O uno primordial e o vir a ser: o poder, a alegria e a força da vida que irrompe da natureza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferreira, Regiani Cristina Jacinto lattes
Orientador(a): Guido, Humberto Aparecido de Oliveira lattes
Banca de defesa: Bom-Tempo, Juliana Soares lattes, Danelon, Márcio lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/18307
http://doi.org/10.14393/ufu.di.2016.633
Resumo: Esta dissertação é dedicada ao pensamento de Nietzsche e investiga o percurso de redenção do Uno primordial, ou seja, as estratégias de alívio para a dor e a contradição inerentes a suposta natureza humana. A discussão principia com a abordagem das narrativas cosmológicas que revelam os germes da filosofia grega, iniciada pelos pré-socráticos, Heráclito e o devir em especial, pois, ali é encontrada uma concepção de mundo que comporta o eterno conflito da geração e da destruição a partir de forças opostas. Esta realidade, o Uno primordial, é uma realidade apreendida pela intuição e possui uma vitalidade que não permanece sempre oculta, porém, ela não é apreendida facilmente, menos ainda pelo otimismo socrático, que afirmava a possibilidade do conhecer limitado à ciência, somente a atividade teórica poderia redimir a criatura humana da sua condição existencial: dor e contradição. A compreensão da proposição nietzschiana exige o exame do modo como os princípios artísticos naturais atuam e efetivam suas aparições, seja como mundo fenomenal - como arte, ou dito corretamente, como tragédia, é ela a arte da completa redenção. A tragédia é, para Nietzsche, o modo de aparição e a única expressão dotada de vitalidade que comporta a mutabilidade do Uno primordial, pois nela ocorre a dupla atuação dos princípios artísticos naturais, a saber, o dionisíaco e o apolíneo. A análise dessas forças artísticas dá a conhecer a essência da tragédia, neste momento é apresentada a crítica de Nietzsche à estética moderna e ao romantismo em particular, esse esforço conceitual evidenciará também a ruptura com Schopenhauer. Por fim, a compreensão do argumento nietzschiano a favor da arte bárbara grega elucida a sua crítica ao otimismo do racionalismo socrático, cujo triunfo coincidiu com o banimento do dionisíaco na arte. A quebra da harmonia instável do dionisíaco e do apolíneo com a suposta escolha por esse último produziu como resultado a fragilização do impulso figurativo, próprio de Apolo. A filosofia socrática-platônica não tolera a arte trágica, em seu lugar postulam o moralismo pedagógico e sua busca por um conhecimento verdadeiro e imutável, uma ilusão da razão que tiraniza a criatura humana. A arte, por seu turno, faz nascer uma ilusão liberta da ordem moral, esse legado da filosofia de Nietzsche faz irromper a força e a vitalidade do mundo reconquistado e liberto do dualismo.
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Esta realidade, o Uno primordial, é uma realidade apreendida pela intuição e possui uma vitalidade que não permanece sempre oculta, porém, ela não é apreendida facilmente, menos ainda pelo otimismo socrático, que afirmava a possibilidade do conhecer limitado à ciência, somente a atividade teórica poderia redimir a criatura humana da sua condição existencial: dor e contradição. A compreensão da proposição nietzschiana exige o exame do modo como os princípios artísticos naturais atuam e efetivam suas aparições, seja como mundo fenomenal - como arte, ou dito corretamente, como tragédia, é ela a arte da completa redenção. A tragédia é, para Nietzsche, o modo de aparição e a única expressão dotada de vitalidade que comporta a mutabilidade do Uno primordial, pois nela ocorre a dupla atuação dos princípios artísticos naturais, a saber, o dionisíaco e o apolíneo. A análise dessas forças artísticas dá a conhecer a essência da tragédia, neste momento é apresentada a crítica de Nietzsche à estética moderna e ao romantismo em particular, esse esforço conceitual evidenciará também a ruptura com Schopenhauer. Por fim, a compreensão do argumento nietzschiano a favor da arte bárbara grega elucida a sua crítica ao otimismo do racionalismo socrático, cujo triunfo coincidiu com o banimento do dionisíaco na arte. A quebra da harmonia instável do dionisíaco e do apolíneo com a suposta escolha por esse último produziu como resultado a fragilização do impulso figurativo, próprio de Apolo. A filosofia socrática-platônica não tolera a arte trágica, em seu lugar postulam o moralismo pedagógico e sua busca por um conhecimento verdadeiro e imutável, uma ilusão da razão que tiraniza a criatura humana. A arte, por seu turno, faz nascer uma ilusão liberta da ordem moral, esse legado da filosofia de Nietzsche faz irromper a força e a vitalidade do mundo reconquistado e liberto do dualismo.This dissertation is dedicated to the Nietzsche's philosophical thinking and aims to investigate the redemption of the One primordial, which means, the strategies of the relief to the pain and the contradiction, which are attached to the alleged human nature. The discussion in question initiates with the approach of the cosmological narratives, which reveals the upcoming of the Greek philosophy, started by the pre- Socratics, Heraclitus and especially, the to be essence. There is found a conception of world which embarks the eternal conflict of the generation as well as the destruction from the opposite forces. This reality, the One primordial, is a reality that is captured by the intuition and it has a vitality which is not always kept hidden. Nevertheless, one is not easily understood, even less by the Socratic optimism that claimed that the possibility of knowing is limited only to the science. In other words, only the theoretical activity may redeem the human creature from their existential condition: pain and contraction. The comprehension of the Nietzschean proposition demands the analyses on how the natural artistic principles are performed and appeared, either as phenomenal world such as the art or properly spoken, such as the tragedy; as this one is the art of full redemption. The tragedy, to Nietzsche, is the appearing mode and the sole expression which is fulfilled with vitality that embraces the changeability from the One primordial. As it is within the tragedy that occurs the double action of the natural artistic principles, as it may know, the Dionysian and the Apollonian. The essence of the tragedy will be known by the analyses of these artistic forces, when Nietzsche's criticism is presented up to the Modern Aesthetics and to the Romanticism, in particular. This conceptual effort will also highlight the rupture with Schopenhauer. Last but not least, the comprehension of the Nietzschean argument in favor of the Barbara Greek Art empathizes his criticism to the optimism related to the Socratic rationalism, whose triumph coincided with the ban of the Dionysian within the Art. The rupture of the unstable harmony from Dionysian and Apollonian over the alleged choice for the last one, produced as result the weakening of the impulse figure, which is Apolo his own. The Socratic- Platonic philosophy does not tolerate the tragic art, but instead, it postulates the pedagogical moralism and its search for a true and unchangeable knowledge, an illusion of the reason that tyrannizes the human creature. The Art, in turn, brings to life a free illusion of the moral order, this legacy from Nietzsche's philosophy interrupts the strength and the vitality of the reconquered and free world of the dualism.CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível SuperiorDissertação (Mestrado)porUniversidade Federal de UberlândiaPrograma de Pós-graduação em FilosofiaBrasilCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIAFilosofiaNietzsche, Friedrich Wilhelm -1844-1900TragédiaEstéticaApolo (Deus grego)Dionísio (Divindade grega)ApolíneoDionisíacoUno primordialFriedrich NietzscheDionysianApollonianOne primordialTragedyAestheticsO uno primordial e o vir a ser: o poder, a alegria e a força da vida que irrompe da naturezainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisGuido, Humberto Aparecido de Oliveirahttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4768684H6Bom-Tempo, Juliana Soareshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4559193E2Danelon, Márciohttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4709327Z5http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4220245P0Ferreira, Regiani Cristina Jacinto10081762394info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFUinstname:Universidade Federal de Uberlândia (UFU)instacron:UFUTHUMBNAILUnoPrimordialVir.pdf.jpgUnoPrimordialVir.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1135https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/18307/4/UnoPrimordialVir.pdf.jpg355ab176c292a71a03142bc028025512MD54ORIGINALUnoPrimordialVir.pdfUnoPrimordialVir.pdfDissertaçãoapplication/pdf2257627https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/18307/1/UnoPrimordialVir.pdfc871193140ad04258984fc6399e852e3MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81792https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/18307/2/license.txt48ded82ce41b8d2426af12aed6b3cbf3MD52TEXTUnoPrimordialVir.pdf.txtUnoPrimordialVir.pdf.txtExtracted texttext/plain279561https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/18307/3/UnoPrimordialVir.pdf.txt77b912cc8e4249e363d5df8f7844f445MD53123456789/183072020-10-14 20:19:43.249oai:repositorio.ufu.br:123456789/18307w4kgbmVjZXNzw6FyaW8gY29uY29yZGFyIGNvbSBhIGxpY2Vuw6dhIGRlIGRpc3RyaWJ1acOnw6NvIG7Do28tZXhjbHVzaXZhLCBhbnRlcyBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gcG9zc2EgYXBhcmVjZXIgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvLiBQb3IgZmF2b3IsIGxlaWEgYSBsaWNlbsOnYSBhdGVudGFtZW50ZS4gQ2FzbyBuZWNlc3NpdGUgZGUgYWxndW0gZXNjbGFyZWNpbWVudG8gZW50cmUgZW0gY29udGF0byBhdHJhdsOpcyBkbyBlLW1haWwgIHJlcG9zaXRvcmlvQHVmdS5ici4KCkxJQ0VOw4dBIERFIERJU1RSSUJVScOHw4NPIE7Dg08tRVhDTFVTSVZBCgpBbyBhc3NpbmFyIGUgZW50cmVnYXIgZXN0YSBsaWNlbsOnYSwgby9hIFNyLi9TcmEuIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IpOgoKYSkgQ29uY2VkZSDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSBvIGRpcmVpdG8gbsOjby1leGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgKGluY2x1aW5kbyBvIHJlc3Vtby9hYnN0cmFjdCkgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsIG91IGltcHJlc3NvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpby4KCmIpIERlY2xhcmEgcXVlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIMOpIHNldSB0cmFiYWxobyBvcmlnaW5hbCwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2UsIHRhbnRvIHF1YW50byBsaGUgw6kgcG9zc8OtdmVsIHNhYmVyLCBvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBxdWFscXVlciBvdXRyYSBwZXNzb2Egb3UgZW50aWRhZGUuCgpjKSBTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSBjb250w6ltIG1hdGVyaWFsIGRvIHF1YWwgbsOjbyBkZXTDqW0gb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IsIGRlY2xhcmEgcXVlIG9idGV2ZSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciBwYXJhIGNvbmNlZGVyIMOgIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgY3Vqb3MgZGlyZWl0b3Mgc8OjbyBkZSB0ZXJjZWlyb3MgZXN0w6EgY2xhcmFtZW50ZSBpZGVudGlmaWNhZG8gZSByZWNvbmhlY2lkbyBubyB0ZXh0byBvdSBjb250ZcO6ZG8gZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLgoKU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBVYmVybMOibmRpYSwgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRlIFViZXJsw6JuZGlhIGlkZW50aWZpY2Fyw6EgY2xhcmFtZW50ZSBvKHMpIHNldShzKSBub21lKHMpIGNvbW8gbyhzKSBhdXRvcihlcykgb3UgZGV0ZW50b3IgKGVzKSBkb3MgZGlyZWl0b3MgZG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EuCg==Repositório InstitucionalONGhttp://repositorio.ufu.br/oai/requestdiinf@dirbi.ufu.bropendoar:2020-10-14T23:19:43Repositório Institucional da UFU - Universidade Federal de Uberlândia (UFU)false
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