Escravidão contemporânea e o ensino de química: a ciência e a degradação humana nas carvoarias

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Dornelas, Emanuel Lopes
• Orientador(a): Amauro, Nicéa Quintino
• Banca de defesa: Gondim, Maria Stela da Costa , Fields, Karla Amâncio Pinto
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal de Uberlândia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ensino de Ciências e Matemática (Mestrado Profissional)
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Escravidão Contemporânea; Ensino; Química; Carvoarias; CTS; Ciência - Estudo ensino; Contemporary slavery; Teaching; Chemistry; Charcoal; STS
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA; CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO; CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA
• Link de acesso: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/31760; http://doi.org/10.14393/ufu.di.2020.549

Nesta dissertação foi construída uma relação entre o trabalhado escravo contemporâneo - ou trabalho análogo à escravidão - e o ensino de química. A motivação que gerou o interesse por esta pesquisa, bem como a sua escrita, foi a descoberta da proximidade do autor com casos de escravidão contemporânea nas carvoarias da cidade onde cresceu. Vale ressaltar que esse tipo de escravidão não é uma cópia exata da escravidão formal que foi imposta aos africanos, afrodescendentes e indígenas por mais de trezentos anos no Brasil. Atualmente, o trabalho análogo á escravidão tem suas características descritas no código penal brasileiro, entretanto, além de desconhecidas, essas características podem facilmente nos passar desperecidas, por isso, a educação pode exercer papel central no combate ao trabalho escravo contemporâneo, pois para acabar com estado de degradação humana, é preciso primeiro conhecê-lo. Partindo dessa premissa, a pesquisa documental desenvolvida neste trabalho serviu de base para a construção de um material didático para ser desenvolvido nas aulas de química, de preferência dentro de perspectivas do ensino CTS, por professores(as) e estudantes do ensino médio. O desenvolvimento desta pesquisa e do material didático tem como pano de fundo as carvoarias brasileiras, principalmente, aquelas movidas por fornos chamados de “Rabo quente”, que são reconhecidamente ambientes de exploração de trabalhadoras e trabalhadores brasileiros.