,  com  IP  foi  33,8%  e  com  DAAs  91,8%,  considerando  como  falha  recidivas  virológicas,  interrupções  por  efeitos  adversos  e  abandono.  Discussão e  conclusões: 50% dos pacientes eram do sexo feminino,  idade média  de 50 anos,  com  hipertensão  arterial  sistêmica em  19,3%.  A taxa  de  abandono  primário  (antes  de  iniciar  qualquer  tratamento)  foi  de  34,9%,  o  genótipo  mais  prevalente  foi  1b  (38,1%),  doença  hepática  avançada  (F3/F4)  estava  presente  em  28,6%  dos  pacientes. A taxa de RVS com esquema Peg­IFN+RBV  (47,6%) foi superior a taxa  com  IP  (33,8%),  em  decorrência  do  alto  percentual  de  interrupção  por  efeitos  adversos.  A  taxa  de  RVS  com  DAAs  aumentou  significativamente  para  91,8%,  revelando alta eficácia e baixa toxicidade do esquema atual de tratamento.
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spelling Luzeiro, Camila [UNIFESP]http://lattes.cnpq.br/0331228857468195http://lattes.cnpq.br/0107536337908259Castelo Filho, Adauto [UNIFESP]São Paulo2020-03-25T12:11:03Z2020-03-25T12:11:03Z2018-03-26https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=6312245https://repositorio.unifesp.br/handle/11600/531632018-1108.pdfIntrodução: Em 2015 aproximadamente 71 milhões de pessoas viviam com o vírus  da hepatite C (HCV) em todo o mundo e ocorreram 1,75 milhão de novas infecções  por HCV naquele ano. Daqueles com infecção crônica pelo HCV, somente cerca de  20% evoluirão para fibrose hepática avançada. O objetivo do tratamento da hepatite  C  crônica  é  controlar  a  progressão  da  doença  hepática, diminuir  as  complicações  advindas da progressão da fibrose e manifestações extra hepáticas. As opções para  tratamento de infecção crônica pelo HCV vêm se tornando mais eficazes nos últimos  anos. Objetivo: Descrever características epidemiológicas, virológicas de pacientes  portadores de Hepatite C crônica acompanhados no Ambulatório de Hepatites Virais da Disciplina de Infectologia da Escola Paulista de Medicina – UNIFESP (NUPAIG) e  resposta  aos  tratamentos  instituídos.  Métodos:  Estudo  epidemiológico  observacional longitudinal do tipo retrospectivo ­ estudo de coorte histórica de base  populacional. O estudo revisou prontuários dos pacientes atendidos no ambulatório,  que  iniciaram  seguimento  entre  20  de  julho  de  2010  e  23  dezembro  de  2016.  Resultados: Total  de  1027  prontuários  de  pacientes  anti­HCV  reagentes foram  revisados, 514  mulheres  e  513  homens,  com  idade  média  de  50  anos.  Houve  predomínio  do  genótipo  1b.  Observou­se  perda  de  seguimento  ambulatorial  de  34,9%  (358)  dos pacientes  antes  de  iniciar  tratamento.  Iniciaram  tratamento  com  interferon  peguilado+ribavirina  254  pacientes,  com  inibidores  de  protease  de  primeira  geração  (IP)  71  pacientes,  com  antivirais  de  ação  direta  de  segunda  geração  (DAA)  255  pacientes.  A taxa  de  RVS  com  esquema  Peg­IFN+RBV  foi  47,6%,  com  IP  foi  33,8%  e  com  DAAs  91,8%,  considerando  como  falha  recidivas  virológicas,  interrupções  por  efeitos  adversos  e  abandono.  Discussão e  conclusões: 50% dos pacientes eram do sexo feminino,  idade média  de 50 anos,  com  hipertensão  arterial  sistêmica em  19,3%.  A taxa  de  abandono  primário  (antes  de  iniciar  qualquer  tratamento)  foi  de  34,9%,  o  genótipo  mais  prevalente  foi  1b  (38,1%),  doença  hepática  avançada  (F3/F4)  estava  presente  em  28,6%  dos  pacientes. A taxa de RVS com esquema Peg­IFN+RBV  (47,6%) foi superior a taxa  com  IP  (33,8%),  em  decorrência  do  alto  percentual  de  interrupção  por  efeitos  adversos.  A  taxa  de  RVS  com  DAAs  aumentou  significativamente  para  91,8%,  revelando alta eficácia e baixa toxicidade do esquema atual de tratamento.Background: Worldwide,  there  were  approximately  71  million  people  chronically infected  with  the  hepatitis  C  virus  (HCV)  in  2015.  Of  those,  20%  will  eventually  progress to advanced fibrosis. The goal of treating chronic hepatitis C is to prevent  the  evolution to  cirrhosis,  its  complications and  extra  hepatic  manifestations.  Treatment options have greatly improved in the last years. Objective: to describe the  epidemiologic and virologic characteristics of HCV infected patients receiving care at  the  specialized  outpatient  service  for  viral  hepatitis of  the  Division  of  Infectious  Diseases of Escola Paulista de Medicina – UNIFESP, and their virologic response to  treatment.  Methods: this  was  retrospective,  longitudinal, observational  study  – population­based  historical  cohort.  Records  of  all  patients receiving  care  at  that  outpatient service  between June 20,  2010 and  December 23, 2016  were  reviewed.  Results: A total of 1027 records of anti­HCV reagent patients were abstracted: 514  women  and  513  men,  mean  age  50  years.  The  predominant genotype  was  1b  (34.9%)  and  28.6%  had  advanced  fibrosis.  Pegylated interferon+ribavirin  (Peg IFN+RBV) was administered to 254 patients, first generation protease inhibitors (IP ­ telaprevir/boceprevir) to 71 patients, and direct antiviral agents (DAA) to 255 patients.  The SVR rate after Peg­IFN+RBV was 47.6%, after IP 33.8%, and 91.8% after DAAs.  Virologic  relapses,  discontinuation  due  to  adverse events,  lost  to  follow­up  were  counted as failures in intention­to­ treat analysis. Discussion and conclusions: Of  the  total  sample  50%  were  female,  mean  age  50  years, 19.3%  had  arterial  hypertension. Even before initiating any treatment, 34.9% lost retention; 1b was the  prevailing genotype (38.1%) and advanced fibrosis (F3/F4) was present in 28.6% of  the  patients.  SVR  after  Peg­IFN+RBV  therapy  (47.6%)  was  higher than  after  IP  (33.8%), due a  rather high percentage of treatment interruption due adverse effects  with IP. SVR after DAAs (91.8%) increased significantly, translating high efficacy and  low toxicity of the treatment regimen currently used in Brazil.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2018)50 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)Hepatite C crônicaAssistência ambulatorialInterferon AlfaAntivirais de ação diretaHepatite C crônicaAssistência ambulatorialInterferon AlfaAntivirais de ação diretaExperiência de um centro de referência de São Paulo no acompanhamento de pacientes com hepatite C crônicaExperience of a reference center in São Paulo in the follow-up of patients with chronic hepatitis Cinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisMestradoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de MedicinaInfectologiaCiências da SaúdeEstudo da dinâmica das doenças infecciosas nas populações afetadasORIGINALCamila Luzeiro PDFA.pdfCamila Luzeiro PDFA.pdfapplication/pdf861834${dspace.ui.url}/bitstream/11600/53163/2/Camila%20Luzeiro%20PDFA.pdfd3abe0b3be12ce80a61219fd9e405582MD52open access11600/531632023-06-22 10:08:23.545open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/53163Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-22T13:08:23Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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