Fatores associados ao crescimento linear e ao peso atingido no primeiro ano de vida em Cruzeiro do Sul, Acre

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Paghi Dal Bom, Juliana [UNIFESP]
Orientador(a): Lourenço, Bárbara Hatzlhoffer [UNIFESP]
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/50936
Resumo: Objetivo: Investigar fatores associados ao crescimento linear e ao peso atingido no primeiro ano de vida no município de Cruzeiro do Sul, Acre. Métodos: O presente estudo faz parte do Estudo MINA: Materno-Infantil no Acre, uma coorte de nascimentos de base populacional cuja coleta de dados para a linha de base ocorreu entre 1 de julho de 2015 e 30 de junho de 2016, a partir de todas as internações para parto de residentes no município, com apuração de informações sociodemográficas e de história de saúde. No seguimento de 10-15 meses, foram realizadas entrevistas para levantamento adicional de características maternas e do bebê e avaliação antropométrica. Os desfechos de interesse foram os escores-Z de comprimento para idade e de índice de massa corporal (IMC) para idade segundo padrão de crescimento da Organização Mundial da Saúde. A partir de um modelo conceitual hierárquico, com determinantes em níveis distal, intermediário e proximal e ajuste para idade e sexo da criança, foram estimados modelos múltiplos de regressão linear para os escores-Z de comprimento e IMC para idade, bem como modelo múltiplo de regressão logística para ocorrência de excesso de peso (escore-Z de IMC para idade >2,0). Resultados: Ao todo, 772 bebês compuseram o seguimento de 10-15 meses, sendo 52,2% do sexo feminino. Na linha de base, 39% das participantes eram beneficiárias do Programa Bolsa Família, 30% reportaram até 9 anos de escolaridade e 31% das mães não recebeu o número mínimo recomendado de 6 consultas pré-natais. Com idade de 26 anos (DP: 6,6), a média de altura materna foi de 157,5 cm (DP: 6,0) e 45% apresentaram excesso de peso. Quanto ao nascimento, as médias de escores-Z de peso e comprimento ao nascer segundo idade gestacional foram 0,19 (DP: 0,99) e 0,11 (DP: 1,05). Ao longo do primeiro ano, 2,7% foram acometidos por malária. Com relação ao estado nutricional, déficit de comprimento para idade esteve presente em 2,0% das meninas e 2,4% dos meninos, enquanto 6,7% das meninas e 6,0% dos meninos apresentaram IMC elevado para idade, sem diferença significante entre sexos. Em análises múltiplas para o índice de comprimento para idade, observou-se associação positiva com quintis de índice de riqueza e altura materna (p de tendência linear <0,01). O incremento de 1 escore-Z de peso e comprimento ao nascer para idade gestacional correspondeu a comprimento para idade 0,17 (IC 95%: 0,07; 0,27) e 0,15 (IC 95%: 0,05; 0,25) escore-Z superior no primeiro ano. Crianças com ocorrência de malária no primeiro ano apresentaram crescimento linear -0,58 (IC 95%: -1,05; -0,11) escore-Z inferior em comparação com aquelas não afetadas. Em análises ajustadas para o índice de IMC para idade, observou-se relação inversa com recebimento do benefício do Programa Bolsa Família (-0,16 escore-Z; IC 95% -0,31; -0,00) e com idade materna (- 0,25 escore-Z; IC 95%: -0,49; -0,02 para bebês de mães com idade ≥30 anos). Constatouse associação positiva com IMC materno e o escore-Z de peso ao nascer (p de tendência linear <0,01). Em modelo múltiplo, a ocorrência de excesso de peso foi positivamente associada com quintis de índice de riqueza (p de tendência linear <0,01). O incremento de uma unidade de escore-Z de peso ao nascer resultou em 37% mais chance de excesso de peso no primeiro ano (IC 95% 1,03; 1,81). Conclusões: Confirmou-se a associação positiva do contexto socioeconômico, de influências intergeracionais e do tamanho ao nascer sobre o crescimento linear e o peso atingido no primeiro ano de vida. Além disso, observou-se impacto relevante e consistentemente negativo da ocorrência de malária sobre o crescimento linear dos bebês. Estratégias sobre fatores potencialmente modificáveis associados ao estado nutricional ao 10-15 meses podem ser particularmente relevantes na perspectiva de janela crítica de oportunidades até os mil dias de vida.
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Métodos: O presente estudo faz parte do Estudo MINA: Materno-Infantil no Acre, uma coorte de nascimentos de base populacional cuja coleta de dados para a linha de base ocorreu entre 1 de julho de 2015 e 30 de junho de 2016, a partir de todas as internações para parto de residentes no município, com apuração de informações sociodemográficas e de história de saúde. No seguimento de 10-15 meses, foram realizadas entrevistas para levantamento adicional de características maternas e do bebê e avaliação antropométrica. Os desfechos de interesse foram os escores-Z de comprimento para idade e de índice de massa corporal (IMC) para idade segundo padrão de crescimento da Organização Mundial da Saúde. A partir de um modelo conceitual hierárquico, com determinantes em níveis distal, intermediário e proximal e ajuste para idade e sexo da criança, foram estimados modelos múltiplos de regressão linear para os escores-Z de comprimento e IMC para idade, bem como modelo múltiplo de regressão logística para ocorrência de excesso de peso (escore-Z de IMC para idade >2,0). Resultados: Ao todo, 772 bebês compuseram o seguimento de 10-15 meses, sendo 52,2% do sexo feminino. Na linha de base, 39% das participantes eram beneficiárias do Programa Bolsa Família, 30% reportaram até 9 anos de escolaridade e 31% das mães não recebeu o número mínimo recomendado de 6 consultas pré-natais. Com idade de 26 anos (DP: 6,6), a média de altura materna foi de 157,5 cm (DP: 6,0) e 45% apresentaram excesso de peso. Quanto ao nascimento, as médias de escores-Z de peso e comprimento ao nascer segundo idade gestacional foram 0,19 (DP: 0,99) e 0,11 (DP: 1,05). Ao longo do primeiro ano, 2,7% foram acometidos por malária. Com relação ao estado nutricional, déficit de comprimento para idade esteve presente em 2,0% das meninas e 2,4% dos meninos, enquanto 6,7% das meninas e 6,0% dos meninos apresentaram IMC elevado para idade, sem diferença significante entre sexos. Em análises múltiplas para o índice de comprimento para idade, observou-se associação positiva com quintis de índice de riqueza e altura materna (p de tendência linear <0,01). O incremento de 1 escore-Z de peso e comprimento ao nascer para idade gestacional correspondeu a comprimento para idade 0,17 (IC 95%: 0,07; 0,27) e 0,15 (IC 95%: 0,05; 0,25) escore-Z superior no primeiro ano. Crianças com ocorrência de malária no primeiro ano apresentaram crescimento linear -0,58 (IC 95%: -1,05; -0,11) escore-Z inferior em comparação com aquelas não afetadas. Em análises ajustadas para o índice de IMC para idade, observou-se relação inversa com recebimento do benefício do Programa Bolsa Família (-0,16 escore-Z; IC 95% -0,31; -0,00) e com idade materna (- 0,25 escore-Z; IC 95%: -0,49; -0,02 para bebês de mães com idade ≥30 anos). Constatouse associação positiva com IMC materno e o escore-Z de peso ao nascer (p de tendência linear <0,01). Em modelo múltiplo, a ocorrência de excesso de peso foi positivamente associada com quintis de índice de riqueza (p de tendência linear <0,01). O incremento de uma unidade de escore-Z de peso ao nascer resultou em 37% mais chance de excesso de peso no primeiro ano (IC 95% 1,03; 1,81). Conclusões: Confirmou-se a associação positiva do contexto socioeconômico, de influências intergeracionais e do tamanho ao nascer sobre o crescimento linear e o peso atingido no primeiro ano de vida. Além disso, observou-se impacto relevante e consistentemente negativo da ocorrência de malária sobre o crescimento linear dos bebês. Estratégias sobre fatores potencialmente modificáveis associados ao estado nutricional ao 10-15 meses podem ser particularmente relevantes na perspectiva de janela crítica de oportunidades até os mil dias de vida.Objective: To investigate the associated factors with linear growth and weight attained in the first year of life in the municipality of Cruzeiro do Sul, Acre. Methods: The present study is part of the MINA Study, a population-based birth cohort whose baseline data collection occurred between July 1, 2015 and June 30, 2016, from all hospital admissions for delivery of residents in the municipality, with assessment of sociodemographic and health history information. At 10-15 months, follow-up interviews were conducted to collect data on maternal and infant characteristics, as well as perform an anthropometric evaluation. Outcomes of interest were length for age and body mass index (BMI) for age Z-scores according to the World Health Organization growth standards. From a hierarchical conceptual model with determinants at distal, intermediate and proximal levels and adjustment for the child’s age and sex, multiple linear regression models were fitted for length for age and BMI for age Z-scores, as well as multiple logistic regression models for overweight (BMI for age Z-score >2.0). Results: A total of 772 babies were followed-up at 10-15 months, 52.2% female. At baseline, 39% of participants were beneficiaries of the Bolsa Família Program, 30% reported up to 9 years of schooling, and 31% of the mothers did not attend the minimum recommended number of 6 prenatal appointments. At 26 (SD: 6.6) years of age, mean maternal height was 157.5 cm (SD: 6.0) and 45% were overweight. At birth, mean weight and length for gestational age Zscores were 0.19 (SD: 0.99) and 0.11 (SD: 1.05). During the first year, 2.7% of the children were affected by malaria. Regarding nutritional status, 2.0% of girls and 2.4% of boys were stunted while 6.7% of girls and 6.0% of boys were overweight, with no differences between the sexes. In multiple models for the length for age Z-score, a positive ossociation with wealth index quintiles and maternal height (p for trend <0.01) was observed. An increase of 1 Z-score of birth weight and length for gestational age corresponded to a mean length for age 0.17 (95% CI: 0.07; 0.27) and 0.15 (95% CI: 0.05; 0.25) Z-score higher in the first year. Children with malaria in the first year had a linear growth -0.58 (95% CI: -1.05, -0.11) Z-score lower in comparison with those unaffected. In adjusted analyzes for BMI for age Z-score, there was an inverse relationship with receipt of the Bolsa Família Program (-0.16 Z-score, 95% CI -0.31; -0.00) and maternal age (-0.25 Z-score, 95% CI -0.49, -0.02 for infants born to mothers aged ≥30 years). There was a positive association with maternal BMI and birth weight Z-score (p for trend <0.01). In multiple models for overweight, there was a positive association with wealth index quintiles (p for trend <0.01). An increase of 1 Z-score of birth weight resulted in a 37% greater chance of being overweight in the first year (95% CI 1.03, 1.81). Conclusions: Positive associations of socioeconomic context, intergenerational influences and birth size with linear growth and weight attained in the first year of life were confirmed. In addition, there was a relevant and consistently negative impact of the occurrence of malaria on linear growth of infants. Strategies involving potentially modifiable factors associated with nutritional status at 10-15 months may be particularly relevant from the perspective of a critical window of opportunity up to one thousand days of life.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)BV UNIFESP: Teses e dissertações180 f.porUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP)BrasilSaúde ColetivaCriançascrescimento linearpeso atingidoestado nutricionalmá nutriçãoAmazônia Brasileiraregiões de baixa e média rendaChildrenlinear growthattained weightnutritional statusmalnutritionBrazilian Amazonlow- and middle-income regionsFatores associados ao crescimento linear e ao peso atingido no primeiro ano de vida em Cruzeiro do Sul, AcreFactors associated with linear growth and weight attained in the first year of life in Cruzeiro do Sul, Acreinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPSão Paulo, Escola Paulista de Medicina (EPM)Saúde Coletiva – EPMORIGINALJuliana Paghi Dal Bom -A.pdfJuliana Paghi Dal Bom -A.pdfapplication/pdf1944226${dspace.ui.url}/bitstream/11600/50936/2/Juliana%20Paghi%20Dal%20Bom%20-A.pdfeec7903b5888f1535695d548539cf1ccMD52open access11600/509362023-06-21 15:44:52.404open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/50936Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-21T18:44:52Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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